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Estudo Teológico Bíblico (Clique e leia mais)

A verdadeira Lo-Debar.

Quem nunca ouviu uma mensagem ou até mesmo um louvor falando acerca de Mefibosete e Lo-Debar? Essa passagem bíblica tão conhecida no meio e...

quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

(Será?) A iminente morte do presidente Lula.

Muitas são as especulações acerca do atual quadro de saúde do presidente do Brasil. Como agir nas sombras é a regra da esquerda, muito se tem imaginado acerca do real quadro clínico. Quando perguntado, a inteligência artificial deu a seguinte resposta.

Um paciente idoso de 79 anos com hemorragia intracraniana (HIC) enfrenta riscos elevados e desafios de recuperação significativos devido a vários fatores associados à idade avançada e à complexidade desse tipo de condição. Vamos explorar os principais problemas, taxa de mortalidade e possíveis tratamentos:


Problemas Comuns em Pacientes Idosos com HIC

  1. Fragilidade Cerebral: O cérebro de idosos tem menor capacidade de compensar danos, resultando em um risco maior de sequelas graves.

  2. Comorbidades: Doenças como hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares aumentam o risco de complicações e dificultam a recuperação.

  3. Redução da Elasticidade Vascular: Os vasos sanguíneos ficam mais frágeis com a idade, o que pode levar a rupturas e maior risco de recorrência de hemorragias.

  4. Declínio Cognitivo:Danos cerebrais podem piorar demências ou dificuldades cognitivas pré-existentes.

  5. Mobilidade Reduzida: Imobilidade prolongada durante a recuperação pode causar trombose venosa profunda (TVP), úlceras de pressão e pneumonia.

  6. Recuperação Lenta: A neuroplasticidade reduzida no idoso limita a recuperação funcional.


Taxa de Mortalidade

A taxa de mortalidade varia conforme a gravidade da hemorragia, a localização, e o estado geral do paciente:

  • Geral em Idosos: A mortalidade de HIC em idosos pode chegar a 40-60% nos primeiros 30 dias após o evento.
  • Gravidade e Localização:
    • Hemorragia do tronco cerebral: Mortalidade superior a 60-70%.
    • Hematomas extensos: Maior probabilidade de desfechos fatais.
  • Comorbidades: Pacientes com múltiplas comorbidades têm maior risco de complicações fatais.

Tratamento

O tratamento depende da gravidade da hemorragia, localização e das condições clínicas do paciente. As abordagens comuns incluem:

  1. Tratamento Médico Conservador:

    • Controle da Pressão Arterial: Manter a pressão arterial em níveis ideais para evitar expansão do sangramento (meta: pressão sistólica <140 mmHg).
    • Suspensão ou Reversão de Anticoagulantes: Uso de vitamina K, plasma fresco congelado ou concentrado de complexo de protrombina para reverter anticoagulação.
    • Monitorização Neurológica: Observação rigorosa para identificar sinais de deterioração.
    • Controle de Edema Cerebral: Uso de diuréticos osmóticos (como manitol) ou solução salina hipertônica.
    • Controle de Glicemia: Manter níveis adequados de glicose para evitar complicações metabólicas.
  2. Tratamento Cirúrgico:

    • Evacuação de Hematomas: Em casos de hematomas grandes, principalmente se houver compressão do cérebro ou risco de herniação.
    • Drenagem Ventricular: Para alívio de pressão em caso de hidrocefalia associada.
  3. Cuidados de Suporte:

    • Reabilitação Multidisciplinar: Fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia para recuperação funcional e cognitiva.
    • Prevenção de Complicações: Profilaxia para trombose venosa profunda, pneumonia e úlceras de pressão.
    • Cuidados Paliativos: Em casos de prognóstico muito reservado, o foco pode ser conforto e qualidade de vida.

Prognóstico

O prognóstico depende de:

  • Tamanho e localização da hemorragia.
  • Tempo até início do tratamento.
  • Estado de saúde geral do paciente.
  • Nível de consciência na admissão (pacientes em coma têm prognóstico mais desfavorável).

A intervenção precoce e manejo adequado podem melhorar as chances de sobrevivência e recuperação funcional, mas os desafios são maiores em pacientes idosos devido às suas vulnerabilidades fisiológicas e clínicas.

segunda-feira, 28 de outubro de 2024

A divergência teológica que gerou a reforma protestante. Parte I Soteriologia.

A Reforma Protestante completará 507 anos em 2024. Em 31 de outubro de 1517, data considerada inaugural da Reforma, Martinho Lutero afixou na porta da catedral de Wittenberg as famosas 95 teses, que, na verdade, eram tópicos para debate acadêmico de teologia a serem discutidas na universidade da cidade. 
Nesses tópicos, Lutero levantava questões que colocavam em xeque muitas das doutrinas da Igreja Romana, dentre elas a doutrina das indulgências. Neste breve texto, abordaremos a Reforma dentro de sua perspectiva teológica, explorando quais pontos da doutrina católica Lutero questionava e como essas questões influenciaram os rumos da Reforma. A primeira a ser analisada será a doutrina da salvação, a soteriologia.

A teologia soteriológica medieval.

Ao longo dos séculos XI ao XVI, a teologia católica romana seguiu um caminho no qual defendia que o homem, para garantir sua salvação, deveria cooperar para assegurá-la. Ou seja, através de "boas obras", o cristão, juntamente com a graça divina, alcançaria méritos que o levariam diretamente ao céu, sem a necessidade de passar pelo purgatório para purgar seus pecados antes de alcançar o descanso eterno. Essas boas obras podiam incluir participar das Cruzadas para libertar locais sagrados do domínio muçulmano, praticar penitências, realizar obras de caridade, confessar-se a um sacerdote para obter o perdão, fazer vultuosas doações a igreja católica quando morresse, e até mesmo comprar indulgências, que ofereciam o perdão papal, diminuindo a estadia no purgatório ou livrando o fiel falecido dele.

O medo da morte e consequentemente da perda da salvação, era um dos maiores temores dos homens e mulheres do medievo. Viviam em constante temor se de fato haviam feito o suficiente para serem salvos. Em uma época em que a média de vida era de 35 anos, e podia-se morrer por quase qualquer coisa (doenças, fome, guerras...), a morte fazia parte do cotidiano, e juntamente com ela a incerteza de que se merecia ser salvo. 

Esses era um dos maiores temores do próprio Lutero. Em diversos momentos de sua vida, podemos vê-lo sendo açoitado pelo medo de não ser suficientemente bom para merecer o perdão divino. Lutero fazia penitências severas, confessava-se regularmente, tudo isso para aplacar o temor de não ser salvo. Contudo, por mais que se esforça-se, sentia cada vez mais temor. A virada de entendimento só veio quando Lutero, ao estudar a carta de Paulo aos Romanos, se deparou com a frase do apóstolo que diz: "o justo viverá da fé". Ou seja, a salvação não seria alcançada por méritos humanos, mas era um ato da graça de Deus alcançado por meio da fé, não seria pelas obras, para que ninguém se gloriasse, mas seria única e exclusivamente pela fé em Jesus Cristo.

A teologia de Lutero visava combater a ideia central do catolicismo medieval de que a salvação poderia ser, juntamente com a graça, garantida por méritos próprios. Sua descoberta não era apenas nova, mas também extraordinária, pois abalava os próprios fundamentos da ética cristã. A recompensa e o mérito, que por tanto tempo haviam sido considerados a motivação básica de qualquer ação humana, perderam a eficácia. As boas obras, que a doutrina da Igreja considerava indispensáveis, foram destituídas de sua base nas Escrituras. Essa reviravolta afetou não só a fé e a justiça, mas toda a vida e, por isso, teve de ser repensada. Nos anos seguintes de confrontação e conflito, o objetivo era um só: desvendar as implicações dessa descoberta e garantir que fossem amplamente conhecidas.

Essa foi a maior contribuição moderna de Lutero, pois ele introduziu uma nova visão sobre a salvação, uma visão que contrastava profundamente com a soteriologia católica que perdurara por mais de mil anos. O medo de não acumular méritos suficientes para ser salvo havia possibilitado à Igreja Romana o controle das massas, dominando-as através do temor de um Deus de justiça, já que somente a Igreja, por meio de seus representantes, poderia fornecer aos fiéis os meios necessários para assegurar sua salvação. Esse medo de não ser suficientemente digno de ser salvo permeou toda a cristandade medieval.

Embora Lutero, com essa nova visão teológica da salvação, não tivesse a intenção de romper com a Igreja, ele desejava reformá-la, libertando a doutrina católica da visão meritocrática da salvação e retornando-a às Escrituras, que definem a salvação como obra da graça divina, alcançada pela fé em Cristo Jesus somente.

Não pretendo, neste texto, aprofundar a distinção entre a "teologia da cruz" de Lutero e a "teologia da glória" desenvolvida na Igreja Romana, principalmente por Tomás de Aquino. No entanto, para entendermos as diferenças entre essas duas correntes teológicas, vale destacar a seguinte explicação:

A teologia da glória é centrada no homem e induz à superestimação do poder e da capacidade naturais humanos. A teologia da cruz revela a verdadeira condição dos seres humanos, como pecadores desamparados e alienados de Deus, necessitando desesperadamente do plano de salvação criado por Deus: a cruz de Cristo. A teologia da glória sugere que os seres humanos podem se elevar a Deus por seus próprios esforços, promovendo projetos humanos de salvação própria e especulação teológica. A teologia da cruz, por outro lado, proclama que os seres humanos são totalmente dependentes de Deus e incapazes de descobrir algo a respeito dEle sem Sua auto-revelação. Essa teologia conduz ao discipulado marcado pelo sofrimento em nome de Deus e do próximo.

Esse novo foco da salvação na cruz de Cristo permeia todo o pensamento teológico de Lutero. Ele enfatiza a pecaminosidade humana e a dependência da graça e misericórdia divinas para a salvação. Essa graça e misericórdia escapam ao controle humano e não podem ser compreendidas racionalmente, sendo acessíveis apenas pela fé. Em outras palavras, não há nada que o ser humano possa fazer para merecer essa graça e misericórdia de Deus; na verdade, ela é oferecida gratuitamente a todos os que creem.

Ao olhar para a Igreja Romana, Lutero via essa teologia baseada na meritocracia humana (teologia da glória). Ele desejava que toda essa base teológica fosse abandonada, sem, no entanto, destruir ou dividir a Igreja. A visão de Lutero era a de uma reforma das doutrinas soteriológicas (teologia da cruz) e de outras, sem que a Igreja Romana deixasse de ser a Igreja.

O estopim da reforma: as indulgências.

Podemos afirmar que a teologia de Lutero se inicia como resultado de sua discordância com a problemática doutrina das indulgências propagada pela Igreja de Roma. No sistema salvífico católico romano, uma das obrigações era a confissão a um padre, que assegurava o perdão de Deus. Contudo, o pensamento legalista da Idade Média sustentava que ainda restava um “saldo devedor” pelo pecado. Parte desse saldo poderia ser quitada em vida, por meio de penitências. O restante seria pago no purgatório — um lugar onde todas as almas, exceto as dos extremamente maus e as dos realmente santos, sofreriam temporariamente antes de serem admitidas no paraíso, livres de dívidas e purificadas.

Para encurtar o tempo do fiel no purgatório, existiam as indulgências, que eram certificados garantindo a remissão de parte do castigo a ser cumprido no purgatório, em troca de alguma boa ação (inicialmente, as indulgências foram criadas como incentivo para as pessoas irem às Cruzadas) ou de uma doação em dinheiro para uma boa causa. Os papas argumentavam que, como chefes da Igreja na terra, podiam usar o “excedente” das boas ações dos santos para emitir indulgências. Esse sistema já havia sido criticado por alguns pensadores, especialmente humanistas, muito antes de Lutero.

A partir de 1515, os questionamentos de Lutero começam a ganhar mais força. As indulgências foram vistas por muitos como um projeto de arrecadação de fundos para a construção da nova Basílica de São Pedro em Roma. Na Alemanha, a venda das indulgências ficou a cargo de um dos mais venais príncipes-bispos, Albrecht de Brandenburgo, que retinha uma parte das receitas para pagar os banqueiros que haviam financiado sua compra do arcebispado de Mainz. À frente da campanha estava o frei dominicano Johann Tetzel, que conduzia o negócio de forma eficiente, mas com um apelo materialista e grosseiro, usando o famoso slogan propagandístico: “Toda vez que uma moeda soa no cofre, uma alma sobe do purgatório ao paraíso.”

Esses métodos desonestos deixaram Lutero horrorizado, não só pela forma como Tetzel agia, mas também pela reação popular, que parecia ignorar completamente a necessidade de um verdadeiro arrependimento para obter o perdão genuíno. Isso só reforçou em Lutero a disposição para questionar os complexos mecanismos rituais exigidos para adquirir “mérito” aos olhos de Deus, levando-o a começar a pensar que a fé seria o único requisito para a salvação.

Dado que a Igreja, e especialmente o Papa, parecia não ter intenção de conter os abusos na venda das indulgências, focando apenas no lucro, sem considerar o arrependimento autêntico dos pecadores, Lutero começou a questionar seriamente se a Cúria estava apta a governar o "barco da cristandade" ou se ela própria necessitava de uma reforma profunda.
Na parte II, veremos como Lutero enxergava a questão dos sacramentos e do livre exame da Palavra de Deus, outros pontos que o levaram a romper com a tradição católica romana.

quarta-feira, 9 de outubro de 2024

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quarta-feira, 18 de setembro de 2024

O surgimento do conceito político de direita e esquerda.

O conceito de "direita" e "esquerda" na política tem suas raízes na Revolução Francesa, mais especificamente nos eventos que ocorreram durante a Assembleia Nacional Constituinte de 1789. Esta divisão, que se tornaria fundamental para a compreensão da política moderna, emergiu de uma maneira quase acidental, baseada na disposição física dos deputados na assembleia.

Na época, a França estava passando por uma transformação radical. O antigo regime absolutista estava desmoronando, e os representantes do povo se reuniram para criar uma nova constituição e um novo sistema de governo. A Assembleia Nacional Constituinte era composta por deputados de diferentes origens e com diferentes visões políticas.

O momento crucial que deu origem a essa divisão ocorreu durante um debate sobre o poder do rei na nova ordem constitucional. A questão central era se o rei deveria ter o poder de veto sobre as decisões da Assembleia. Esta discussão fundamental sobre a estrutura do poder no novo regime levou a uma polarização física na sala.

Aqueles que apoiavam um papel mais forte para o rei e queriam preservar mais elementos do antigo regime se sentaram à direita do presidente da Assembleia. Este grupo incluía principalmente a nobreza e o alto clero, que temiam perder seus privilégios e status com mudanças radicais.

Por outro lado, aqueles que defendiam mudanças mais profundas e um papel mais limitado para o monarca se sentaram à esquerda. Este grupo era composto principalmente por membros do Terceiro Estado - a classe média e baixa - que buscavam reformas significativas na estrutura social e política da França.

Esta divisão espacial logo começou a refletir diferenças ideológicas mais amplas. A "direita" passou a ser associada com o conservadorismo, a tradição e a manutenção da ordem estabelecida. A "esquerda", por sua vez, tornou-se sinônimo de mudança, reforma e, em alguns casos, revolução.

É importante notar que, neste estágio inicial, os termos "direita" e "esquerda" não tinham as conotações complexas que adquiriram mais tarde. Eram simplesmente descrições literais da posição física dos deputados na assembleia. No entanto, à medida que a Revolução Francesa progredia e as tensões políticas se intensificavam, esses termos começaram a adquirir significados mais profundos e nuançados.

Ao longo do século XIX, à medida que os sistemas parlamentares se espalhavam pela Europa e além, esta terminologia foi adotada em outros países. Os conceitos de direita e esquerda evoluíram para abranger uma gama mais ampla de questões políticas, econômicas e sociais.

A direita passou a ser associada não apenas com o conservadorismo tradicional, mas também com ideias como o livre mercado, o nacionalismo e, em alguns casos, o autoritarismo. A esquerda, por outro lado, abraçou causas como o socialismo, o igualitarismo e a expansão dos direitos civis.

É crucial entender que, embora esses termos tenham se originado de uma disposição física específica em um momento histórico particular, eles evoluíram para se tornarem conceitos fluidos e complexos. Hoje, a divisão entre direita e esquerda pode variar significativamente dependendo do contexto nacional e histórico.

Além disso, muitos pensadores políticos argumentam que este espectro linear é uma simplificação excessiva da realidade política. Existem muitas nuances e posições intermediárias que não se encaixam perfeitamente nesta dicotomia. Alguns sistemas políticos modernos reconhecem isso, incorporando partidos de centro ou adotando modelos mais complexos para mapear ideologias políticas.

Apesar dessas limitações, os conceitos de direita e esquerda continuam a ser ferramentas úteis para entender e categorizar posições políticas em muitos sistemas democráticos ao redor do mundo. Eles fornecem um quadro de referência simplificado, mas amplamente compreendido, para discussões políticas e análises eleitorais.

Em conclusão, o surgimento dos conceitos de direita e esquerda no parlamento francês durante a Revolução Francesa foi um momento pivotal na história do pensamento político. O que começou como uma disposição física acidental em uma sala de assembleia se transformou em um paradigma duradouro para compreender e categorizar ideologias políticas. Embora simplificado e às vezes inadequado para capturar toda a complexidade da política moderna, este espectro continua a moldar nossa compreensão e discussão de ideias políticas até os dias de hoje.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

O pedido

Lendo o capítulo 10 do evangelho de Marcos, encontramos alguns relatos interessantes. O texto começa com a pergunta dos fariseus acerca do divórcio e a explicação de Jesus sobre esse assunto. Passa pela passagem de Jesus abençoando as crianças e ensinando que o reino dos céus será alcançado por aqueles que são como as tais. Depois nos conta a triste história do mancebo de qualidade, que tinha tudo para ser um grande discípulo, mas amou mais ao dinheiro do que a Jesus. 

Após esse episódio, Marcos relata o pedido dos filhos de Zebedeu, Tiago e João. No relato do mesmo assunto feito por Mateus, este poupa os discípulos e diz que o pedido partiu da mãe dos dois, embora os dois tenham participado da solicitação. Depois de Marcos ter relatado todo o imbróglio que isto causou, e como Jesus remediou a situação, o capítulo dez termina com o relato da cura do cego Bartimeu.

Dentre essas diversas histórias bem diferentes uma das outras, duas é possível fazer uma ligação através de algo em comum, a saber, a pergunta de Jesus que faz: O que queres que te faça?

Observe que nos dois últimos assuntos do capítulo dez de Marcos, é sobre duas petições, uma pedindo por vanglória, outra para ser resolvida uma necessidade. 

O pedido de ambos revelam o maior desejo de seus corações. Receberam a oportunidade de ter seus pedidos atendidos pelo próprio Senhor Jesus, mas um obteve sucesso e outro não pode ser atendido.

Boa parte de nossas petições diante de Deus são motivadas por interesses próprios, que são exclusivos para nossa satisfação. Geralmente acabamos pedindo algo que, para nós, parece ser um benefício, que irá melhorar a nossa vida, mas que na verdade poderá acarretar situações bem complicadas para alcançarmos o que desejamos. 

Algumas petições entram em conflito com a vontade de Deus, sendo então, em muitos casos, ignoradas por causa do propósito divino. Orar de acordo com a vontade de Deus é um desafio que exige de nós uma profunda comunhão com o Espírito Santo, para podermos estarmos alinhados com aquilo que ele deseja para nós. Neste sentido, o pedido dos filhos de Zebedeu não se enquadravam dentro daquilo que Deus tinha como seu propósito, sendo assim, negada a petição devido a esta estar fora do que Deus já havia planejado para ambos.

A oração não existe para que seja usada como ferramenta para conseguirmos obter de Deus o que queremos. A oração não é o meio pelo qual mudamos o coração de Deus. Embora em alguns casos, pareça que através da oração, Deus tenha sido convencido a mudar de opinião, isso fica claro no caso do rei Ezequias Is 38.1-8, que depois de ter orado e chorado muitíssimo teve a sua sentença mudada. 

A oração é meio pelo qual podemos colocar diante de Deus as nossas necessidades, de podermos entrar em concordância com a sua vontade, para que possamos ser atendidos naquilo que precisamos e que Ele tem para nos abençoar. A oração muda mais o nosso coração, quando humildemente pedimos que seja feita a vontade de Deus. A oração é meio pelo qual podemos ser atendidos prontamente, ou testados em nossa perseverança. Todo pedido feito em oração, deve ser feito com a fé de que oramos para aquele que pode nos atender.

Muitos casos de oração não são respondidos, porque são feitos com um sentimento egoísta, vingativo, sem fé ou por motivos mesquinhos. A oração é a chave para a mudança da nossa situação a medida que ela nos muda.

Um dos problemas das oração não respondidas são os requerimentos que ela exige para ser eficaz, ou seja, para se obter perdão divino, nós devemos perdoar Mt 6.14-15. Para sermos atendidos temos que orar crendo Hb 11.6, pois sem fé é impossível obter a resposta divina. Devemos orar em muitos casos com persistência, Mt 7.7-11, pois jamais Deus não responde a oração de seus filhos, mesmo que seja com a negativa da petição, mas a resposta virá.

A oração ela deve ser feita como um meio para se obter aquilo que necessitamos e vá glorificar a Deus com a benção concedida. Devemos sempre estar em oração, pois é através dela que podemos estar sempre em contato com Deus.


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