Translate

Mostrando postagens com marcador santos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador santos. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 5 de julho de 2023

Posso ser santo mesmo sendo pecador?

Na minha procura por algum artigo acadêmico que pudesse me ajudar a entender a Bíblia sagrada e algumas de suas passagens mais difíceis, me deparei com o texto de Josias Silva intitulado: "AOS CORÍNTIOS: LIÇÕES À IGREJA CONTEMPORÂNEA".
No subtítulo Chamados á santidade, o autor escreve:

"Paulo ao dizer essas palavras aos coríntios, está fazendo menção da “doutrina da santificação”. A doutrina da santificação está dentro, teologicamente falando, do que conhecemos como ‘a obra de Cristo’ na segunda parte do processo da redenção. Ou seja, quando o pecador se encontra com Jesus, Deus, por um ato de soberana vontade, nos justifica (Jesus é “justo e justificador” cf. Rm 3.26) de toda culpa. Assim, uma vez justificados em Cristo, em seguida somos livres do domínio do pecado (cf. Rm 6.12-14), que nada mais é do que a santificação. Mas a santificação não é um ato acabado, e sim um processo de santificação diário que durará até o estado de glorificação, isto é, quando formos arrebatados e estivermos com Cristo (grifo meu). A santificação pressupõe que houve a justificação, mas ela não inclui a ausência do pecado; a ausência do pecado é só no estado de glorificação, na justificação Deus não tira o pecado de nós, mas quando ele nos justifica, ele quebra o domínio do pecado em nós. Numa palavra estamos todos na segunda fase, em um processamento de santificação.

A santificação como processo.

Segundo Moody, a santificação bíblica é quadrúplica. Vamos aos seus quatro significados.

a)santificação primária, isto é, a graça eficaz que acontece desde o momento da conversão; o que poderia ser chamado, como vimos, de “justificação”;

b)santificação posicional, uma posição perfeita na santidade, verdadeira para todos os crentes, desde o momento da conversão (cf. At 20.32; 26:18);

c)santidade progressiva, equivalente ao crescimento diário na graça (cf. Jo. 17.17; Ef.5.26; II Co. 7.1);

d)santidade prospectiva, para final semelhança com Cristo posicional e definitiva (cf. ITs. 5.23) “estado de glorificação”.

Quanto ao uso de “santificação” mencionado por Paulo (O autor se refere ao versículo 2 da I carta de Paulo aos Coríntios), refere-se à santificação posicional, os crentes são santos, não porque nunca pecam, mas por operação divina. Todavia, Paulo faz alusão, também, a “chamados santos” no sentido de abster-se do pecado, algo como sagrado (gr.hagios), que significa separados para Deus (cf. Hb10.10,14; 2Pe 1.3; Jd 1); isto é a santidade progressiva (grifo meu). Assim, o alvo de Paulo era chamar a atenção para uma vida prática de inconformidade com o mundo (Rm 2.1s) e santidade diante de Deus, dado à vida devassa e individualista que estavam vivendo (grifo meu)."

Então, neste pequeno recorte de texto, nós podemos observar que a igreja de Corinto era uma igreja que sofria e muito com ás práticas pagãs, incluindo dentre elas a porneia.
Este texto é muito propício para nós, igreja contemporânea, pois vivemos dias de relativização da santidade exigida do evangelho, onde uma pessoa é considerada nova criatura sem abrir mão das antigas práticas pecaminosas.
O que se observa neste pequeno texto, é que somos santos pois fomos justificados, mas contudo, a nossa santidade é um processo contínuo, onde fomos santificados pelo sangue de Jesue quando por Ele fomos justificados. Contudo, esse processo não se encerra aí, passamos assim, para o segundo estágio de santificação, como proposto por Moody. Essa santificação significa romper com as amarras do pecado, deixar de viver segundo os costumes mundanos e vivermos uma vida de inconformidade com os padrões deste século.
Por isso, somos santificados quanto a sermos justificados pelo sacrifício de Cristo, algo que independe de nós, foi um favor imerecido e gratuito. Mas, somos chamados a santificação, que é a negação das vontades carnais que militam contra as vontades espirituais, que são impulsionadas pelo Espírito Santo que habita em nós.

Então, mesmo pecadores, ou seja, ainda vivendo neste corpo pecaminoso sujeito a falhas, somos santificados, pelo Espírito de Jesus que em nós habita. E gradativamente nos leva a santificação, através da ajuda desse mesmo Espírito para que consigamos sujeitar a carne com suas vontades. O que não é possível, é sermos santos e vivermos na prática do pecado, achando que o processo de santificação ocorreu na justificação (quando aceitamos a Cristo) e para isso e somente isso basta para sermos salvos. Somos sim, salvos pela graça, mas aqueles que são discípulos do mestre, andam como Ele andou, ouvem suas palavras e as obedecem, nisto podemos ver os frutos de estarmos de fato ligados na videira, pois nossas ações serão condizentes com as ações daquele que nos chamou das trevas para o reino do seu amor. 

Então, todo aquele que vive em santificação, deixa as práticas pecaminosas, pois entende que agora ele foi liberto das garras do pecado e pode viver em novidade de vida. Essas novidade de vida é justamente viver diferente do modo de vida anterior, não sendo compatível com a nova vida em Cristo viver nas mesmas práticas que Cristo abomina. Se de fato tivermos um encontro com o Senhor Jesus e o seu Espírito passa a habitar em nós, logo sentiremos a premente necessidade de deixarmos a antiga vida de pecados e vivermos uma nova vida em santificação. A questão é que esse processo não é instantâneo e não ocorre sem haja um deliberado esforço e auxílio da parte do Senhor Jesus.  Contudo ele não é impossível, e todos nós somos chamados a viver em santificação, pois como diz a Escritura, "Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver;. Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo" I Pe 1.15-16

O autor Josias Silva é Graduado em Teologia (Livre) pelo Centro Educacional e Teológico [IETEB] e em História pela Universidade Nove de Julho [UNINOVE]. Discente em Filosofia pela Universidade Federal de São Paulo [UNIFESP]. É doutorando em História e Cultura das Religiões pela Universidade de Lisboa/Portugal [FLUL] — Mestre em Ciência da Religião pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo [PUC-SP] e membro do Grupo de Estudos do Protestantismo e Pentecostalismo [GEPP] pela mesma Universidade.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Você é melhor que alguém?

Como está escrito:Não há um justo, nem um sequer Rm 3.10


Há pessoas que se acham melhor do que as outras, se acham mais santas, mais verdadeiras, mais fiéis e etc.. Se julgam ser melhores porque não cometem os mesmos pecados, não fazem as mesmas coisas, mas antes, se mantêm separadas do mundo e de sua corrupção.

Há aqueles que se acham superior porque são usados por Deus, seja para pregar, orar e curar, porque louvam com mais perfeição, porque tem mais estudo ou mais capacidade. São pessoas que acham que se fizessem o que as outras fazem, fariam de forma melhor.

Mas, quando colocados na balança divina, o que verificamos é que essas pessoas são tão pecadoras como nós. São necessitadas do perdão divino diário assim como nós precisamos. É muita tolice achar que somos melhores que nossos irmãos porque não pecamos como eles, mas não se esqueça, você também peca e isso já lhe faz réu do juízo divino.

Não existe pecado pior do que o outro, nós que criamos essa distinção, pois todo pecado gera a morte, mas a sociedade aceita alguns pecados como mais brandos, outros como mais graves. Sendo que, a palavra de Deus só faz distinção entre dois pecados, o que é para a morte e o que não é para morte. Temos essa noção errada de graus de pecado devido as penas do livro de levítico, mas ali não se está julgando o pecado, mas o crime!

Não julgue seu irmão por seu pecado ser diferente dele, pois um adultério pode causar mais estrago do que um palavrão (palavra torpe) mas diante de Deus você é tão culpado quando um adúltero.

Por isso, não se esqueça, não somos melhores que ninguém, mas estamos todos caminhando para chegar a estatura de varão (varoa) perfeito (a). Ef 4.3

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Nota de Pesar.


Nota de Pesar.

É com imensa tristeza e consternação que venho por meio desta manifestar minha solidariedade as famílias que se encontram em luto devido a morte de seus familiares no acidente aéreo ocorrido em Santos pela manhã. Dentre as vítimas se encontrava o candidato a presidência Eduardo Campos, juntamente com os dois pilotos e mais quatro passageiros.
Nos sensibilizamos com as famílias e oramos para que Deus possa confortar os corações entristecidos nesse momento de grande tristeza por essa irreparável perda.



Rafael dos Santos Serafim

Total de visualizações de página