Translate

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Conselhos diários de Deus.

Como você é conhecido?
Tem pessoas que nós ao ouvir seu nome associamos alguns adjetivos. Uns nos lembram a alegria pelo seu jeito engraçado, outros nos lembram tranquilidade, pelo seu jeito calmo de levar a vida. Outros quando ouvimos falar pensamos em música, de como cantam bem. 
E infelizmente tem aqueles que para nós são sinônimos de problemas, de estressados, pessoas que até certo ponto evitamos porquê conhecemos seu gênio. 
Como será que as pessoas lembram de nós? E como gostaria de sermos lembrados? Pense em suas atitudes e seu comportamento, ele pode definir como você será visto.

Os três tipos de provas.

Existe a prova permissiva, aquela permitida por Deus e solicitada pelo inimigo. É a prova de Jó, onde satanás te acusa diante de Deus falando que você não suportará a provação. Mas Deus para mostrar a sua capacidade permite que você seja provado para que você possa mostrar para o inimigo que não importa a situação, você ficará firme com Deus.
Existe também a prova causal, são aquelas decorridas das suas escolhas. Davi devido a sua escolha insensata plantou diversos problemas para sua família. Ele mesmo teve que enfrentar as consequências de suas escolhas, embora Deus tenha sido misericordioso para confirmar as promessas feita a ele, isso não o isentou de passar pelos sofrimentos causados pelas suas decisões.
E também a prova proposital. É a prova onde Deus usa para um determinado propósito. Ou seja, Deus pode usar uma prova para lhe moldar ou lhe ensinar alguma lição. Paulo enfrentou uma prova muito difícil, pediu ao senhor que o livra-se, contudo ele mesmo disse que tal prova tinha o intuito que ele não se ensoberbecesse com as revelações que lhe foram dadas. A prova que ali se constituía seu espinho na carne tinha um propósito.
Qual prova você está passando? E qual a razão dela? E seja qual for fique firme, você em Cristo vencerá

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Conselhos diários de Deus.

Lutando contra o mal da murmuração. 

Judas 4 a 16.

Sempre diante dos problemas é mais fácil reclamar do que agradecer. Diante das dificuldades é mais fácil olhar para o lado negativo que o positivo, de esquecer as bençãos e só se lembrar das dificuldades.
Nesses momentos podemos incorrer no erro de reclamarmos de Deus por causa da situação. Estar insatisfeito com o problema não é pecado, mas reclamar de Deus por não mudá-lo pode se tornar um. A murmuração é um mal da ingratidão, de não se lembrar das bençãos de Deus, de se esquecer das bençãos que ele ainda nos dará. Os murmuradores são pessoas problemáticas dentre os problemas podemos apontar.

O murmurador é um descrente da provisão de Deus.

Mesmo após verem tantos milagres o povo ainda não cria na provisão de Deus, diante do primeiro problema após a vitória se puseram a reclamar. Ex 15.22

O murmurador tem o coração endurecido.
Jesus já havia feito dois milagres de multiplicação e ainda assim os discípulos não havia entendido a mensagem de Jesus Mc 8.15-20

O murmurador esgota a paciência de Deus.
O povo no deserto murmurou tanto que isso levou a perderem a benção de entrar na terra prometida. I Co 9.13 Nm 14.22,23.

O murmurador é ingrato pelas bençãos recebidas.

O povo havia recebido o maná em pleno deserto, comeram pão onde nem mesmo havia plantação, mas mesmo assim reclamaram do alimento divino. Nm 11.4-6

O murmurador é esquecido.

O murmurador por ser ingrato ele é esquecido, não se lembra dos momentos difíceis em que Deus trouxe a provisão. Sl 78.9 a 11, 18 a 22.

Ser grato a Deus é confiar na provisão.

Habacuque expressou sua fé mesmo que nada acontecesse Hc 3.17

Jó expressou confiança em Deus, pois mesmo diante da morte ele confiava no Senhor. Jó 19.25; 42.2

Quando então você estiver diante de uma situação difícil não murmure, lembre-se dos momentos de dificuldade em que Deus atuou em seu favor, em que mesmo que nada parecia acontecer no momento certo aconteceu. Murmurar é uma ofensa a Deus, é falta de fé, de agradecer sabendo que assim como Deus agiu no passado irá agir hoje providenciando o seu futuro. Seja grato, porque em breve Deus te dará aquilo que você necessita.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Estudo Bíblico sobre o Arrebatamento 3ª Parte.

Principais dúvidas acerca do Arrebatamento.

Agora já cientes de quais são as principais doutrinas acerca do arrebatamento vamos esclarecer algumas dúvidas acerca desse arrebatamento. O leitor já deverá estar familiarizado que estamos adotando neste estudo a doutrina pré-tribulacionista, pois para nós, é a que está mais de acordo com as verdades bíblicas.

Então, tomando a doutrina pré-tribulacionista, podemos fazer a seguinte pergunta: Segundo essa visão bíblica, quando de fato Jesus Cristo irá voltar? Há algum sinal que antecederá a volta do Senhor? Vejamos.

Quando lemos Mateus 24, Jesus faz algumas considerações sobre o tempo do fim. Mas temos que ter ciência que naquela passagem Jesus está fazendo uma dupla referência, pois ali a verdades destinadas a Igreja e para o povo de Israel. Há referências ali para o fim dos tempos e outras referências que foram aplicadas a destruição da cidade de Jerusalém e a posterior dispersão da nação de Israel no ano 70 d.C[1]

Quando os discípulos interrogam a Jesus acerca de quando iria acontecer aqueles eventos, Jesus os adverte que eles não se preocupassem demasiadamente acerca dos eventos futuros, pois muita coisa ainda aconteceria antes do fim e umas das principais coisas que aconteceria antes do fim seria a pregação do evangelho do Reino em todo o mundo, em testemunho de todas as gentes, e então viria o fim. (v.14)

Essa tem sido uma questão muito controversa e que merece uma consideração de nossa parte. O arrebatamento acontecerá somente que todo o mundo atual tiver ouvido falar de Jesus? Somente todas as pessoas do mundo souberem quem foi Jesus é que então ocorrerá o fim?

Há duas linhas teológicas que defendem cada uma a sua posição sendo uma discordante da outra. A primeira é que esse versículo já teria se cumprido no tempo dos apóstolos e a outra, que ele ainda está para se cumprir, mas, o seu cumprimento pode se dar a qualquer momento. Então vejamos o que defende cada posição.

O evangelho já foi pregado a todo o mundo nos tempos dos apóstolos.


Essa teoria defende que o evangelho já nos tempos dos apóstolos, já teriam alcançado todo o mundo conhecido. Em Mateus 24:14 diz ‘E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim’.

Em grego, o texto está assim:

kai khrucqhsetai touto to euaggelion thV basileiaV en olh th oikoumenh eiV marturion pasin toiV eqnesin kai tote hxei to teloV.

A transliteração é:

kai kêruchthêsetai touto to euaggelion tês basileias en olê tê oikoumenê eis marturion pasin tois ethnesin kai tote êxei to telos

Traduzido ao pé da letra:

E será proclamado este evangelho do reino em todo o mundo habitado para testemunho a todas as nações então virá o fim.

Baseados nesse versículo podemos entender:

Onde será pregado o evangelho?

En (en) todo (olê) o (tê) mundo (oikoumene). Mundo: O significado desta palavra é: “terra, i.e., o (parte do terreno) globo, especialmente, o império Romano: planeta Terra, mundo.

Para quem será pregado o evangelho?

Pasin (a todas) tois (as) ethnesin (nações) – Nações: Provavelmente de ethos, etnia, uma raça, i.e., uma tribo, especialmente estrangeira (no caso, não Judeus) um (usualmente, por implicação, pagão): Gentil, nação, povo.

Pois bem, então percebemos que uma boa tradução nos deixaria claro: “será proclamado o evangelho do reino a todo o mundo da atual globalização, para testemunho de todos os países e subdivisões étnicas, então virá o fim”.

Portanto, o verso não diz que o evangelho deverá ser explícita e esgotadamente pregado para todas as pessoas, mas sim, para todos os POVOS, como bem traduzem as versões modernas. Note também que este não é o único sinal da volta de Cristo. Há uma série de eventos a acontecer. A soma deles é que trará o clímax para a volta de Jesus. Razão esta uma das quais levou Jesus a declarar que ninguém sabe quando será este advento.

Isto fica evidenciado pelo que aconteceu “trinta anos depois que Cristo pronunciou estas palavras. Paulo afirmou que o evangelho havia sido pregado a todo o mundo (Col. 1: 23; cf. Rom. 1: 8; 10: 18; Col. 1: 5-6), confirmando assim o cumprimento literal desta predição em seus dias. Todavia a declaração de Paulo era verdade somente em um sentido limitado”.

Outro ponto lógico que evidência a direção destas palavras como sendo a povos e não indivíduos, é o fato de que, antes que o evangelho chegue a determinada nação, tantos milhares ali morrem sem conhecê-lo.

Você pode estar se perguntando: “mas isto é justo?”. Sabemos que Deus quer salvar a todos (II Pedro 3:9) esta é a razão pela qual quer levar o evangelho a todo o mundo. Mas, neste processo, muitos morrem antes que a plenitude da verdade bíblica lhe chegue aos ouvidos. Acontece que seremos julgados, individualmente falando, apenas pela luz que tivemos oportunidade de receber (Mateus 16 27, Lucas 12 47 e 48, Eclesiastes 12:13 e 14).

Assim cremos que caso ainda exista algum povo que não tenha conhecido acerca do Senhor Jesus, hoje em dia com a internet, a televisão e tantos outros meios de comunicação, tem feito o trabalho de espalhar a uma velocidade espantosa a informação, levando hoje notícias aos mais remotos cantos do globo, deixando claro que é quase impossível que se ainda exista algum povo que não conhece a mensagem do Reino, isso ocorrerá a qualquer momento.

Dentro de quarenta anos depois da morte de Cristo, a “voz” do Evangelho tinha chegado aos confins do mundo (Rm 10.18). O apóstolo Paulo pregou integralmente o Evangelho “desde Jerusalém e arredores até ao Ilírico” ; e os outros apóstolos não foram ociosos; a perseguição dos santos em Jerusalém ajudou a dispersá-los, de modo que eles foram a todos os lugares, anunciando o Evangelho (At 8.1-4). E quando as notícias do Redentor alcançassem todas as partes do mundo, então o fim da nação judaica ocorreria. Assim, aquilo que eles pensavam evitar, condenando Jesus à morte, foi precisamente o que procuraram.


continua...

[1] Comentário Bíblico Beacon, CPAD, p.162.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Estudo Bíblico sobre o Arrebatamento 2ª parte

Meso-tribulacionistas

O Arrebatamento meso-Tribulacionista é parecido ao pré-Tribulacionista, porém assume que o Arrebatamento ocorrerá no meio da Tribulação, tomando como base Mateus 24:15,21 e Apocalipse 11:12. Neste ponto de vista, a Igreja passaria pela ira e a perseguição do anticristo na primeira metade da Tribulação. A posição meso-tribulacionista usa a profecia das duas testemunhas em Apocalipse 11 para apontar que o Arrebatamento ocorreria no meio da Tribulação:

Apocalipse 11:12 "E [as duas testemunhas] ouviram uma grande voz do céu, que lhes dizia: Subi para aqui. E subiram ao céu em uma nuvem; e os seus inimigos os viram."

Porém, a posição meso-Tribulacionista tenta se justificar usando os seguintes argumentos:

·    O termo "Subi para aqui" de Apocalipse 11 seria o momento do Arrebatamento da Igreja, mas nesse versículo fica claro que quem sobe são somente as duas testemunhas, e não a Igreja como um todo

·      Apocalipse 12:14 estaria em seqüência cronológica a Apocalipse 11 quando diz "um tempo, tempo e metade de um tempo" (42 meses = 3,5 anos) e seria a justificativa de que após o Arrebatamento haveriam somente mais 3,5 anos de Tribulação. Tal conclusão é incorreta porque a Igreja já não é mencionada entre Apocalipse 4 e 18 (o Arrebatamento já ocorreu). Apocalipse 12, marca o meio da Tribulação, mas já sem a Igreja nesse cenário

A posição meso-Tribulacionista não é considerada biblicamente correta pois nega vários versículos bíblicos que garantem que Deus guardará a Igreja da Sua Ira durante a Tribulação. Clique aqui para saber quais são estes versículos. Outro fator importante é que a Bíblia jamais afirma em lugar nenhum que o anticristo deveria vir primeiro para que o Arrebatamento acontecesse. Portanto, a posição meso-Tribulacionista para o Arrebatamento não é a mais correta de ser aceita

Os pós-tribulacionistas.

A doutrina que veremos agora é acerca do arrebatamento da Igreja no fim da tribulação, segundo essa doutrina, a igreja continuará na terra até a segunda vinda, no final desta presente era, e será levada às nuvens para encontrar o Senhor que veio pelos ares, vindo do céu no segundo advento, para retornar imediatamente com Ele.

O conceito do pós-Tribulacionismo se apoia na identificação incorreta da Igreja como sendo os santos da Tribulação, sendo que os santos da Tribulação se referem aos convertidos após o Arrebatamento, quando não há mais Igreja sobre a terra. Ou seja, para a posição pós-Tribulacionista, a Igreja passaria por todo o período de Tribulação, mas em seu final seria arrebatada, com a segunda Vinda de Cristo. Não existe nenhuma passagem bíblica que justifique este argumento e por isso, esta posição tem sido frequentemente refutada. Mas vamos verificar onde se apoia as principais bases de sustentação dessa doutrina. 

O pós-tribulacionismo precisa basear-se numa negação do dispensacionalismo e de todas as distinções dispensacionalistas. Só assim pode colocar a igreja naquele período que é particularmente chamado "tempo de angústia para Jacó" (Jr 30.7). 
Consequentemente, a posição pós-tribulacionista repousa na negação das distinções entre Israel e a igreja.

A posição precisa repousar na negação do ensinamento bíblico concernente à natureza e ao propósito do período tribulacional. Embora as Escrituras usem termos como ira, julgamento, indignação, provações, problemas e destruição para descrevê-lo, e declarem que o propósito divino nesse período é derramar o julgamento sobre o pecado, os defensores dessa posição têm de negar esse ensinamento essencial da Palavra.

O pós-tribulacionista precisa negar todas as distinções observadas nas Escrituras entre o arrebatamento e o segundo advento, fazendo dos dois um e o mesmo acontecimento.   O pós-tribulacionista precisa negar a doutrina da iminência, que diz que o Senhor pode voltar a qualquer momento, substituindo-a pelo ensinamento de que vários sinais devem ser cumpridos antes que o Senhor possa vir.

O pós-tribulacionista nega qualquer cumprimento futuro da profecia em Daniel 9.24-27, alegando para ela um cumprimento histórico.

O pós-tribulacionista precisa aplicar à igreja grandes passagens das Escrituras que esboçam o plano de Deus para Israel (Mt 13; Mt 24 e 25; Ap 4-19), a fim de manter suas concepções. Observamos, assim, que a posição apoia-se essencialmente num sistema de negação das interpretações sustentadas pelos pré-tribulacionistas, e não numa exposição verificável das Escrituras.

·         O argumento contra a iminência.

Um dos maiores argumentos dos pós-tribulacionistas é contra a iminência, ou seja, o retorne inesperado do senhor Jesus. É evidente que, se a crença no iminente retorno de Cristo for doutrina bíblica, então a igreja deve ser arrebatada antes do desdobramento dos sinais do período tribulacional. 

O partidário dessa posição desconsidera todas as exortações bíblicas à igreja para aguardar o aparecimento de Cristo e insiste em que devemos buscar sinais. Sua posição repousa no argumento de que os anúncios de acontecimentos como a destruição de Jerusalém, a morte de Pedro, o aprisionamento de Paulo e o plano anunciado para os séculos vindouros, como encontrado em Mateus 28.19,20, junto com o curso esboçado desta era e o desenvolvimento da apostasia, tornam impossível um retorno iminente; por conseguinte o Senhor não poderia vir até que se dessem esses acontecimentos. Tais argumentos não levam em conta que os mesmos homens que receberam tais anúncios acreditavam que o curso natural da história poderia ser interrompido pela translação dos crentes para fora da esfera e sustentavam o conceito do retorno iminente de Cristo.

·         A promessa da tribulação.

O outro grande argumento dos pós-tribulacionistas baseia-se na promessa de tribulação dada à igreja[i]. Passagens como Lucas 23.27-31, Mateus 24.9-11 e Marcos 13.9-13, que são dirigidas a Israel e lhe prometem tribulação, são usadas para provar que a igreja passará pelo período de tribulação. Além disso, trechos como João 15.18,19 e João 16.1,2,33, que são dirigidos à igreja, também são usados. Seu argumento é que, à luz de tais promessas específicas, é impossível dizer que a igreja será arrebatada antes do período tribulacional. Seu argumento é fundamentado pela citação de perseguições presentes em Atos, das quais a igreja foi vítima (At 8.1-3; 11.19; 14.22; Rm 12.12) como cumprimento parcial daqueles alertas.

1.      Em resposta a esse argumento, é necessário notar, primeiramente, que as Escrituras estão repletas de promessas de que Israel passará por um tempo de purificação que o preparará como nação para o milênio seguinte ao advento do Messias. Contudo, como Israel deve ser distinguido da igreja na economia de Deus, as passagens que prometem tribulação para Israel não podem ser usadas para ensinar que a igreja passará pelo período tribulacional. Israel e a igreja são duas entidades distintas no plano de Deus e assim devem ser consideradas.

2.   Além disso, devemos notar que o termo tribulação é usado de maneiras diferentes nas Escrituras. E usado em sentido não-técnico e não-escatológico referindo-se a qualquer período de sofrimento ou provação pelo qual alguém passa. Assim aparece em Mateus 13.21; Marcos 4.17; João 16.33; Romanos 5.3; 12.12; 2Coríntios 1.4; 2Tessalonicenses 1.4; Apocalipse 1.9. É usado no seu sentido técnico ou escatológico em referência a todo o período de sete anos da tribulação, como em Apocalipse 2.22 ou Mateus 24.29. É assim usado em referência à última metade desse período de sete anos, como em Mateus 24.21. Quando a palavra tribulação é usada em referência à igreja, como em João 16.33, aparece em sentido não-técnico, na qual a igreja é vista como uma oposição duradoura ao deus deste século, mas não ensina que a igreja passará rigorosamente pelo período conhecido como tribulação. De outra maneira, alguém teria de ensinar que a tribulação já existe há mil e novecentos anos.

Visto que os pós-tribulacionistas insistem em que a igreja, além de ter promessas de tribulação, está experimentando essa tribulação, assim como a igreja através dos tempos, eles devem dar àquele período caráter diferente do encontrado nas Escrituras. Já vimos que a caracterização daquele período, de acordo com as Escrituras, é descrito por palavras como ira, julgamento, indignação, provação, problema e destruição. Essa caracterização essencial precisa ser negada pelo seguidor dessa posição.




[i] Cf. George ROSE, Tribulation till translation, p. 67-77.

sábado, 4 de abril de 2015

Estudo Bíblico sobre o Arrebatamento. 1ºParte.

Introdução.

Quando se fala em arrebatamento e grande tribulação, muitas são as dúvidas acerca desses dois importantes eventos escatológicos. Isso ocorre devido as diferentes interpretações que podem causar confusão até para o experiente leitor.

Muitas dessas passagens são de difícil interpretação, e ao longo dos séculos estudiosos tiveram diferentes visões, tendo alguns deles afirmado que seria impossível fazer afirmações exatas, mas somente teorias sobre o que diz o texto bíblico. Isso ocorre devido à dificuldade acerca do texto e do forte significado alegórico. Este texto é uma tentativa de expor essas diferentes interpretações acerca desses dois eventos, afim de elucidar as principais dúvidas.

Não irei aqui expor um estudo minucioso e detalhado sobre o arrebatamento e a grande tribulação, esse texto é um simples estudo para ajudar o leitor leigo a tirar suas dúvidas e esclarecer alguns pontos obscuros acerca dos eventos. Embora sucinto, o leitor irá ter um conteúdo baseado em estudos teológicos sérios e reconhecidos, não sendo fruto de especulações sem embasamento bíblico.


Oramos a Deus que esse estudo possa lhe ajudar a entender a palavra de Deus, e a estar melhor preparado para o futuro que está para acontecer. Que o leitor possa buscar em Deus o entendimento da sua palavra e pedir a ele sabedoria para entender e compreender as verdades bíblicas. 

Recomendamos que toda leitura bíblica seja feita em oração, pedindo sempre a Deus que ilumine a nossa mente para aprendermos mais da sua palavra.

O arrebatamento.

Quando se fala em arrebatamento são três as principais correntes doutrinárias que tratam a respeito desse evento, são elas: Os pré-tribulacionistas, os meso-tribulacionistas e os pós-tribulacionistas. 
Nas próximas linhas serão expostas as principais bases de interpretação dessas três correntes. Mas ressaltamos ao amado leitor que a nossa linha teológica segue a doutrina pré-tribulacionista, pois cremos que a Igreja de Cristo será recolhida aos céus antes do advento da grande tribulação, estando durante o período da tribulação nas bodas com o cordeiro.

Os pré-tribulacionistas.

Essa é a visão mais aceita entre as denominações evangélicas, trata-se da interpretação do arrebatamento antes da grande tribulação, visando salvar o povo escolhido de Deus do dia da ira. O Arrebatamento pré-tribulacionista se baseia no cumprimento da 70ª. semana de Daniel, quando o anticristo fará um acordo de paz com Israel, imediatamente iniciando o período de sete anos de Tribulação. Nós a igreja de Cristo hoje vivemos nesse hiato de tempo entre a 69ª e 70ª semana, como descrito no livro do profeta Daniel. Antes do início do período da 70ª semana, a Igreja de Jesus Cristo é ressuscitada e arrebatada com todos os seus santos vivos e levada à casa do Pai (João 14:1-3), julgada e recompensada por suas boas obras (2 Coríntios 5:10). Após os sete anos de Tribulação, Jesus Cristo retorna em seu Aparecimento Glorioso e destrói o anticristo e o falso profeta, prende Satanás por mil anos (Apocalipse 20:3) e estabelece o governo milenar.

Segundo a posição desta doutrina a palavra de Deus nos diz claramente em Mateus 3:7, Lucas 3:7 e 1 Tessalonicenses 1:10 que os cristãos são salvos da "ira futura" (um dos termos usados para denominar a Tribulação). A Palavra também nos diz em Apocalipse 3:10, Romanos 5:9, 1 Tessalonicenses 1:10 e 5:9 que os cristãos serão protegidos da "hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra". Essa tentação ainda não aconteceu, mesmo sabendo que atualmente o mundo viva sob uma opressão como nunca antes houve na história da humanidade. A igreja ainda está aqui na terra, orando e guerreando. A tentação referida nos versículos acima se refere a uma opressão ainda mais intensa, que só ocorrerá depois que a Igreja for retirada da terra, por ocasião do Arrebatamento. A posição pré-Tribulacionista do Arrebatamento é a única que distingue claramente a Igreja de Israel. A Igreja aparece até Apocalipse 4:3, depois o livro de Apocalipse mostra o foco principal durante a Tribulação, que é Israel. Somente em Apocalipse 18:24 vemos a Igreja retornando (após os sete anos de Tribulação) Outro fator importante é que a posição pré-tribulacionista aceita a ideia das dispensações bíblicas. A igreja e Israel são dois grupos distintos para os quais Deus tem um plano divino. A igreja é um mistério não revelado no Antigo Testamento. Essa era de mistério presente insere-se no plano de Deus para com Israel por causa da rejeição ao Messias na sua primeira vinda. Esse plano de mistério deve ser completado antes que Deus possa retomar seu plano com Israel e completá-lo. Tais considerações surgem do método literal de interpretação[i].

Apenas a posição pré-tribulacionista preserva o poder motivador do retorno iminente de Cristo, que era o grande desafio da Igreja primitiva. Em Atos 1:11, 1 Coríntios 15:52-52, , entre outras passagens, os apóstolos ensinaram que Cristo poderia retornar a qualquer momento. Sem tal expectativa, a Igreja perde o foco espiritual e tem a tendência de se tornar morta

O ponto de vista pré-tribulacionista mantém a certeza da Palavra de que os cristãos serão guardados da Tribulação, não tendo que passar pelos horrores indizíveis da tribulação que há de vir sobre o mundo, pois segundo essa concepção, a tribulação é o dia da ira do Senhor, não um meio pelo qual a igreja será purificada, pois ela já foi lavada no sangue do cordeiro. Ef 5:27.

Agora vejamos as bases bíblicas que sustentam a visão pré-tribulacionista.

·         A septuagésima semana de Daniel.

A septuagésima semana de Daniel é um período de ira divina, não sendo reservado para a igreja. Quando analisado as palavras do Antigo e Novo testamento, podemos entender o caráter desse período:

1) ira (Ap 6.16,17; 11.18; 14.19; 15.1,7; 16.1,19; l Ts 1.9,10; 5.9; Sf 1.15,18);
2) julgamento (AP 14.7; 15.4; 16.5-7; 19.2);
3) indignação (Is 26.20,21; 34.1-3);
4) castigo (Is 24.20,21);
5) hora do julgamento (Ap 3.10);
6) hora de angústia (Jr 30.7);
7) destruição (Jl 1.15);
8) trevas (Jl 2.2; Sf 1.14-18; Am 5.18).

Lembrando que esses versículos se referem a totalidade da semana, não somente a metade dela para o fim, ou seja, toda a tribulação, até mesmo os três anos e meio de enganosa paz, são dias da ira do Senhor.

Essa semana de Daniel, é o período do derramar da ira do Senhor, onde ele fará beber o cálice da sua ira. Em Apocalipse 3.10; Isaías 34.2; 24.1,4,5,16,17,18-21 e muitas outras passagens esclarecem isso muito bem. Mesmo sendo de âmbito mundial, esse período é particularmente dirigido a Israel. Jeremias 30.7, que chama esse período "tempo de angústia de Jacó", confirma isso. Os acontecimentos da septuagésima semana são acontecimentos do "dia do SENHOR" ou "dia de Jeová". O uso do nome da divindade realça o relacionamento peculiar de Deus com aquela nação. Quando esse período está sendo profetizado em Daniel 9, Deus diz ao profeta: "Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade" (v. 24). Todo esse período faz, então, referência ao povo de Daniel, Israel, e à cidade santa de Daniel, Jerusalém. Visto que muitas passagens do Novo Testamento como Efésios 3.1-6 e Colossenses 1.25- 27 mostram claramente que a igreja é um mistério e sua natureza como um corpo composto por judeus e gentios não foi manifestada no Antigo Testamento, a igreja não poderia estar nessa e em nenhuma outra profecia do Antigo Testamento. Já que a igreja não teve sua existência senão depois da morte e ressurreição de Cristo (Ef 5.25,26, Rm 4.25; Cl 3.1- 3), e sua ascensão (Ef 1.19,20) e posteriormente da descida do Espírito Santo em Pentecostes, com o início de todos os Seus ministérios a favor do crente (At 2), não poderia constar das primeiras 69 semanas dessa profecia. Já que a igreja não faz parte das primeiras 69 semanas, que estão relacionadas apenas ao plano de Deus para com Israel, ela não pode fazer parte da septuagésima semana, que está, mais uma vez, relacionada ao plano de Deus para Israel, depois que o mistério do plano de Deus para a igreja for concluído[ii].

·         A doutrina da Iminência.

A nação de Israel quando estiver no período da grande tribulação, não saberá o dia nem a hora exata da volta do Senhor Jesus, contudo, terá os sinais que precederão a sua volta para livrar Israel. Esses sinais foram dados a Israel, não a Igreja, pois a Igreja tem a ordem de viver aguardando a iminente volta do senhor Jesus a qualquer momento, sem nenhum sinal específico para isso, pois todos os sinais já s cumpriram. (Jo 14.2,3; At 1.11; 1 Co 15.51,52; Fp 3.20; Cl 3.4; l Ts 1.10; l Tm 6.14; Tg 5.8; II Pe 3.3.10). Passagens como 1 Tessalonicenses 5.6, Tito 2.13 e Apocalipse 3.3 alertam o crente a aguardar o próprio Senhor, não aguardar sinais que antecederiam Seu retorno. É verdade que os acontecimentos da septuagésima semana lançarão um prenúncio antes do arrebatamento, mas a atenção do crente deve ser sempre dirigida para Cristo, nunca aos presságios.

·         A detentor do Anti Cristo.

Os cristãos em Tessalônica temiam que o arrebatamento já tivesse acontecido e eles estivessem vivendo o dia do Senhor, isso porque a igreja sofria terrível perseguição, que vemos expressas no primeiro capítulo de II Tessalonicenses.  Paulo então escreve aos irmãos que tal coisa era impossível. Primeiro, ele mostra no v. 3 que o dia do Senhor não aconteceria até que houvesse uma partida. Não importa se essa partida seria um afastamento da fé ou uma partida dos santos da terra, como já mencionado no v. 1. Segundo, ele revela que haveria a manifestação do homem de pecado, ou o iníquo, descrito com mais detalhes em Apocalipse 13. O argumento de Paulo no v. 7 é que, apesar de o mistério de iniquidade já estar em vigor em seus dias, quer dizer, o sistema sem lei que culminaria na pessoa do iníquo já estava manifesto, este iníquo, no entanto, não se manifestaria até que o Detentor fosse afastado. Em outras palavras, Alguém impede o propósito de Satanás de culminar e Ele continuará a realizar seu ministério até ser afastado (v. 7,8). Explicações a respeito da pessoa do Detentor como governo humano, lei, igreja visível não são suficientes, pois esses todos continuarão em certa medida após a manifestação do iníquo. Embora esse seja um problema essencialmente exegético, parece que o Único que conseguiria exercer tal ministério de detenção seria o Espírito Santo. Contudo, a indicação aqui é que, enquanto o Espírito Santo estiver habitando na igreja, que é o Seu templo, esse trabalho de detenção continuará e o homem de pecado não poderá ser revelado. 

Apenas quando a igreja, o templo, for retirada, o ministério de detenção cessará e a iniqüidade produzirá o iníquo. Devemos notar que o Espírito Santo não cessará seu ministério após a retirada da igreja, nem deixará de ser onipresente com esse afastamento, mas Seu ministério restringidor cessará. Dessa maneira, o ministério do Detentor, que continuará enquanto Seu templo estiver na terra e que precisa cessar antes que o iníquo seja revelado, requer o arrebatamento pré- tribulacionalista da igreja, pois Daniel 9.27 revela que esse iníquo será manifesto no começo da septuagésima semana.

·         Distinção entre o arrebatamento e a segunda vinda.

Embora mais possa ser dito acerca dessa doutrina, iremos expor aqui somente mais um tópico, pois cremos ser o suficiente para que o leitor entenda as bases dessa interpretação.
É importante observar que a doutrina pré-tribulacionista faz várias contraposições entre o arrebatamento e a segunda vinda. Essa doutrina não vê como um só evento, mas como dois eventos distintos, a saber:

1)      A translação compreende a retirada dos crentes, enquanto o segundo advento requer o aparecimento e a manifestação do Filho.

2)      Na translação os santos são levados nos ares, enquanto na segunda vinda Cristo volta à terra.

3)      Na translação Cristo vem buscar Sua noiva, enquanto na segunda vinda Ele retorna com a noiva.

4)      A translação resulta na retirada da igreja e na instauração da tribulação, enquanto a segunda vinda resulta no estabelecimento do reino milenar.

5)      A translação é iminente, enquanto a segunda vinda é precedida por uma multidão de sinais.

6)      A translação traz uma mensagem de conforto, enquanto a segunda vinda é acompanhada por uma mensagem de julgamento.

7)      A translação está relacionada ao plano para a igreja, enquanto a segunda vinda está relacionada ao plano para Israel e para o mundo.

8)      A translação é um mistério, enquanto a segunda vinda é prevista em ambos os testamentos.

9)      Na translação os crentes são julgados, enquanto na segunda vinda os gentios e Israel são julgados.

10)  A translação deixa a criação intacta, enquanto a segunda vinda implica uma mudança na criação.
                                      
Agora que estabelecemos a base para o Período da Tribulação e mostramos como ele se refere a Israel e não à igreja, voltemos nossa atenção para os aspectos lógicos e de bom senso para o arrebatamento antes da Tribulação. Já dissemos que é um ponto irrealista e espiritualmente improdutivo pensar que o Senhor sujeitaria sua amada noiva aos terríveis eventos da Tribulação. E, aproveitando que estamos no assunto da noiva de Cristo, vamos dar uma rápida olhada nos antigos costumes hebraicos de noivado e casamento.

Uma vez que os pais concordassem com o casamento de seus filhos e o noivado formal fosse declarado (o noivado naquele tempo tinha o mesmo vínculo de indissolubilidade que o casamento), o noivo então iria providenciar uma casa para viver com a noiva. Isso, freqüentemente levava até dois anos para ser concluído. Enquanto esperava, a noiva permanecia na casa de seu pai, mas vivia em uma "expectativa do retorno do noivo a qualquer momento". Suas malas ficavam prontas, por assim dizer, pois ela ansiava com expectativa pelo dia em que seu pretendido voltaria para ela. 

Então, quando o noivo finalmente ficava preparado para receber sua noiva, um alegre grupo de celebrantes, juntamente com os "amigos do noivo" - os paraninfos, ou padrinhos, na terminologia atual - vinham à casa da noiva à meia-noite, e um amigo do noivo gritava "Aí vem o noivo!" A noiva, logicamente, devia acordar e abrir a porta para os celebrantes. Nesse ponto, ele acompanhava o grupo festivo até a casa do pai do noivo, onde a cerimônia de casamento ocorria - e depois disso, o casal se mudava para sua nova casa, para uma lua-de-mel que normalmente durava sete dias.

Embora a doutrina não se restrinja a isso, tendo uma envergadura teológica mais ampla, consideramos que estes pontos são o suficiente para que o leitor conheça a doutrina pré-tribulacionista e seus principais aspectos. Agora veremos as principais bases para o meso-tribulacionistas.

continua...

[i] Módulo IV, Escatologia. Faculdade de Teologia e Ciências. p.77
[ii] Módulo IV, Escatologia. Faculdade de Teologia e Ciências. p.79.

segunda-feira, 30 de março de 2015

A arte de ser prudente.

"Mas Maria guardava todas estas coisas, conferindo-as em seu coração". Lucas 2:19

Quantas vezes agimos precipitadamente e essa a nossa precipitação acaba nos gerando um problema? Ou então revelamos o nosso plano, nosso desejo e acabamos vendo-os frustrados e até roubados?! Pode ter certeza, que em muitos casos a precipitação nas nossas palavras, podem ter contribuído para o nosso infortúnio. Por causa desse erro muito comum, quero dividir com você essas pequenas linhas, para te alertar a se manter prudente nas suas ações para que você seja bem sucedido em tudo que fizer.
O texto de abertura nos conta a história do anúncio do nascimento de Jesus feito pelos anjos aos pastores que estavam no campo guardando suas ovelhas. Ao receber a notícia gloriosa, os pastores foram atrás daquele menino que acabara de nascer e que seria o futuro rei de Israel. Quando encontraram o menino do exato jeito que os anjos haviam falado, contaram maravilhados para José e Maria o ocorrido, sobre o aparecimento de um coro celestial de anjos e do anúncio feito por eles. Naquele momento Maria poderia ter contato aos pastores acerca do chamado que recebera do Senhor, de ser mãe do Salvador, poderia José ter contado o sonho que tivera, revelando que seu filho era obra do Espírito Santo, mas, nos conta a bíblia que Maria ouvindo aquelas palavras guardava todas estas coisas em seu coração. Não quero dizer aqui que os pastores iriam causar algum mal para José e Maria, mas também não falar nada não iria fazer mal algum, na verdade, quanto menos gente soubesse naquele momento seria melhor.
Com essa atitude de Maria e de outros personagens da bíblia aprendemos a importância de sermos prudentes em vários aspectos de nossa vida.

Não revele seus sonhos para ninguém.

Nós bem sabemos que os planos e propósitos de Deus não podem ser frustrados e impedidos, Jó 42:2 e Deus pode transformar a maldição em benção Deuteronômio 23:5, as vezes Deus usa meios contraditórios ao nosso para executar o seu juízo, mas há situações em que nós poderíamos ter evitado se tivéssemos ficado calados. Um exemplo disso foi o jovem e imaturo José Gênesis 37:6. José não pensou duas vezes na hora de contar o seu sonho a sua família, o que geraria desconforto dentro do seu lar já dividido pela guerra travada por duas irmãs que disputavam a atenção do marido. Para acrescentar ainda mais a situação, José era tido como o filho preferido de seu pai, o que com certeza geraria ainda mais ciúmes em seus irmãos. Mesmo diante desse quadro tão adverso José ainda sem pensar nas consequências conta o sonho em que ele era posto acima de seus irmãos, o que com certeza causaria mais atritos para com ele.
A história é bem conhecida, quando José vai visitar seus irmãos para saber como eles estavam e se estavam fazendo conforme as ordenanças de seu pai, ele é recebido com um plano maligno pelos seus irmãos. Gênesis 37:19-27. A história é bem conhecida, ele é jogado em uma cova e vendido como escravo. Depois de ter sofrido por tanto tempo no Egito, Deus começa a mudar a situação de José, até o ponto dele ser levantado como governador do Egito. O mesmo José fala a seus irmãos que Deus usara daquela situação tão ruim para poder guardar tanto a José como a seus irmãos no futuro, Gênesis 45:5 ou seja, Deus usara de uma situação adversa para realizar seu plano.
Mas boa parte da situação foi derivada de um problema no ambiente familiar de José, que foi agravado pela ingenuidade do sonho revelado, levando seus irmãos a tomarem aquela atitude. Se José tivesse ficado calado Deus iria de alguma forma realizar o cumprimento de seu sonho, mas ainda bem, que daquilo que seria a derrota do José, Deus fez ser sua benção. Mas todo seu sofrimento talvez pudesse ter sido evitado se ele tivesse permanecido calado. A lição foi nos dada, o sonho em silêncio tem mais chance de se realizar, pois não contará com opositores.

Não revele seus planos antes do tempo.

Neemias é um exemplo de prudência nas atitudes, um bom exemplo que devemos seguir, com ele aprendemos algumas coisas, a saber:
Antes de agir, conheça bem a situação. "E cheguei a Jerusalém, e estive ali três dias". Neemias 2:11 Durante três dias Neemias não tomou nenhuma decisão, ele provavelmente se reuniu com os que lá estavam para saber da atual situação de Jerusalém. Deve ter procurado saber as necessidades, as principais dificuldades e carências do povo. E depois de ter ficado três dias em Jerusalém ele de noite se levantou, o que revela que, o que ele estava fazendo, era algo quase que secreto, não queria despertar a atenção de ninguém, além de não ter declarado a ninguém o que Deus havia colocado em seu coração.
"E de noite me levantei, eu e poucos homens comigo, e não declarei a ninguém o que o meu Deus me pôs no coração para fazer em Jerusalém".
Quanta diferença vemos em Neemias e José! Enquanto um divulgou a todos os sonhos que tivera, o outro guardou para si o que Deus colocou no seu coração.
Neemias havia possivelmente ouvido do povo, dos magistrados, dos homens mais importantes da cidade como ela estava, mas ele de noite se levanta e vai ver por si mesmo como estava o estado da cidade, ele tinha ouvido falar, mas ele teria que ver com os seus próprios olhos. Outro ensinamento tiramos daqui, o quão importante é não darmos a atenção ao que dizem do que disseram. Há situações que devemos saber nós mesmos e não somente confiar naquilo que dizem. Nem tudo o que nos contam é mentira ou não é válido, mas há coisas que se não temos certeza por nós mesmos, não podemos levar ao pé da letra, há coisas que dependem de confirmação para serem então dignas de crédito.
Não que os homens tivessem mentido, mas eles poderiam ter aumentado ou até diminuído a situação em que se encontrava a cidade, por isso ele por si mesmo foi ver, sem que ninguém soubesse, para que depois não dissessem que ele não estava acreditando no que eles contaram, até nisso podemos verificar a sua prudência.
Embora podemos aprender mais com a sua condução durante a construção do muro, creio que esses pequenos exemplos já nos ajudam a entender que devemos procurar saber como se encontra a situação antes de tomarmos atitudes e, que certas coisas devemos saber por nós mesmos, e mais importante ainda, revelar no tempo certo aquilo que Deus colocou no nosso coração.

O silêncio sempre é melhor que as muitas palavras.

Quantos problemas poderiam ser evitados se simplesmente não falássemos tanto?! O amalequita que contou a Davi que Saul estava morto pagou com sua própria vida porque falou demais 2 Samuel 1:1-16. Primeiro pagou porque contou uma mentira dizendo que ele matou a Saul, sendo que o próprio Saul se matou 1 Crônicas 10:4. Segundo, porque falou demais esperando receber uma recompensa mas, a sua recompensa foi a morte. 2 Samuel 4:10. Se ele somente tivesse contado que Saul estava morto estaria com a sua vida a salvo, mas por falar demais, acabou pagando com a sua própria vida. Jó falou abertamente com Deus sobre sua dor, mas quando Deus se revelou, ele viu que tudo que havia falado tinha sido coisas insensatas, por isso ele se calaria diante de Deus Jó 40:4-5, porque o silêncio as vezes é a melhor resposta.
Então antes de tomar alguma decisão, de falar alguma coisa, seja o que for, sempre tenha prudência, o seu sucesso pode depender da forma que você agir.


segunda-feira, 16 de março de 2015

Conselhos diários de Deus

"Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão; olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado".

Gálatas 6:1

Nada alegra mais ao inimigo que ver a queda de um servo de Deus, ele e somente ele sente prazer em ver o crente caído, prostrado devido a um erro. É triste ao ver que muitos que se dizem servos de Deus criticam e apontam aqueles que por algum motivo caíram em um erro, quando devemos sempre procurar ajudar o irmão pelo menos em oração, para que Deus possa sustentá-lo a permanecer firme nos caminhos do Senhor.
Contudo, o que se vê em muitos casos, são pessoas que não perdem o tempo de espalhar a notícia, divulgar o fato ocorrido, sentindo uma sensação demoníaca de bem estar ao ver que o outro que antes era alguma coisa, que aparentava ser algo, na verdade cometeu um erro Tiago 4:11Romanos 2:1Mateus 7:1-2. Deus não se agrada de tais pessoas!

O conselho bíblico para nós é que devemos ajudar tal pessoa, orar por ela e se possível com ela, isso tudo tomando cuidado para que nós também não venhamos a cair em algum erro, Isso porque aqueles que apontam para aquele que caiu, se esquecem que eles mesmos também é são passíveis de errar, 2 Coríntios 11:29. Parece até mesmo em muitos casos, que justamente aquele que julga é aquele que menos tem condições para julgar.

Então, você ao saber se alguma situação de que algum irmão foi surpreendido em alguma ofensa, primeira coisa a fazer é orar por ele, que Deus tenha misericórdia e o ajude nesse momento. A segunda coisa é, não ajude a espalhar o erro de ninguém, não deixe que a sua boca seja sementeira maligna que espalha o erros dos outros por aí, evite que o mal seja semeado, mas ajude se possível abafar a situação. Isso não é ocultar o erro, mas é preservar o irmão para que ele não se sinta constrangido, mas antes possa receber o amor dos irmãos e assim continuar firme na caminhada. E por fim, vigie, para que você não seja o próximo a cair na armadilha de satanás.

terça-feira, 3 de março de 2015

O Deus vivo.

Hoje encontramos diversos tipos de pessoas dentro da igreja de Cristo Jesus, já era assim no início da igreja, onde havia homens piedosos Atos 22:12, havia mentirosos, Atos 5:1-5, homens blasfemos 1 Timóteo 1:20, fornicadores 1 Coríntios 5:1 e outros mais. Dentre os vários personagens apresentados na bíblia sagrada, encontramos muitos dos quais nos inspira com seus exemplos e outros que nos alertam acerca dos pecados e suas consequências.
E o pecado e as consequências que eles nos causam, tem sido de certa maneira negligenciado em nossas mensagens e pregações. Estamos tão preocupados em alcançar a vitória, em obter aquilo que tanto desejamos, que esquecemos de que para tal coisa devemos viver uma vida de santidade. Colocamos as coisas materiais em primeiro lugar, sendo elas os motivos de nossa busca e dedicação, quando na verdade deveríamos buscar a Deus e o seu reino, viver uma vida santa e assim todas essas coisas nos serão acrescentadas Mateus 6:33.
Infelizmente há pessoas que vivem na igreja mas com o objetivo errado, vivem na igreja em busca daquilo que Deus lhes pode oferecer, são homens e mulheres egoístas que se dedicam sempre com a intenção de receber algo. Muitos se encontram no nosso meio por conveniência, outros por costume e até tradição familiar. São pessoas que criaram amizades, tem parentes no seio da igreja, alguns até exercem lideranças, outros ministram, embora tudo isso não quer dizer um atestado de servo bom e fiel, pois talento, ao menos um, todos recebem Mateus 25:14-30.
Infelizmente há homens e mulheres que vivem uma vida dissoluta dentro da casa de Deus, vivem como se estivessem no mundo, escondem uma vida dupla de pecado e iniquidade. São o joio que crescem no meio do trigo Mateus 13:24-30, são aqueles que no grande dia gritarão “...Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas?, mas a sentença será uma só, apartai-vos de mim... Mateus 7:21-23.
Embora seja no último grande dia que o Senhor irá separar o joio do trigo, as ovelhas dos bodes, isso não quer dizer que as pessoas viverão da forma que quiserem sem ter de Deus a justa resposta ainda nessa vida. Deus é longânimo, Romanos 2:4, tardio em irar-se, e as suas misericórdias são a causa de não sermos consumidos Lamentações 3:22. Mas isso não quer dizer que ele ficará sem retribuir as nossas ações, embora pareça que muitos tem vivido de forma exatamente contrária a justa recompensa divina, ela não tarda, mas Deus sempre oferece uma oportunidade da pessoa se arrepender e chegar a salvação 2 Pedro 3:9. Apesar da bondade divina de sempre oferecer mais uma oportunidade, de retardar a sua justiça, chegará uma hora em que Deus irá dar a essas pessoas a retribuição de seus pecados Oséias 8:7, e é esse Deus justo e santo que quero apresentar a você neste momento, para que quem sabe você conhecendo um pouco mais de Deus, possa mudar a sua vida para não ser destruído por Ele.

Deus fogo consumidor

Podemos incorrer no erro de levarmos a vida cristã de forma negligente, parece que nos esquecemos que Deus além de um Deus de amor é também um Deus fogo consumidor Hebreus 12:29. Nosso Deus é o único que conhece os nossos pensamentos, ele sonda o nosso coração, nada pode se esconder dos seus olhos, Salmos 139:23; Mateus 9:4; Jeremias 20:12; Atos 15:8. Então não adianta pensar que podemos viver uma vida dupla diante de Deus, de acharmos que nunca seremos descobertos ou que nosso pecado irá para sempre ficar oculto Salmos 101:7. Ele conhece cada canto do nosso ser, sabe de cada pensamento, cada ideia, por mais oculta que possa parecer ele sabe. Sabe aquilo que pensamento em nosso quarto a sós, que pensamos quando estamos com amigos, namorados(as). Ele tudo vê, por mais escondido que pareça. Quando chegamos na igreja para louvar o seu nome ele sabe exatamente o que fizemos antes de estarmos ali e o que pensamos enquanto estamos lá.
O nosso Deus de amor é o Deus terrível que não tolera o pecado pois é um Deus santo e, assim como ele é santo, importa que sejamos também 1 Pedro 1:15-16; Levítico 19:2. Por isso, embora Deus seja longânimo e perdoador, isso não quer dizer que em breve ele não trará sobre nós o resultado de nossas ações. Falamos e destacamos tanto as bênçãos de Deus, seu poder em nos livrar do mal e nos abençoar que parece que nos esquecemos que nossa vida para ser uma vida abençoada tem que ser uma vida condizente com aquilo que ele nos pede em sua palavra. Mas ao invés disso, muitos tem vivido uma vida tão errada que parece que há ímpios que vivem uma vida mais correta que aqueles que professam a fé.
São pessoas que vivem mentindo, criando confusões com fofocas, pessoas que no seu secreto falam mal de seus líderes, outros que vivem uma vida de roubo e falcatruas. Há aqueles que roubam no trabalho, fazendo o seu serviço de qualquer maneira, outros que tem roubo de energia em sua casa. Há aqueles também que compram sem a intenção de pagar, dando prejuízo as instituições financeiras. Pessoas que atrapalham o trabalho dos outros, podendo ajudar mas se negam a fazê-lo com a desculpa que não tem como. Outros vivem em fornicação, mulheres que traem os seus maridos, homens que flertam com outras mulheres. Irmãos que estão dentro da congregação pregando, mas usam drogas, bebem, fumam, tem relações com mulheres casadas. Pessoas viciadas em pornografia, onde seus pensamentos só imaginam o mal, outros que já não sentem o arrependimento pelos seus erros. Homens e mulheres que vivem desejando o mal daqueles que lhe machucam ou lhe causam algum mal, sendo que a palavra de Deus as vezes nos manda até suportarmos o dano! 1 Coríntios 6:7; Lucas 6:29; Mateus 5:39.
São esses que tem enchido o cálice da ira divina que em breve dele beberão Jeremias 49:12, são pessoas que serão quebrantadas quando menos esperam, que verão o juízo de Deus recair sobre a suas vidas. Não que desejamos isso ou que o próprio senhor deseje, mas a justiça divina será feita. Embora para alguns a sua vida de pecado será exposta naquele grande dia, mas isso será pior que o castigo em vida, pois naquele dia, não haverá mais chance de perdão.
Deus é um Deus zeloso, ele cuida de mim e de você e por cuidar de nós é que em certos momentos ele nos abate, não para nos ver destruídos, mas para que possamos ser restaurados e assim voltarmos a desfrutar a comunhão com ele, para não sofremos as consequências horríveis do pecado, que não sejamos lançados no lago de fogo e enxofre com satanás e seus anjos e todos aqueles que praticam a iniquidade Mateus 25:41.  Não adianta aparentarmos sermos uma benção, sermos usados por Deus, pois isso não é sinal de aprovação divina. Ser usado com dons espirituais não quer dizer ser cheio de Deus e do seu espírito, dons todos nós temos e Deus não retira de nós quando estamos em pecado, porque se Deus usa até uma mula para alerta alguém porque não usaria você? 2 Pedro 2:16.

Não se esqueça, deixe o seu erro, deixe a sua transgressão e viva uma vida reta diante de Deus, antes que o fogo consumidor de Deus seja aceso e queime você. 

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Estou preparado?

Uma das maiores promessas já feitas na humanidade ainda não se cumpriu. Já são mais de dois mil anos de espera para o retorno de Jesus Cristo. Muitos devido a essa espera, desanimaram no caminho, outros porém continuam crentes de que tal retorno ocorrerá, contudo não sabem quando e nem se estarão vivos quando se cumprir. Mas o que mais me chama a atenção, é que independente de ser crer ou não na promessa, muitos tem vivido de forma que contradiz a sua esperança, pois se a promessa pode ocorrer a qualquer momento, deveriam viver de acordo com isso, mas o que se tem visto são pessoas que vivem distraídas com as coisas dessa vida se esquecendo que Ele breve virá.

Devemos viver como se a qualquer momento poderá ocorrer a volta de Jesus, isso porque não há nenhum sinal evidente que acontecerá antes do seu retorno inesperado. Ao contrário da seu retorno após a grande tribulação que terá eventos específicos, o seu segundo retorno será de repente, assim como um ladrão que vem sem avisar e arrebatará os seus escolhidos que estiverem vigiando neste momento. Ele poderá vir a tarde, pela manhã ou na madrugada, não sabemos, o que importa é que quando ele vier que estejamos preparados para o seu retorno.

Mesmo que nós não estejamos vivos para participar do seu retorno, devemos estar cientes que a nossa hora pode chegar a qualquer momento. A nossa vida é como uma erva, e apenas um acidente ele pode vir a acabar. Podemos simplesmente dormir e não acordar, embora muitos se achem cheios de vida, cheio de saúde, um simples acidente pode vir a tirar a vida. Claro que não é o nosso desejo nem o nosso pensamento, contudo é uma realidade que pode ocorrer. A volta dele é tão iminente como foi na época dos discípulos.
Que possamos sempre estar vigilantes para que quando a sua volta ocorrer nós não sejamos pegos desapercebidos.

Total de visualizações de página