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quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

O pedido

Lendo o capítulo 10 do evangelho de Marcos, encontramos alguns relatos interessantes. O texto começa com a pergunta dos fariseus acerca do divórcio e a explicação de Jesus sobre esse assunto. Passa pela passagem de Jesus abençoando as crianças e ensinando que o reino dos céus será alcançado por aqueles que são como as tais. Depois nos conta a triste história do mancebo de qualidade, que tinha tudo para ser um grande discípulo, mas amou mais ao dinheiro do que a Jesus. 

Após esse episódio, Marcos relata o pedido dos filhos de Zebedeu, Tiago e João. No relato do mesmo assunto feito por Mateus, este poupa os discípulos e diz que o pedido partiu da mãe dos dois, embora os dois tenham participado da solicitação. Depois de Marcos ter relatado todo o imbróglio que isto causou, e como Jesus remediou a situação, o capítulo dez termina com o relato da cura do cego Bartimeu.

Dentre essas diversas histórias bem diferentes uma das outras, duas é possível fazer uma ligação através de algo em comum, a saber, a pergunta de Jesus que faz: O que queres que te faça?

Observe que nos dois últimos assuntos do capítulo dez de Marcos, é sobre duas petições, uma pedindo por vanglória, outra para ser resolvida uma necessidade. 

O pedido de ambos revelam o maior desejo de seus corações. Receberam a oportunidade de ter seus pedidos atendidos pelo próprio Senhor Jesus, mas um obteve sucesso e outro não pode ser atendido.

Boa parte de nossas petições diante de Deus são motivadas por interesses próprios, que são exclusivos para nossa satisfação. Geralmente acabamos pedindo algo que, para nós, parece ser um benefício, que irá melhorar a nossa vida, mas que na verdade poderá acarretar situações bem complicadas para alcançarmos o que desejamos. 

Algumas petições entram em conflito com a vontade de Deus, sendo então, em muitos casos, ignoradas por causa do propósito divino. Orar de acordo com a vontade de Deus é um desafio que exige de nós uma profunda comunhão com o Espírito Santo, para podermos estarmos alinhados com aquilo que ele deseja para nós. Neste sentido, o pedido dos filhos de Zebedeu não se enquadravam dentro daquilo que Deus tinha como seu propósito, sendo assim, negada a petição devido a esta estar fora do que Deus já havia planejado para ambos.

A oração não existe para que seja usada como ferramenta para conseguirmos obter de Deus o que queremos. A oração não é o meio pelo qual mudamos o coração de Deus. Embora em alguns casos, pareça que através da oração, Deus tenha sido convencido a mudar de opinião, isso fica claro no caso do rei Ezequias Is 38.1-8, que depois de ter orado e chorado muitíssimo teve a sua sentença mudada. 

A oração é meio pelo qual podemos colocar diante de Deus as nossas necessidades, de podermos entrar em concordância com a sua vontade, para que possamos ser atendidos naquilo que precisamos e que Ele tem para nos abençoar. A oração muda mais o nosso coração, quando humildemente pedimos que seja feita a vontade de Deus. A oração é meio pelo qual podemos ser atendidos prontamente, ou testados em nossa perseverança. Todo pedido feito em oração, deve ser feito com a fé de que oramos para aquele que pode nos atender.

Muitos casos de oração não são respondidos, porque são feitos com um sentimento egoísta, vingativo, sem fé ou por motivos mesquinhos. A oração é a chave para a mudança da nossa situação a medida que ela nos muda.

Um dos problemas das oração não respondidas são os requerimentos que ela exige para ser eficaz, ou seja, para se obter perdão divino, nós devemos perdoar Mt 6.14-15. Para sermos atendidos temos que orar crendo Hb 11.6, pois sem fé é impossível obter a resposta divina. Devemos orar em muitos casos com persistência, Mt 7.7-11, pois jamais Deus não responde a oração de seus filhos, mesmo que seja com a negativa da petição, mas a resposta virá.

A oração ela deve ser feita como um meio para se obter aquilo que necessitamos e vá glorificar a Deus com a benção concedida. Devemos sempre estar em oração, pois é através dela que podemos estar sempre em contato com Deus.


quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Trechos Bíblicos. A natureza do pecado.

A natureza perigosa do pecado.

Algumas pessoas ridicularizam o conceito de pecado, definindo-o com o uma mera proibição, feita pelos judeus, contra a diversão. Esses indivíduos dizem algo semelhante àquilo que a serpente disse a Eva no jardim do Éden. A serpente sugeriu que Deus estivesse impedindo Eva de ter algo verdadeiramente necessário e que lhe traria grandes benefícios (Gn 3.4,5).

As Escrituras, porém, afirmam que o pecado é perigoso e destrutivo, e não algo divertido ou benéfico. 0 pecado tem consequências devastadoras, que devem ser alvo da nossa atenção. Como o livro de Romanos afirma, o pecado escraviza as pessoas e exige que elas obedeçam a sua concupiscência (Rm 6.6,12,20).

Várias passagens no Novo Testamento aludem à natureza perigosa do pecado:

• Os que pecam destituídos estão da glória de Deus (Rm 3.23). As pessoas, apanhadas na dura armadilha do pecado, não podem mais ter nem desenvolver em sua vida a santidade que Deus pretendeu quando elas foram criadas.

• O pecado é iniquidade (1 Jo 3.4). 0 pecado diz respeito a uma vida que busca agradar primeiramente o eu, em lugar de agradar a Deus, constituindo uma “lei para si mesmo”.

• Toda iniquidade é pecado (1 Jo 5.17). Quando nós pecamos, ofendem os ao Deus que ama a justiça e a retidão, e não a impiedade e a injustiça (Rm 1.18).

• Se apenas soubermos o que é bom, isso não faz de nós pessoas boas, mas pecadores (Tg 4.17). Sendo assim, o pecado envolve a desobediência consciente. É agir contra o que é certo, chegando mesmo a aprovar o pecado cometido pelos outros (Rm 1.32).

Essa é uma situação muito séria. Mas chega a ser surpreendente que todo ser humano seja parte dessa situação. A Bíblia declara: Não há um justo, nem um sequer ( Rm 3.10; com pare com 2 Cr 6.36a; Rm 5.12b) e, também, que todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus (Rm 3.23).


O pecado está longe de ser uma simples matéria de qualquer religião ou um conjunto de hábitos pessoais. Pelo fato de Deus ser soberano sobre todo o mundo - sobre países, nações, povos e tudo mais - o mau uso de qualquer item da criação implica em pecar contra ele. Nós somos responsáveis por todas as dimensões da vida. Nada é realmente secular, no sentido de estar apartado dos cuidados do Senhor.

Dois tipos de pecado.


A existência do pecado tornou necessário o plano de salvação de Deus em Cristo. Tecnicamente, o pecado é qualquer falta de conformidade com a vontade de Deus ou com Seus padrões — com tudo aquilo que está de acordo com o plano de Deus para nós. No Antigo Testamento, havia sacrifícios pré-ordenados para que fossem perdoados os pecados cometidos por ignorância.
É essa concepção mais abrangente de pecado que leva alguns a acreditarem que todos os cristãos pecam diariamente em palavras, pensamentos e ações. Porém, a Bíblia indica que Deus nos torna particularmente responsáveis pelos atos conscientes de transgressão, rebelião ou omissão (Jo 9.41; Rm 1.20,21; Tg 4.17).

A segunda form a de pecado descrita na Bíblia é decorrente da natureza humana decaída, a inclinação de todas as pessoas para cometerem atos individuais de pecado. Todos têm essa inclinação para o m al; essa é uma herança recebida de Adão (Rm5.12,18,19). Essa tendência universal para a oposição à vontade de Deus recebe nomes com o: pecado original, mente carnal, herança pecaminosa, velho homem, pecado inato, depravação moral e natureza pecaminosa. É uma disposição inerente para o
pecado, uma inclinação de todos para o cometer atos pecaminosos.
É importante observar que a Bíblia distingue os atos pecaminosos da natureza pecaminosa. Os pecados que geralmente cometemos, mas nem sempre, são mencionados no plural: Quantas culpas e pecados tenho eu? Notifica-me a minha transgressão e o meu pecado (Jó 13.23); perdoa-nos os nossos pecados (Lc 11.4). Em contraste, a natureza pecadora normalmente é caracterizada com o uma qualidade ou disposição singular do espírito humano (Rm 7.14,17,20,25; 8.2).

A distinção entre o pecado com a disposição natural e o pecado com o um ato não é indicada apenas pela menção no singular e no plural do term o “pecado”, mas deve ser analisada pelo contexto, que permite interpretar o pensamento do escritor. O pecado com a inclinação da natureza fica evidente quando o contexto enfatiza uma disposição inerente para o mal, com o na crítica feita por Paulo aos coríntios em 1 Coríntios 3.3: Porque ainda sois carnais, pois, havendo entre vós inveja, contendas e
dissensões, não sois, porventura, carnais e não andais segundo os homens. O clamor de Davi - Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito reto (SI 51.10) — reflete uma realidade do pecado que é mais profunda do que as meras ações; diz respeito a uma pecaminosidade inerente, que requer uma completa limpeza.

O novo comentário bíblico NT, com recursos adicionais
— A Palavra de Deus ao alcance de todos.
Editores: Earl Radmacher, Ronald B. Allen e H.Wayne House
Rio de Janeiro: 2010 (Romanos)

sexta-feira, 22 de setembro de 2023

Qual a orientação bíblica sobre o divórcio e casamento?

A Bíblia não legisla sobre cada detalhe da vida, ela não é um manual detalhado sobre cada uma das ações humanas dizendo o que se pode ou não se pode fazer. Há muitas orientações bem claras na palavra de Deus, outras, no entanto, não são tão específicas sobre o assunto abordado.

Sem contar que, a Bíblia fora escrita em um período muito distante do nosso, onde a cultura de seu tempo era outra, além de ter o componente linguístico, o que contribui mais ainda para a dificuldade de se compreender o que o autor sacro quis dizer e como as pessoas que o ouviram o entenderam. Se havia dificuldade das pessoas que viviam no mesmo período do escritor em saber, e entender o que de fato ele disse, quem dirá nós que vivemos em períodos tão distantes, com culturas diferentes e uma língua diferente.

Contudo, isso não serve de desculpa para dizer que a bíblia é ultrapassada, precisando assim de uma atualização. A bíblia ela é atemporal, Deus usou aqueles homens que a redigiram para alcançar os ouvintes daquela geração, e para todas as demais gerações que viriam. A questão aqui não é a atualidade da palavra de Deus, é a compreensão dessa mesma palavra por nós, que estamos tão distantes da realidade cultural e linguística de seus autores. As vezes damos sentido a um texto que o mesmo não possui, isso porque nós o olhamos com as lentes da nossa realidade.

Esta introdução é para justificar que, algumas coisas que a bíblia não fora clara o suficiente, deixa margem para diferentes interpretações. Pois o texto bíblico na ausência de uma afirmação clara e objetiva, deixa para os exegetas um difícil caminho de interpretação. Respeitando é claro, todas as normas e regras da exegese (contexto histórico, linguístico, cultural..) pode-se chegar ao entendimento do objetivo do autor com aquelas palavras naquele contexto. Por isso, quando analisamos as afirmações dos personagens bíblicos, devemos fazer segundo os conceitos e padrões de seu tempo, não incorrendo no erro de dar sentido do que foi dito para nós, sem levar em conta o sentido para os contemporâneos. 

Quando então vamos abordar o que o texto bíblico diz sobre determinado assunto, devemos entender como aquelas pessoas o entendiam, e qual o objetivo do autor em escrever tal mensagem. Logo, a questão de casamento, divórcio, prostituição e outras, devem ser entendidas segundo o contexto daquela época e como ele serve para nos instruir em nosso próprio contexto. 

Casamento.

O casamento fora instituído por Deus, e isso antes mesmo da queda do homem. Deus o estabeleceu no período de inocência, no Éden. O próprio Deus realizou o primeiro casamento e nele deixou instruções de como o homem e a mulher deveriam agir ao casar-se.

Com a costela que havia tirado do homem, o SENHOR Deus modelou uma mulher e a conduziu até ele. Então exclamou Adão: “Esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada ‘mulher’, porquanto do ‘homem’ foi extraída”. Por esse motivo é que o homem deixa a guarda de seu pai e sua mãe, para se unir à sua mulher, e eles se tornam uma só carne. O homem e a mulher viviam nus e não se envergonhavam. Gn 2.22-25 (grifo meu).

Não vou entrar em detalhes o motivo e o que o autor quis dizer em "deixará o homem seu pai e sua mãe para então unir-se a sua mulher". Embora Adão não tivesse pai e nem mãe para os deixar, assim como Eva, percebe-se que a orientação não fora para eles, mas para os que viriam depois.

Assim, o casamento é a união de um homem com uma mulher, pois assim Deus os formou, para completude, onde os dois tornam-se uma só carne na união que é sacramentada com o ato íntimo sexual. Esta união é física, emocional e espiritual, indo além do quesito morar juntos e coabitar. 

Logo vemos que o casamento é algo criado por Deus, sendo assim atemporal, válido em todas as épocas e enquanto houver seres humanos. Ficando estabelecido como casamento a união de um homem com uma mulher, fugindo do princípio divino toda e qualquer relação que envolva outro tipo de união que não seja essa.

Uma questão que fica para nosso tempo é: Por casamento se entende como união civil, união religiosa ou união sexual? Aos olhos de Deus o casamento só é válido quando validado pela instância civil e religiosa? Somente a civil basta, ou só a religiosa, ou quem sabe ao morar junto com uma mulher e viver maritalmente com ela aos olhos de Deus já são vistos como casados? Ou ao ter relações com uma mulher na união de corpos significa uma união marital? 

A sociedade hoje entende como casamento válido a união civil entre duas pessoas, no âmbito cristão, é a união de um homem com uma mulher, sendo realizado na esfera jurídica, ou seja, em cartório, por autoridade competente. A esfera religiosa não interfere nesse sentido, pois não depende de autoridade eclesiástica para ter validade. A igreja considerará a pessoa casada mesmo que a mesma não tenha feito uma cerimônia religiosa, o casamento civil já garante o status de casado. 

Se alguém casar na esfera religiosa, civilmente essa união não tem validade, ela deve ser ratificada na esfera civil. Logo entendemos que para a união de casamento ser válida, na nossa realidade cultural ocidental, deve ser feita na esfera civil, realizado por autoridade competente para validar tal união. Então podemos resumir que no nosso tempo presente, levando em consideração a realidade brasileira, o casamento só é de fato casamento ao fazer a união civil juridicamente. Ou no caso de haver o casamento religioso com efeito civil. Isso ocorre quando, após a celebração religiosa, o casal apresenta, em um prazo de 90 dias, o termo de casamento emitido pela autoridade religiosa para formalização perante o registro civil. De todas as formas, somente com o registro em cartório o casamento passa a ter validade.

Então um casal de namorados que vivem em prática sexual frequente com planos de se casar, não pode argumentar que já são casados diante de Deus, pois na união sexual se concretiza o casamento. Isso é uma desculpa para aliviar o peso da consciência do pecado de fornicação. Pois o casamento só o é de fato, como vimos, quando é sacramentado juridicamente. Viver juntos ou na prática sexual não configura casamento, nem para a igreja, nem civilmente. O casal que vive junto, sem civilmente estar casado, é chamado de amasiado, ou estando em união estável.

União estável.

E a união estável, é casamento? É fornicação? Primeiro vejamos o que é união estável. 

A união estável foi estabelecida no ordenamento jurídico pelo Código Civil - Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. No qual diz: 

"É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família."

Mas para a questão religiosa, esse casal não é considerado casado. No âmbito jurídico a pessoa em união estável não tem o seu estado civil alterado permanecendo no seu registro geral como solteira, mesmo em união estável. Com isso, consideramos no âmbito religioso, que esse casal vive em fornicação, que é a prática sexual antes do casamento. Embora os mesmos possam ser considerados em união estável, tendo alguns direitos de quem vive na situação de casado. 

Não vou entrar aqui em detalhes jurídicos que diferenciam o casamento da união estável. Mas quando dois cristãos deliberadamente resolvem morar juntos sem oficializar a união, eles são considerados amasiados, e sua relação é uma relação fornicária, mesmo que vivam maritalmente.

Mas aí a coisa se complica quando uma das partes envolvidas na relação não for cristã. A igreja considerará a parte cristã como fornicária? 

Essa é uma das realidades existente na igreja hoje em dia, onde há muitas mulheres e homens que vivem maritalmente com seus cônjuges em união estável, não casadas em cartórios.

Muitas se converteram e eram, e alguns casos, impedidas de estarem em comunhão devido ao seu estado civil, vivendo junto a um homem sem ser casado com ele. 

Ponto pacífico é que, nenhum casal cristão pode se escusar de não casar e ir morar junto com a desculpa que vivem em união estável, sendo considerados com os mesmos direitos e deveres de quem de fato é casado, isso não é verdade. Logo, um casal cristão que vive junto sem ser casado, os dois estão em prática pecaminosa reiterada, logo a sua comunhão com a igreja não é permitida, pois vivem na prática pecaminosa. 

Agora quando um dos cônjuges se convertendo a Cristo e vindo para a igreja, mesmo não sendo casado, mas morando com uma pessoa e não estando ao alcance dela unilateralmente converter essa união em casamento civil, a mesma deve ser aceita no corpo de membros de Cristo. O apóstolo Paulo foi bem claro nessa situação.

A todos os demais, eu particularmente, não o Senhor, vos digo: Se algum irmão tem mulher descrente, e esta se dispõe a viver com ele, não se divorcie dela. Da mesma forma, se uma mulher tem marido incrédulo, mas este consente em viver com ela, não se separe dele. Porquanto o marido descrente é santificado por causa da esposa cristã; e a esposa incrédula é santificada por causa do marido crente. Se assim não fosse, seus filhos seriam impuros, mas agora são santificados. I Co 7.12-14

Embora aqui talvez a ideia seja de uma união civil sacramentada, o mesmo vale para as uniões estáveis, onde o casal vive como casados mesmo sem a união civil estabelecida. Porque alguém poderia dizer: Eu vivo em união estável, ao me converter meu esposo(a) não quer mudar nossa relação de união estável para união civil, logo irei me separar pois estou vivendo em pecado de fornicação. Não acredito que essa é a solução aceitável e recomendável. Em caso de uma das partes não querer converter a união estável em união civil, o marido/esposa cristã deve manter o relacionamento, pois se não fosse a conversão não continuaria morando juntos? Então porque agora ao se converter irá se separar? Alguns poderão usar desse argumento para separar-se e contrair um casamento civil, contudo o mais prudente e recomendável é que, a parte cristã busque a união civil, mas não estando ao alcance dela, continue a viver com seu cônjuge, pois se tivesse casado civilmente não iria orar para a conversão de seu cônjuge, o que impede de orar para a conversão dele estando em união estável? E assim ele/ela ao se converter, terá o entendimento que deverá transformar a sua união estável em união civil.

Logo penso ser aceitável que a pessoa ao se converter a Cristo estando em união estável, deva ser recebida, após o batismo, como membro efetivo do corpo de Cristo, participando da comunhão juntamento com os demais irmãos. 

Peca ao viver em união estável o irmão ou irmã que tendo a possibilidade de casar civilmente não o faz deliberadamente. Alguns com intuito de não perder pensões, ou algum outro benefício, usando assim de artimanha para manter o que possuí. Isso é pecado duas vezes, uma por usar de engano e outra de não casar quando se pode e deve casar civilmente, já que vive como casados em união estável.

Como já dito anteriormente, nenhuma pessoa que já é membro do corpo de Cristo poderá viver um relacionamento em união estável. Um irmã(o) que se unir com outra pessoa com intuito de formar família, viver como casados, sem oficializar essa união, ele peca, devendo ser afastado da comunhão pela prática pecaminosa de fornicação(prostituição). Isto porque, o correto seria um cristão casar-se com outro cristão, pois a bíblia recomenda enfaticamente que não devemos nos unir com os infiéis, o que infelizmente tem se tornado prática comum dentro da igreja, casamento entre um cristão e uma pessoa ímpia.

Jamais vos coloqueis em jugo desigual com os descrentes. Pois o que há de comum entre a justiça e a injustiça? Ou que comunhão pode ter a luz com as trevas? Que harmonia entre Cristo e Belial? Que parceria pode se estabelecer entre o crente e o incrédulo? E que acordo pode existir entre o templo de Deus e os ídolos? Porquanto somos santuário do Deus vivo. Como declarou o próprio Senhor: “Habitarei neles e entre eles caminharei; serei o seu Deus, e eles serão meu povo!” Portanto, “saí do meio deles e separai-vos, diz o Senhor, e não toqueis em nada que seja impuro, e Eu vos receberei. Serei para vós Pai e sereis para mim filhos e filhas”, diz o Senhor Todo-Poderoso! II Co 6.14-18 (grifo meu)

Então uma pessoa ao casar-se, deve-o fazer com alguém que comunga da mesma fé, pois por melhor que seja a pessoa ímpia, a Bíblia recomenda que não deva haver uma união de corpos, pois isto é um jugo desigual. Mas aquele que se casa com um ímpio, não tem nada que o impeça de permanecer como membro da igreja, mesmo que seu cônjuge seja um infiel. Desde que, essa união seja civilmente estabelecida. Infelizmente o cônjuge cristão deverá ter a consciência de que a sua escolha poderá acarretar problemas futuros, mas que ela/e não poderá lamentar-se pois a sua escolha foi feita sabendo das recomendações contrárias. 

Divórcio

Essa é a parte mais complicada das interpretações bíblicas sobre os textos que tratam sobre esse assunto. Isto porque a bíblia é vaga em certas passagens dando margem para interpretações distintas.

Primeiramente é importante salientar que o divórcio não foi instituído por Deus. Ele não criou o casamento para depois de casados o casal se venha a separar-se. Mas por causa do pecado, que desvirtuou tudo aquilo que Deus criou bom e perfeito, foi dada a concessão do divórcio. Como o homem ou a mulher, poderiam transgredir o mandamento bom e perfeito do casamento, Deus então possibilitou a ambos terem uma maneira de saírem do laço indissolúvel do casamento. Pois se Deus não houvesse dado essa concessão, o casamento seria tido como indissolúvel, e o homem e a mulher estariam presos um ao outro independente dos erros cometidos pelos cônjuges. 

Por isso, devido a dureza do coração do homem e da mulher em perdoar a ofensa, e também da dureza do coração de ofender a quem não devia, foi concedido essa saída, para que houvesse a possibilidade de haver uma nova união diante de Deus. Haja vista que o casamento não seria mais indissolúvel, só o sendo em caso em que não houvesse motivo plausível para sua dissolução.

Então tenhamos em mente que para Deus o casamento é de fato indissolúvel, e ao casarmos devemos ter em mente que estamos casando para todo o sempre, "até que a morte os separe". Esses tem sido um erro muito frequente nas uniões atuais, onde diante dos problemas conjugais, julgam melhor separar-se do que enfrentar a dificuldade e seguir juntos. Muitos casamentos poderiam ser salvos se os cônjuges tivessem a mentalidade que, independentemente da adversidade, a separação não é uma opção. Mas devido a fraqueza de compromisso em manter o casamento, em situações banais, os casais preferem divorciar-se para garantir a "sua felicidade", do que ter que enfrentar os momentos tristes que são normais em uma relação longa e duradoura como o casamento.

Mas já que o casamento é indissolúvel, quais foram então as possibilidades concedidas por Deus para que houvesse uma ruptura do laço indissolúvel do matrimônio. Vejamos.

Quando um homem tiver esposado uma mulher e formalizado o matrimônio, mas pouco tempo depois descobrir nela algo que ele reprove e por isso deixar de querê-la como esposa, ele poderá dar à sua mulher uma certidão de divórcio e mandá-la embora. Dt 24.1
Observe que não há aqui uma especificação sobre o que seria esse: "descobrir nela algo que ele reprove", podendo ser qualquer coisa motivo para pedir o divórcio. Sendo assim, a união do casamento desvirtuou-se na prática exagerada de divórcios por motivos mais banais possíveis. Em outra tradução o texto declara: "Se não achar graça em seus olhos, por nela achar coisa feia", é tão ambígua como a primeira.

A grande discussão ficou entre duas correntes rabínicas, a escola da Shammai interpretava que esta coisa ambígua chamada "coisa feia" ou "algo que ele reprove", só poderia ser adultério. Não estamos aqui discutindo por exemplo, se o marido descobrisse que a esposa não era mais virgem ao casar-se, isso poderia levar a anulação do casamento. O pecado teria que ser cometido durante o casamento, não antes dele. No caso da moça virgem, viesse a casar, e posteriormente adulterar, então o marido tinha o direito de pedir o divórcio.

Já a outra escola de interpretação, mais liberal, era a de Hillel, ascendente do rabino citado nos evangelhos Gamaliel. A escola de Hillel defendia que ao contrário de Shammai que só via o pecado de adultério como o único possível de pedir a dissolução do casamento, o marido poderia pedir divórcio sob qualquer pretexto. Isso gerou uma onda de divórcios com os mais absurdos motivos.

A discussão sobre o motivo que poderia ocorrer o divórcio ou não era existente ainda no tempo do Senhor Jesus, levando os rabinos da época a perguntar a Jesus a qual visão interpretativa ele defendia, se a de Shammai ou de Hillel.

Foi dito também: ‘Aquele que se divorciar de sua esposa deverá dar a ela uma certidão de divórcio’. Eu, porém, vos digo: Qualquer que se divorciar da sua esposa, exceto por imoralidade sexual, faz com que ela se torne adúltera, e quem se casar com a mulher divorciada estará cometendo adultério. Mt 5.31-32 grifo meu.

Observemos que Jesus não aboliu o divórcio, mas identificou a cláusula de exceção. O motivo válido para o divórcio seria a imoralidade sexual

O que faltava para a lei ficar clara com relação ao divórcio não era como o divórcio devia ocorrer, isso já estava claro que seria através da carta de divórcio, liberando assim a mulher e o homem para novas núpcias, quanto a isso não havia dúvidas. A dúvida era, qual o motivo válido para se divorciar. Essa é a grande questão que ainda perdura em nossos dias, pois as interpretações são muitas.

Replicaram-lhe: “Então por qual razão mandou Moisés dar uma certidão de divórcio à mulher e abandoná-la?” Ao que Jesus declarou: “Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos concedeu separar-se de vossas mulheres. Mas não tem sido assim desde o princípio”. Eu, porém, vos afirmo: “Todo aquele que se divorciar da sua esposa, a não ser por imoralidade sexual, e se casar com outra mulher, estará cometendo adultério”. Mt 19.7-9 grifo meu.

Observe que o princípio da possibilidade de divórcio é o mesmo, a imoralidade sexual dentro do casamento. Não há aqui uma outra possibilidade além dessa. O próprio Cristo declara que seria este o único motivo para haver o divórcio e um novo casamento sem estarem incorrendo no pecado de adultério, pois aos olhos de Deus aqueles que se divorciam sem ser por este motivo, estariam ainda ligados a seu cônjuge até que a morte os separe. Lembrando aqui que o adultério poderia ser de ambas as partes, a mulher poderia pedir divórcio de seu marido se ele a traísse, não sendo exclusividade dos homens poderem divorciar-se. Assim Cristo estabelece uma igualdade de direitos entre os sexos, como fora propósito de Deus desde o início. Isso a lei judaica não permitia, teria que ser do homem o pedido de divórcio. Cristo abole essa distinção colocando que a imoralidade sexual era a única exceção para dissolução do casamento, e essa imoralidade poderia ser cometida por ambas as partes, dando direito a ambas as partes em pedir o divórcio. 

Mas se a única referência a divórcio no novo testamento fosse essa, isso traria muitas complicações. Estaria assim Cristo muito mais próximo a escola de Shammai de interpretação do que a de Hillel.

Então qual seria a segunda referência que temos para avaliarmos a possibilidade bíblica para um divórcio? A primeira sempre será de Cristo, depois de seus apóstolos que continuaram o ministério evangelístico de propagar o reino dos céus. 

Então seguindo os escritos bíblicos, vamos encontrar nos escritos do Ap.Paulo outras referências acerca da natureza do casamento e da possibilidade de sua dissolução.

Todavia, ordeno aos casados, não eu, mas o Senhor: Que a esposa não se separe do marido. Se, porém, ela se separar, que não se case, ou que se reconcilie com o seu marido. E que o marido não se divorcie da sua esposa I Co 7.10-11

A primeira questão defendida pelo apóstolo Paulo é a indissolubilidade do casamento. Não separe, se separar, fique sem casar novamente, ou se possível, se reconcilie com seu marido, esse era o mandamento para casais cristãos. De todas as formas a orientação acerca do casamento deve ser: Não se separe!

Contudo, não havendo a possibilidade de se manter o vínculo do casamento, quais as possibilidades bíblicas para se contrair um novo matrimônio?

No entanto, se o incrédulo decidir separar-se, que se separe. Em tais circunstâncias, nem o irmão nem a irmã estão sujeitos à servidão; pois Deus nos chamou para vivermos em paz. I Co 7.15

Então atrelado ao ensino do Senhor Jesus que o casamento só poderia ser desfeito devido a "imoralidade sexual", está a cláusula de exceção do abandono por parte do infiel. Veja que a pessoa tratada aqui como aquele que se vai é o infiel, isto porque o Ap.Paulo não via a possibilidade de um cristão divorciar-se de sua esposa(o) cristã(o), pois ambos seriam regidos pela lei do amor, logo não haveria imoralidade sexual dentro do casamento e também o desejo de abandono, pois como pessoas em Cristo seguiriam o exemplo e modelo de casamento divinamente estabelecidos, que Paulo exemplifica em outras passagens. 

Esposas, cada uma de vós respeitai ao vosso marido, porquanto sois submissas ao Senhor; porque o marido é a cabeça da esposa, assim como Cristo é a cabeça da Igreja, que é o seu Corpo, do qual Ele é o Salvador. Assim como a igreja está sujeita a Cristo, da mesma forma que as esposas estão em tudo sujeito aos seus próprios maridos. Maridos, cada um de vós amai a vossa esposa, assim como Cristo amou a sua Igreja e sacrificou-se por ela, a fim de santificá-la, tendo-a purificado com o lavar da água por meio da Palavra, e para apresentá-la a si mesma como Igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou qualquer outra imperfeição, mas santa e inculpável. Sendo assim, o marido deve amar sua esposa como ama seu próprio corpo. Quem ama sua esposa, ama a si mesmo! Pois ninguém jamais odiou o próprio corpo, antes o alimenta e dele cuida, assim como Cristo zela pela Igreja, pois somos membros do seu Corpo. “Por esse motivo, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua esposa, e os dois se tornarão uma só carne.” Este é um mistério grandioso; refiro-me, contudo, à união entre Cristo e sua Igreja. Portanto, cada um de vós amai a sua esposa como a si mesmo, e a esposa trata o marido com todo o respeito. Ef 5.22-33 

Paulo não vê a possibilidade do divórcio Cristão, a única possibilidade seria a separação para viver uma vida casta, sem casar-se novamente, pois se casasse estaria comente adultério. Quando afirmo isto, tenho em consideração quando não há motivos plausíveis para o divórcio. Se a mulher ou o homem decide divorciar-se simplesmente porque tem o desejo de se ver livre do seu cônjuge, ele o pode fazer, mas desde que não se case novamente. Mas aqui fica uma pergunta. Se a parte que deseja ir embora pecará ao contrair novo casamento, a parte que foi deixada também pecará se casar-se novamente? Jesus não disse que aquele que repudia a sua mulher a não ser por causa da imoralidade sexual, dando a carta de repúdio (divórcio) não comete adultério ao casar-se novamente, e a mulher repudiada não seria adúltera ao novamente casar-se? 

Quem se separar de sua esposa e se unir a outra mulher estará cometendo adultério; assim como, o homem que se casar com uma mulher divorciada estará igualmente adulterando. Lc 16.18

Acredito que aqui a única possibilidade de cometer adultério é da pessoa que pediu o divórcio, não a pessoa que sofreu o divórcio. Se o homem pediu, ao casar novamente adultera, se a mulher pediu, ao casar novamente adultera. Ou seja, se uma das partes não quis o divórcio, mas a outra parte desejou, a que não quis seria livre para casar-se novamente, pois segundo o apóstolo Paulo: "Em tais circunstâncias, nem o irmão nem a irmã estão sujeitos à servidão; pois Deus nos chamou para vivermos em paz. I Co 7.15. Embora esse não seja um pensamento definitivo, tendo outros uma interpretação diferente, considero injusto para a parte ofendida, ter que viver preso ao antigo cônjuge mesmo quando este não o quer mais, tendo que esperar a morte deste para casar-se novamente sem cometer o pecado de adultério. E se o outro casar novamente, estaria a pessoa então livre para casar-se, ou ainda assim casando cometeria adultério? E se a pessoa que desejou ir embora, e não casou-se novamente, a parte deixada não poderia casar porque a outra não casou? Não é fácil a solução, mas devemos usar de bom senso para entender que a parte ofendida (que não quis) não pode ficar sujeita a parte que quis, pois não estamos sujeitos a servidão.

No caso então do abandono, a pessoa abandonada estaria livre para casar-se novamente. Isto primeiramente o Ap.Paulo tem em relação a casais mistos, ou seja, do crente com a descrente. Partindo do princípio que o cristão já era casado quando se tornou cristão, pois nenhum cristão deve casar-se com um infiel. E estando já casado, uma das partes converte-se, de maneira nenhuma deve deixar o outro cônjuge simplesmente por ele(a) não ser cristã(o). A orientação é que cada um fique na vocação em que foi chamado. Foi chamado sendo casado, permaneça casado, mesmo que seu marido/esposa seja um infiel. Mas no caso de o infiel decidir separar-se, o irmão estará livre para casar novamente, agora deverá casar com um fiel. 

Mas no caso do casal cristão, uma das partes decidir separar-se, o outro separado poderá casar novamente? Como já deixamos claro acima, a pessoa abandonada teria assim direito a casar novamente, sem cometer o pecado de adultério, pois ela não pode obrigar o outro(a) a ficar, e nem poderá ficar preso ao outro até a sua morte, pois não depende dela a permanência da união de ambos. E aquele que decidiu separar-se sendo cristão, ao casar novamente peca cometendo adultério? Se não houve imoralidade sexual, e abandono da outra parte, estará a meu ver adulterando, porque não há nada que corrobore com a dissolução do casamento. Então diante de Deus, segundo a palavra de Jesus, ele estaria violando a indissolubilidade do casamento. 

Então somente o abandono e a imoralidade sexual seriam as causas possíveis para haver um divórcio? Aí que a coisa fica mais complicada ainda, pois há muitas variantes que podem interferir nessa equação.

A cônjuge que sofre agressão verbal e física poderá pedir o divórcio? O cônjuge que não recebe atenção sexual, sendo privado de ter relações com seu cônjuge poderá pedir o divórcio? Há tantas outras possibilidades que neste texto ficaria impossível abordar cada uma delas. Então o que posso dizer é que, cada caso deve ser analisado segundo a luz da palavra de Deus, para então orientar aos envolvidos no que Deus gostaria que fosse feito. Somente com a orientação do Espírito Santo poderemos dar um parecer mais próximo do que diria o Senhor Jesus. Então deixemos essas outras possibilidades para um outro texto.

 

quarta-feira, 5 de julho de 2023

Posso ser santo mesmo sendo pecador?

Na minha procura por algum artigo acadêmico que pudesse me ajudar a entender a Bíblia sagrada e algumas de suas passagens mais difíceis, me deparei com o texto de Josias Silva intitulado: "AOS CORÍNTIOS: LIÇÕES À IGREJA CONTEMPORÂNEA".
No subtítulo Chamados á santidade, o autor escreve:

"Paulo ao dizer essas palavras aos coríntios, está fazendo menção da “doutrina da santificação”. A doutrina da santificação está dentro, teologicamente falando, do que conhecemos como ‘a obra de Cristo’ na segunda parte do processo da redenção. Ou seja, quando o pecador se encontra com Jesus, Deus, por um ato de soberana vontade, nos justifica (Jesus é “justo e justificador” cf. Rm 3.26) de toda culpa. Assim, uma vez justificados em Cristo, em seguida somos livres do domínio do pecado (cf. Rm 6.12-14), que nada mais é do que a santificação. Mas a santificação não é um ato acabado, e sim um processo de santificação diário que durará até o estado de glorificação, isto é, quando formos arrebatados e estivermos com Cristo (grifo meu). A santificação pressupõe que houve a justificação, mas ela não inclui a ausência do pecado; a ausência do pecado é só no estado de glorificação, na justificação Deus não tira o pecado de nós, mas quando ele nos justifica, ele quebra o domínio do pecado em nós. Numa palavra estamos todos na segunda fase, em um processamento de santificação.

A santificação como processo.

Segundo Moody, a santificação bíblica é quadrúplica. Vamos aos seus quatro significados.

a)santificação primária, isto é, a graça eficaz que acontece desde o momento da conversão; o que poderia ser chamado, como vimos, de “justificação”;

b)santificação posicional, uma posição perfeita na santidade, verdadeira para todos os crentes, desde o momento da conversão (cf. At 20.32; 26:18);

c)santidade progressiva, equivalente ao crescimento diário na graça (cf. Jo. 17.17; Ef.5.26; II Co. 7.1);

d)santidade prospectiva, para final semelhança com Cristo posicional e definitiva (cf. ITs. 5.23) “estado de glorificação”.

Quanto ao uso de “santificação” mencionado por Paulo (O autor se refere ao versículo 2 da I carta de Paulo aos Coríntios), refere-se à santificação posicional, os crentes são santos, não porque nunca pecam, mas por operação divina. Todavia, Paulo faz alusão, também, a “chamados santos” no sentido de abster-se do pecado, algo como sagrado (gr.hagios), que significa separados para Deus (cf. Hb10.10,14; 2Pe 1.3; Jd 1); isto é a santidade progressiva (grifo meu). Assim, o alvo de Paulo era chamar a atenção para uma vida prática de inconformidade com o mundo (Rm 2.1s) e santidade diante de Deus, dado à vida devassa e individualista que estavam vivendo (grifo meu)."

Então, neste pequeno recorte de texto, nós podemos observar que a igreja de Corinto era uma igreja que sofria e muito com ás práticas pagãs, incluindo dentre elas a porneia.
Este texto é muito propício para nós, igreja contemporânea, pois vivemos dias de relativização da santidade exigida do evangelho, onde uma pessoa é considerada nova criatura sem abrir mão das antigas práticas pecaminosas.
O que se observa neste pequeno texto, é que somos santos pois fomos justificados, mas contudo, a nossa santidade é um processo contínuo, onde fomos santificados pelo sangue de Jesue quando por Ele fomos justificados. Contudo, esse processo não se encerra aí, passamos assim, para o segundo estágio de santificação, como proposto por Moody. Essa santificação significa romper com as amarras do pecado, deixar de viver segundo os costumes mundanos e vivermos uma vida de inconformidade com os padrões deste século.
Por isso, somos santificados quanto a sermos justificados pelo sacrifício de Cristo, algo que independe de nós, foi um favor imerecido e gratuito. Mas, somos chamados a santificação, que é a negação das vontades carnais que militam contra as vontades espirituais, que são impulsionadas pelo Espírito Santo que habita em nós.

Então, mesmo pecadores, ou seja, ainda vivendo neste corpo pecaminoso sujeito a falhas, somos santificados, pelo Espírito de Jesus que em nós habita. E gradativamente nos leva a santificação, através da ajuda desse mesmo Espírito para que consigamos sujeitar a carne com suas vontades. O que não é possível, é sermos santos e vivermos na prática do pecado, achando que o processo de santificação ocorreu na justificação (quando aceitamos a Cristo) e para isso e somente isso basta para sermos salvos. Somos sim, salvos pela graça, mas aqueles que são discípulos do mestre, andam como Ele andou, ouvem suas palavras e as obedecem, nisto podemos ver os frutos de estarmos de fato ligados na videira, pois nossas ações serão condizentes com as ações daquele que nos chamou das trevas para o reino do seu amor. 

Então, todo aquele que vive em santificação, deixa as práticas pecaminosas, pois entende que agora ele foi liberto das garras do pecado e pode viver em novidade de vida. Essas novidade de vida é justamente viver diferente do modo de vida anterior, não sendo compatível com a nova vida em Cristo viver nas mesmas práticas que Cristo abomina. Se de fato tivermos um encontro com o Senhor Jesus e o seu Espírito passa a habitar em nós, logo sentiremos a premente necessidade de deixarmos a antiga vida de pecados e vivermos uma nova vida em santificação. A questão é que esse processo não é instantâneo e não ocorre sem haja um deliberado esforço e auxílio da parte do Senhor Jesus.  Contudo ele não é impossível, e todos nós somos chamados a viver em santificação, pois como diz a Escritura, "Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver;. Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo" I Pe 1.15-16

O autor Josias Silva é Graduado em Teologia (Livre) pelo Centro Educacional e Teológico [IETEB] e em História pela Universidade Nove de Julho [UNINOVE]. Discente em Filosofia pela Universidade Federal de São Paulo [UNIFESP]. É doutorando em História e Cultura das Religiões pela Universidade de Lisboa/Portugal [FLUL] — Mestre em Ciência da Religião pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo [PUC-SP] e membro do Grupo de Estudos do Protestantismo e Pentecostalismo [GEPP] pela mesma Universidade.

sábado, 12 de dezembro de 2015

Consequências

Todos querem ser felizes. Para isso fazem escolhas; promovem mudanças, e tomam decisões. Mudanças, decisões e escolhas têm consequências. Temos que estar dispostos a viver com as consequências. A maioria diz que está pronta para viver com as consequências, sejam elas quais forem. O problema é que nem todas as consequências são as que gostaríamos. Existem consequências não intencionais e indesejáveis.

Casa pensando no melhor, mas acontece o pior. Tem um filho pensando nas alegrias, porém o comportamento dele trás tristeza. Separa para ficar livre do sofrimento; todavia, a solidão ou um novo relacionamento pode vir acompanhado de sofrimento maior.

Mesmo fazendo a coisa certa, às vezes, há sempre consequências involuntárias nas nossas acções, escolhas e decisões. Por vezes elas são benéficas e achamos que somos privilegiados; outras vezes, as consequências trazem um aborrecimento atrás do outro.

Pôde-se tentar resolver o problema, mas consequências negativas podem ser maiores do que o problema que tenta resolver. As decisões, ações e escolhas geram consequências desejáveis, agradáveis, aceitáveis, desagradáveis, indesejáveis e perfeitas.
- Consequências desejadas e preferidas.
- Consequências que conduzem à adaptação.
- Consequências improváveis, mas possíveis.
- Consequências que não gostamos, mas que temos que conviver com elas.

Texto do Pr. SilmarCoelho

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Tire os escombros.

Neemias 4.10 "Então disse Judá: Já desfaleceram as forças dos acarretadores, e o pó é muito, e nós não poderemos edificar o muro".

Antes de fazer qualquer obra em algum terreno, a primeira coisa que os operários irão fazer é limpar o local para iniciar o trabalho. Não se da pra se trabalhar adequadamente em um local sujo, cheio de materiais que irão atrapalhar o bom desenvolvimento da obra. 
Assim como em uma obra da construção civil, antes de iniciarmos uma obra de mudança em nossas vidas primeiro se faz necessário fazer uma limpeza, não da pra edificar um novo muro se ainda o terreno está cheio de escombros, se tentarmos levar a obra adiante, perderemos muito tempo para conseguir realizar a tarefa. Então antes de iniciar algo novo procure retirar o restante da antiga construção.

Muro, proteção contra os ataques.

Porque era tão importante para os Israelitas reconstruírem os muros de Jerusalém? Primeiro que as muralhas das antigas cidades era a primeira defesa contra ataques inimigos. Os muros eram fundamentais para a manutenção da segurança da cidade, sem ele a cidade era alvo fácil de ataques inimigos. Um muro bem alicerçado e fortificado era uma garantia de segurança para os moradores, e as vezes demorava-se semanas para conseguir abrir uma brecha nos muros para então invadir a cidade. Quando se abria uma brecha no muro, os soldados deveriam imediatamente seguir até o ponto de ruptura para poder impedir a invasão do exército inimigo e se possível, ir tapando a brecha com madeiras e outros utensílios que pudessem impedir a entrada.
Não é a toa que Deus em Ezequiel 22.30, procurou entre o povo um, apenas um que estivesse na brecha intercedendo pelo povo, mas Ele mesmo diz que a ninguém achou. Isso reforça a importância de se estar com os muros bem fortificados e seguros e, quando aparecer alguma brecha nele oriunda de algum ataque inimigo, que devemos estar atentos e por uma guarda no local atacado afim de que por aquela pequena brecha não sejamos derrotados.

A reedificação do muro.

Mas vamos dizer que você tenha sofrido um grande ataque do inimigo. Um relacionamento que acabou que te trouxe muita mágoa, uma amizade que se mostrou decepcionante. Um sonho frustrado, um ataque contra a sua família ou contra você mesmo. Podemos sofrer diversos ataques do inimigo e isso pode nos devastar. Mas assim como uma cidade derrotada que depois consegue novamente a sua liberdade, é hora de reconstruir os muros para que isso não ocorra novamente. Já munido da experiência anterior, você sabe a importância de se ter muros fortes e bem alicerçados. E caso aja um ataque do inimigo de como é essencial tapar a brecha no muro, para que o estrago contra a sua vida não seja maior.
Reconstruir muros nas nossas vidas é recomeçar, é tentar novamente, é de novo se reerguer depois de um ataque destruidor e seguir em frente. Muitos nunca mais conseguem se reedificar, ficam prostrados como seus muros no chão, não tem forças nem ânimo para novamente ser como cidade forte. Os seus inimigos ficam satisfeitos quando te vêem assim, caído, prostrado, nem parecendo como outrora, uma pessoa cheia de vida, alegria, uma pessoa feliz. Depois dessa luta que você passou, que destruiu suas defesas, te acertou em cheio te fazendo sofrer, seus inimigos farão de tudo para que você nunca mais tenha de novo a alegria que um dia você desfrutou. Querem te manter assim, cativa, refém da tristeza e da vergonha, triste sem esperança de liberdade desse sentimento que te destrói. 
Um dos indicadores de que você está fazendo algo produtivo é quando você começa a despertar a ira de seus inimigos. Não confundamos aqui inimigos com homens e mulheres, porque como diz a palavra de Deus, "não é contra a carne e o sangue que temos que lutar, mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes do mundo destas trevas..."Ef 6.12
Mas então quando você decide que não foi feito para viver assim, que você passou sim por lutas e dificuldades, mas isso não vai ser definitivo e nem uma derrota passada vai definir seu futuro, a primeira coisa a se fazer é reedificar os muros, proteger-se de não ser derrotado novamente e estar pronto e firme para que se houver um outro ataque inimigo, você possa estar alicerçado para não ser novamente destruído.
Contudo é nessa fase de reconstrução que muitas pessoas acabam fracassando, porque na ânsia de reconstruir os muros, de retomar a sua antiga vida, acaba começando a obra sem antes de fazer uma limpeza interior. Não se da pra começar um novo relacionamento ainda com sentimento pelo o antigo. Não da pra querer iniciar um novo projeto se você ainda estiver com o coração naquele que não deu certo. Não inicie uma nova caminhada calçado com os sapatos desgastados da outra que você não concluiu. Antes de iniciar a reedificação da sua vida retire os escombros.
Caso você comece a fazer algo sem antes limpar a sujeira que ficou, vai acontecer como os homens de Judá, a força começará a lhe faltar, o desânimo tomará conta de você e por fim a obra não será concluída. Mais importante que começar a obra é terminá-la Ec 7.8, não adianta você depois de um infortúnio querer logo se levantar e ir em busca de um novo sonho sem se preparar para a nova caminhada, pessoas que agem precipitadamente acabam caindo no mesmo erro. Antes de agir, limpe o terreno, remova o pó da antiga construção que foi derrubada e enfim levante um novo muro de proteção. Se você fizer assim pode ter certeza, o seu muro será reerguido, os que pensaram que você nunca mais se levantaria dessa situação verão sua vitória e você estará mais do nunca preparado para a vida.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Conselhos diários de Deus.

E riam-se dele, sabendo que estava morta.
Lucas 8:53
Então caiu Abraão sobre o seu rosto, e riu-se, e disse no seu coração: A um homem de cem anos há de nascer um filho? E dará à luz Sara da idade de noventa anos?
Gênesis 17:17
Assim, pois, riu-se Sara consigo, dizendo: Terei ainda deleite depois de haver envelhecido, sendo também o meu senhor já velho?
Gênesis 18:12

Existe várias formas de sorrir. ,Você pode sorrir por ver algo engraçado; pode sorrir por emoção... Há aqueles que sorriem por qualquer coisa ou que vivem sorrindo. Mas de todas as formas de sorrir, que em sua maioria são boas, já o riso da descrença, do deboche da desconfiança são formas desprezíveis de sorrir. 
Nessas três passagens que estão citadas acima, vemos essas formas de sorrir. São sorrisos de descrença, de pessoas que não acreditavam que o impossível poderia acontecer. Mais do que acreditar no impossível, eles estavam desacreditando no Deus do impossível.
Há pessoas que sorriem de deboche de nossas vidas. Zombam dos nossos sonhos, acham serem eles impossíveis de acontecerem. Desconfiam da nossa capacidade e do Deus a quem servimos.
Essas pessoas por fora mostram uma face sorridente, quando por dentro seus corações estão duros e encerrados no pessimismo e na falta de fé.
Quando você estiver em uma situação assim, sendo alvo de risos e comentários maliciosos sobre seus sonhos, seus projetos, sobre aquilo que Deus falou que faria por você e com você, não se deixe abater. A bíblia nos mostra que todos aqueles que riram dos planos de Deus depois tiveram que ver o cumprimento das promessas feitas. Isaque, que significa riso, foi uma lembrança perpétua para Abraão e Sara do riso desconfiado que deram. Toda aquela multidão que estava ali chorando, mas que prontamente sorriu e zombou de Jesus quando este disse que a menina apenas dormia, tiveram que ver a alegria verdadeira dos pais em ver a menina sã e salva.
Por isso quando rirem de você não se entristeça, saiba que a sua hora de sorrir está mais próxima e o seu sorriso será verdadeiro e não fingido.

terça-feira, 23 de junho de 2015

Como tu queres.

Mateus 26.36-46.

Sujeitar-se a vontade de Deus é um esforço constante em negar a sua vontade.

  • Negar a si mesmo.
Hoje a maior dificuldade do servo de Deus está em negar-se, de dizer não a sua vontade e seus desejos. Conseguir colocá-los debaixo da sujeição de Deus é a luta diária do cristão.
  1. O Senhor Jesus nos afirma que aquele que quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me. Lucas 9:23
  2. O Ap.Paulo declarou que no seu corpo havia uma batalha ferrenha pelo controle. Cada lado puxando para que o apóstolo cedesse as suas vontades. Romanos 7:15-24
  3. Nem sempre a nossa vontade é a melhor, por mais que ela aparente ser, enganador é o coração, mas Deus sempre nos mostrará a melhor escolha a fazer. Jeremias 17:9
Sujeitar-se a vontade de Deus é reconhecer que ele tem o melhor para nós.
  • Deus tem sempre o melhor.
Como entender que Deus não realizou o nosso desejo? Como aceitar que aquilo que para nós era o melhor e não foi alcançado? Aceitar a decisão divina é aceitar que a escolha dele é melhor.
  1. Naamã falou que havia rios melhores em seu país. Ao olhar racionalmente viu a ordem de Deus como inferior a sua vontade. Pensou que o profeta faria um grande espetáculo, mas no final só lhe dera uma ordem, que o deixou contrariado. Mas mesmo assim ele sujeitou-se a vontade que ele achava ser inferior a sua, mas, aceitou a vontade  de Deus, porque era melhor obedecer do que achar que sua vontade era a única existente. 2 Reis 5:11-14
  2. Quando Samuel avistou os belos e fortes irmãos de Davi, pensou em seu coração que aqueles eram os escolhidos de Deus. Agiu baseado na aparência, no exterior. 1 Samuel 16:7
  3. O querer de Deus nunca vai contrariar a sua palavra. Se algo que você acha que é de Deus mas esse algo fere algum mandamento bíblico ou atrapalha seu relacionamento com Deus, esse algo não vem de Deus. Provérbios 10:22

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Conselhos diários de Deus.

Lutando contra o mal da murmuração. 

Judas 4 a 16.

Sempre diante dos problemas é mais fácil reclamar do que agradecer. Diante das dificuldades é mais fácil olhar para o lado negativo que o positivo, de esquecer as bençãos e só se lembrar das dificuldades.
Nesses momentos podemos incorrer no erro de reclamarmos de Deus por causa da situação. Estar insatisfeito com o problema não é pecado, mas reclamar de Deus por não mudá-lo pode se tornar um. A murmuração é um mal da ingratidão, de não se lembrar das bençãos de Deus, de se esquecer das bençãos que ele ainda nos dará. Os murmuradores são pessoas problemáticas dentre os problemas podemos apontar.

O murmurador é um descrente da provisão de Deus.

Mesmo após verem tantos milagres o povo ainda não cria na provisão de Deus, diante do primeiro problema após a vitória se puseram a reclamar. Ex 15.22

O murmurador tem o coração endurecido.
Jesus já havia feito dois milagres de multiplicação e ainda assim os discípulos não havia entendido a mensagem de Jesus Mc 8.15-20

O murmurador esgota a paciência de Deus.
O povo no deserto murmurou tanto que isso levou a perderem a benção de entrar na terra prometida. I Co 9.13 Nm 14.22,23.

O murmurador é ingrato pelas bençãos recebidas.

O povo havia recebido o maná em pleno deserto, comeram pão onde nem mesmo havia plantação, mas mesmo assim reclamaram do alimento divino. Nm 11.4-6

O murmurador é esquecido.

O murmurador por ser ingrato ele é esquecido, não se lembra dos momentos difíceis em que Deus trouxe a provisão. Sl 78.9 a 11, 18 a 22.

Ser grato a Deus é confiar na provisão.

Habacuque expressou sua fé mesmo que nada acontecesse Hc 3.17

Jó expressou confiança em Deus, pois mesmo diante da morte ele confiava no Senhor. Jó 19.25; 42.2

Quando então você estiver diante de uma situação difícil não murmure, lembre-se dos momentos de dificuldade em que Deus atuou em seu favor, em que mesmo que nada parecia acontecer no momento certo aconteceu. Murmurar é uma ofensa a Deus, é falta de fé, de agradecer sabendo que assim como Deus agiu no passado irá agir hoje providenciando o seu futuro. Seja grato, porque em breve Deus te dará aquilo que você necessita.

domingo, 3 de agosto de 2014

Conselhos diários de Deus.

"De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,"
Filipenses 2:5

Estou tentando implantar uma nova filosofia antes de tomar as decisões, essa filosofia é simples e se resume em uma pergunta: O que Jesus faria em meu lugar?
Será que a decisão que tomamos seria a mesma que Cristo tomaria? Será que a ele agiria tal como nós temos agido em muitas ocasiões?
Não é difícil de responder essas perguntas, sabemos que em muitos casos a resposta seria negativa e em outras até duvidaríamos se sim ou se não. Mas, o que eu quero despertar em nós, é de termos sempre isso em nossas mentes antes de agirmos. O que faria Cristo em meu lugar?
Sei que pode parecer difícil agir tal como Cristo agiria em todo o momento, mas não foi justamente isso que o Ap.Paulo recomenda em Efésios 5:1 e I CO 11:1? Se formos imitadores de Cristo tal como o Ap.Paulo logo teremos as mesmas atitudes que o senhor Jesus. 
Então antes de agir, de falar, de tomar uma decisão sempre procure pensar... o que faria Jesus Cristo em meu lugar? Tenho certeza que agindo assim você evitará muitos problemas e com certeza tomará as melhores decisões.

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Ele te conhece por inteiro.


"Jesus viu Natanael vir ter com ele, e disse dele: Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo.
Disse-lhe Natanael: De onde me conheces tu? Jesus respondeu, e disse-lhe: Antes que Filipe te chamasse, te vi eu, estando tu debaixo da figueira".


Há três pessoas na Bíblia que o próprio Deus chama de justos, são eles, Nóe, Daniel e Jó (Ez 14:14) e há somente um em que Jesus afirma que não havia dolo que foi Natanael. 
Natanael quando foi convidado por Felipe ele ficou descrente quanto a origem de Jesus, que era da cidade de Nazaré, uma das cidades mais pobres de Israel. Mas mesmo assim ele seguiu a Felipe para conhecer quem era o Cristo. Mas, mal sabia ele que mesmo antes de conhecer o Senhor Jesus, Cristo já o conhecia. Pois em um momento em que estava sozinho debaixo da figueira Cristo já o havia visto, quando ninguém enxergava ele, Jesus já sondava o seu coração.
Mas pare para pensar, uma pessoa dizer que viu você em um lugar reservado seria o suficiente para fazer você acreditar nela? Ela poderia ter passado por ali, e ter visto a Natanael e isso não seria suficiente para que ele acreditasse que Jesus era o Cristo. 
Algo deve ter despertado em Natanael a certeza que Jesus era o Cristo e o fato de Jesus o ter visto debaixo da figueira foi a chama que acendeu essa certeza. 
Nós nunca saberemos o porque Natanael acreditou em Jesus logo de início (ele acabara de conhecer o mestre não tinha visto ainda nenhum milagre ou algo semelhante) mas seja o que for Jesus conhecia a Natanael por dentro (Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo) conhecia ele ou uma prática dele (quem sabe orar debaixo da figueira) que ninguém mais sabia.
Geralmente as pessoas nos olham por fora, enxergam o exterior e as vezes nem chegam perto de conhecer quem realmente somos, Podemos em alguns casos sermos julgados, considerados inferiores, ou há casos em que somos superestimados, valorizados em excesso por coisas que só aparentamos ser.
Mas Jesus nos conhece, porque Ele nos enxerga lá debaixo da figueira, no momento em que estamos sós, onde ninguém vê, ninguém sabe, ele enxerga mais que as atitudes, ele sonda o coração.. "Tu sabes o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento". Salmos 139:2
Assim como é terrível saber que Deus sabe de todos os nossos pensamentos, das coisas mais secretas e ocultas, também é motivo de tranquilidade, porque ele sabe que mesmo aparentando estarmos bem, podemos estar em grande sofrimento por dentro, tudo isso ele vê. E o melhor de tudo é que Ele não fica indiferente com a sua situação e, no tempo certo Ele vai agir em seu favor porque ele te conhece como ninguém

quarta-feira, 30 de julho de 2014

A síndrome do Jovem Rico.

"E, pondo-se a caminho, correu para ele um homem, o qual se ajoelhou diante dele, e lhe perguntou: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?
E Jesus lhe disse: Por que me chamas bom? Ninguém há bom senão um, que é Deus.
Tu sabes os mandamentos: Não adulterarás; não matarás; não furtarás; não dirás falso testemunho; não defraudarás alguém; honra a teu pai e a tua mãe.
Ele, porém, respondendo, lhe disse: Mestre, tudo isso guardei desde a minha mocidade.
E Jesus, olhando para ele, o amou e lhe disse: Falta-te uma coisa: vai, vende tudo quanto tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, toma a cruz, e segue-me.
Mas ele, pesaroso desta palavra, retirou-se triste; porque possuía muitas propriedades
."
Marcos 10:17-22

Uma oportunidade única, perdida por causa do amor a uma coisa que ele julgava ser mais importante que seguir a Cristo.
As vezes fico pensando se o Senhor Jesus fizesse algo semelhante conosco hoje, qual seria a nossa resposta? Fico tentando imaginar o que podemos ter de tão importante a ponto de negligenciarmos o chamado do mestre. Fico vendo como as vezes muitos de nós temos idolatrado coisas que nem imaginamos, mas que a colocamos a frente até das coisas do Reino de Deus.
Se Jesus lhe pedisse que você deixasse seu conforto, sua vida tranquila para ir anunciar o seu nome em um país com problemas? Se Jesus lhe pedisse que você fizesse um trabalho voluntário com dependentes químicos ou pessoas no mundo do crime?
Tudo bem que essas podem ser coisas extremas, algumas pessoas podem receber de Deus um chamado desse, embora somos todos convidados a anunciar o evangelho seja onde for, mas nem sempre Deus exige sacrifícios grandes demais que não possamos cumprir.
Mas, o que fico a ver é que não precisa de um pedido extremo como esse, nem sempre é necessário largar tudo, família, emprego, relacionamentos, as vezes Deus quer que reneguemos pequenas coisas que as vezes sem perceber idolatramos.
Fico pensando se Deus pedisse a uma jovem largar o seu namorado porque não é agrado do Senhor, ou que um jovem evite ficar tanto tempo jogando para ficar mais tempo orando. Poderia ainda citar diversas coisas que em muitos casos nós idolatramos sem nos dar conta de estarmos fazendo isso. Podemos idolatrar nossos dons, adorando os elogios que recebemos por cantarmos bem ou sermos bons pregadores. Há ainda quem idolatre sua beleza, pois a cada vez que posta uma foto fica ansioso pelos comentários e curtidas que irá receber, coisas que só servirão para alimentar o seu ego.
Há ainda quem idolatre sua posição social, que idolatra quem muito tem enquanto e menospreza quem nada possui. Pessoas que idolatram até o cabelo que tem, não podendo nem tocar, passando horas e horas cuidando dele, outros o seu corpo, sempre malhando, comendo regradamente, se tivessem o mesmo cuidado em seguir a Deus seriam muito melhores.
Nessa passagem do jovem rico, a palavra de Deus nos diz que Jesus amou aquele jovem, porque realmente ele seguia os mandamentos como ele havia dito, mas, em Mateus 19:21, que retrata da mesma passagem, Jesus diz aquele jovem: "Se queres ser perfeito, vai, vende tudo que tens e dá-o aos pobres". Aquele jovem tinha a possibilidade de alcança a perfeição se cumprisse o que Jesus havia lhe recomendado.
O que nos falta as vezes para alcançarmos aquilo que tanto desejamos poder ser apenas uma coisa só, mas uma coisa que enquanto não for tirada irá nos bloquear de alcançarmos aquilo de melhor que Deus tem para nos da. Devemos orar a Deus e pedir que ele nos mostre o que temos idolatrado, o que tem impedido de sermos servos melhores e fiéis. Talvez isso nem seja necessário porque você já sabe dentro do seu coração o que precisa ser mudado, o que tem que ser deixado, para enfim, viver uma vida completa com Cristo.
Agora a grande questão é, você está disposto a deixar o que te prende, larga o que te aprisiona, mesmo que seja algo que você goste ou ame tanto para estar mais perto de Cristo? Sei que se eu perguntasse isso para você com certeza você diria sim, mas, muito mais importante que dizer é fazer, se você quer mostrar para Deus que deseja mais dele e menos do seu eu, demonstre isso fazendo, porque ao fazer, você irá ver o Deus fará por você. Aquele jovem rico perdeu uma grande oportunidade, não perca você a sua também.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

O aparente adorador.

Hoje com as mídias sociais ficamos sabendo quase que instantaneamente sobre a vida das pessoas. Onde elas estão ou estavam, com quem estavam, a roupa que vestiram, a comida que comeram. São fotos (selfies) tiradas a todo momento que acabam revelando muito sobre a pessoa. Mas será que essa "revelação" traduz a verdade?
É óbvio que não, pois no facebook só aparece aquilo que a pessoa quer mostrar, e claro que a pessoa sempre irá colocar o melhor de si, as vezes mascarando a realidade. A pessoa pode aparecer sempre sorrindo e alegre nas fotos nas postagens quando na verdade sua vida é vazia e triste, mas aparentemente ela parece ser muito feliz e realizada.
A grande questão é que isso tem chegado a igreja também, pois, vemos muitas postagens evangélicas, dizeres bíblicos bonitos, palavras espirituais quando a pessoa não é nem a metade daquilo que ela posta.
As vezes a pessoa aparece em fotos em congressos, cultos, eventos, adorando a Deus, louvando, pregando, quando na verdade seu coração é tão escuro quanto o pecado que elas cometem em oculto. Em determinados perfis o que vemos é um verdadeiro exemplo de cristão, quando na verdade a pessoa vive uma vida totalmente diferente daquilo que se apresenta.
Ao olharmos pelo aparentemente, temos a noção de estarmos diante de uma pessoa dedica a obra de Deus, que tem uma vida consagrada, mas assim como muitos se apresentam em alguns locais com uma aparente unção, uma espiritualidade de consagração, são na verdade pessoas que as vezes possuem dons ou uma capacidade de demonstrar algo que elas mesmo não são. 
Devemos ter o discernimento  de Deus para ver quem é aquele que serve ou não serve ao Senhor, entre o que é luz e trevas. O próprio inimigo, nos diz a Bíblia, poderia se travestir de anjo luz e com certeza enganaria a muitos, imagine pessoas que possuem as vezes uma simpatia, uma linda voz, uma boa oratória quantas pessoas elas não poderiam enganar.
Então muito mais importante do que aparentar ser de Deus, procure ser dEle de fato, porque as suas atitudes, não suas palavras e fotos, vão revelar se você é realmente alguém que tem compromisso com Ele.

domingo, 20 de julho de 2014

Sendo um bom amigo.

Amigo, amizade, são palavras tão usuais que em muitos momentos classificamos pessoas que simplesmente conhecemos como amigos. Mas, quando perguntamos a alguém quem ela realmente considera amigo, talvez ela pense com mais cuidado e liste um determinado número de pessoas. Se pedirmos então para que esta pessoa diga quem são os seus amigos que ela pode contar para todas as horas, essa lista talvez sofra mais algumas baixas, restando alguns nomes, na sua maioria de pessoas ligadas a sua família e algumas outras que ela tem algum vínculo já há algum tempo.
Amigos no dicionário ganha vários significados, depende se for substantivo, adjetivo ou os dois juntos, mas, a melhor definição de amigo feita pelo dicionário é: que inspira simpatia, amizade ou confiança. Acho que esta última palavra define um dos sentidos da amizade, confiança.
Amigo você pode compartilhar seus segredos e saber que mesmo quando vocês não estiverem bem ele não usará suas palavras contra você. Amigo é você poder contar mesmo que os outros não possam ou queiram te ajudar e mesmo que ele sofra algum dano ele sofrerá para poder ajudar você.
Há poemas, histórias, contos maravilhosos sobre a amizade e mesmo assim não diria tudo sobre amizade. São tantos casos de amizade verdadeiras, falsas amizades, pessoas que você achava que em determinada época era sua amiga e que hoje quando passa por você disfarça e finge que não te vê. Mas independente das suas experiências com a amizade, procure sempre ser um bom amigo. Um amigo que não fala do outro pelas costas, um amigo que diga um oi, só por dizer um oi, só pra saber como o outro está mesmo quando não tem nada para se falar. Procure ser um amigo que defenda o seu amigo mesmo quando ele não está por perto, que você seja um amigo verdadeiramente amigo. Que você valorize quem te valoriza como amigo, que te procura quando todos te esquecem, que tem você em suas orações, que você possa ser um amigo de Deus, pois Ele é o maior e melhor de todos os amigos e, para ser amigo de Deus basta apenas uma coisa: "Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando" João 15:14

O que eu faço, não sabes tu agora.

As vezes nós não conseguimos entender o porque as coisas nem sempre saem da forma que nós planejamos. Há também oração que fazemos com tanto fervor, que buscamos com tanto afinco e nem por isso recebemos uma resposta positiva. Ficamos sem entender porque Deus não nos deu aquilo que tanto pedimos, porque aquela pessoa que pensamos que seria para sempre foi embora. As vezes ficamos frustrados por pedir e não receber, por passar por situações dolorosas quando poderíamos passar por uma situação sem sofrer tanta dor. A nossa incompreensão de certas coisas nos fazem questionar a Deus, querendo entendo o porquê de passarmos por aquilo, a causa de tanto sofrimento e o sentido de viver uma experiência que queríamos evitar.
Todo mundo nessa vida viveu ou vive em uma situação análoga a esta, onde em um determinado momento da vida chegamos diante de Deus e perguntamos: porquê?
Certa vez Jesus estava reunido com os seus discípulos, estavam realizando a última ceia. Nesta última reunião com seus discípulos antes de sua morte, Jesus fez um ato com uma grande carga simbólica. Despiu-se de suas vestes, colocou as vestes de um servição, de um escravo e, munido de uma bacia de água e uma toalha, começou a lavar os pés dos discípulos (João 13:1-17). 
Esse serviço de lavar os pés das pessoas, era reservado ao mais baixo serviçal, o menor dentre todos os servos. Era visto como algo degradante e até humilhante, estar na condição de servo de lava-pés.
Os discípulos passaram os três anos e meio com Jesus lhe chamando de Rabi (Mestre) de Senhor, viram em diversos momentos a confirmação de que ele era o Cristo, o Messias, e talvez vendo Jesus naquela posição ficaram assustados, incompreensíveis diante do fato.
Pedro que talvez o mais ousado dentre os discípulos, fez objeção quanto a Jesus lhe lavar os pés, não aceitaria que o seu Mestre fizesse algo tão baixo. Foi aí que Jesus lhe deu a resposta: "Respondeu Jesus e disse-lhe: O que eu faço, não o sabes, agora, mas tu o saberás depois". (v.7)
A narrativa continua e depois o próprio Senhor Jesus lhes revela o por que daquele ato, qual a mensagem ele queria passar para os seus discípulos. A mensagem era de que, mesmo ele sendo senhor e mestre, ele se colocou como servo, para servir aos outros e assim como ele fez, deveríamos fazer também.
Mas o que mais me chamou a atenção nesta passagem, foi justamente a resposta de Jesus a Pedro, "O que eu faço, não o sabes, agora". 
Quantas situações na nossa vida enfrentamos sem entender o propósito divino? Quantas dores, lutas, sofrimentos acontecem sem que no momento a gente se dê conta do seu propósito? 
Quando olhamos retrospectivamente é que começamos a enxergar que as situações que enfrentamos nos fizeram pessoas melhores, nos ensinaram sobre as coisas e sobre as pessoas. Situações que no momento foram dolorosas, mas depois revelaram o seu verdadeiro sentido. Coisas que não deram certo e que você hoje enxerga se tivesse dado certo você estaria na verdade na pior!
A própria palavra de Deus nos declara em Isaías 55:8 "Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor". Por isso sentimos tanta dificuldade de entender o agir de Deus, pois, olhamos com os olhos carnais, buscando sempre a solução mais fácil, a saída mais perto para que obtenhamos logo o que desejamos. Enxergamos somente aquilo que se apresenta diante de nossos olhos quando Deus sonda e conhece o coração. (I Samuel 16:7)
Então diante dessa situação que você está enfrentando agora tenha certeza, que por mais que você não consiga compreender o porquê você estar enfrentando essa grande dificuldade, no futuro, depois que você alcançar a sua vitória, você vai compreender a necessidade de ter passado por isso.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Sempre haverá pedras no caminho.

A caminhada da vida, a caminhada cristã é cheia de percalços. Há momentos de tranquilidade assim como também há momentos de dificuldade e tribulação, isso é natural da vida. Devemos entender que no nosso caminho sempre haverá pedra que dificultarão a caminhada. Algumas dessas pedras poderão ferir nossos pés, outras poderão bloquear nossa caminhada e diante de cada uma dela só uma coisa podemos fazer; seguir em frente.
Quero utilizar duas passagens bíblicas para evidenciar esse meu pensamento: A primeira se encontra no livro de I Samuel 14:4 onde podemos ler a seguinte passagem: "E entre os desfiladeiros pelos quais Jônatas procurava passar à guarnição dos filisteus, deste lado havia uma penha aguda, e do outro lado uma penha aguda; e era o nome de uma Bozez, e o nome da outra Sené".
Jõnatas queria passar a guarnição dos filisteus, pois ele sabia que com Deus ele poderia vencer a batalha contra o exército inimigo. Mas, diante dele estava o primeiro obstáculo, para se chegar ao acampamento dos filisteus era necessário subir por uma pedra aguda, de difícil escalada. Além de ter que enfrentar um exército inimigo, Jônatas ainda teria que escalar para chegar ao seu objetivo.Jônatas confiava que Deus poderia dar livramento contra os seus inimigos, mas Deus não o faria flutuar e subir a pedra sem dificuldade, Deus faria a parte Dele, mas Jônatas teria que fazer a sua!
Outro exemplo muito conhecido de pedras no nosso caminho é o caso da morte de Lázaro (João 11). Jesus chega a casa de Marta e Maria e já havia quatro dias que Lázaro havia morrido. Mesmo diante de tal circunstância Jesus pede para que a pedra seja removida da boca da cova. Contra todas as possibilidades Marta e Maria confiaram em Jesus, mas a ordem de se retirar a pedra só seria obedecida caso elas concordassem. Retirar a pedra era lembrar toda dor e sofrimento que foi a morte de Lázaro, a tristeza e decepção que foi ter chamado Jesus e ele ter chego "tarde" demais. Retirar a pedra seria desenterrar um passado que se queria esquecer, mas a libertação a vitória sobre a morte se seria alcançada depois desse momento de dor. Ninguém gosta de enfrentar momentos dolorosos, mas em muitas circunstâncias esses momentos são a ante-sala da vitória.
Então quando você se defrontar diante de alguma pedra no seu caminho lembre-se, que cabe a você supera-la, dar a volta, retirar do caminho, pois quando você fizer a sua parte, Deus estará pronto para fazer a Dele.

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