Translate

Mostrando postagens com marcador serafim rafael. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador serafim rafael. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Conselhos de Sabedoria.


Na continuação ao estudo do livro de Provérbios, chegamos ao 4º capítulo, que tem por epígrafe: Exortação a adquirir a sabedoria e a apartar-se do caminho dos ímpios. Destacamos neste capítulo os versículos 20 a 27 deste capítulo.

20 Filho meu, atenta para as minhas palavras; às minhas razões inclina o teu ouvido.
21 Não as deixes apartar-se dos teus olhos; guarda-as no íntimo do teu coração.
22 Porque são vida para os que as acham, e saúde para todo o seu corpo.
23 Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.
24 Desvia de ti a falsidade da boca, e afasta de ti a perversidade dos lábios.
25 Os teus olhos olhem para a frente, e as tuas pálpebras olhem direto diante de ti.
26 Pondera a vereda de teus pés, e todos os teus caminhos sejam bem ordenados!

27 Não declines nem para a direita nem para a esquerda; retira o teu pé do mal.

O chamado do Pai ao filho para ouvi-lo inclui não somente o seu intelecto, mas também todo o seu corpo, pois por mais que o espírito deseje fazer as coisas de Deus, nossa carne militará para satisfazer a sua vontade. Gálatas 5:17
Ele convida primeiramente a inclinarmos os nossos ouvidos para ouvirmos atentamente as suas palavras. Ora, o ouvido é umas das partes fundamentais do corpo humano, a audição pode ser uma fonte poderosa de aprendizado. Contudo, assim como podemos aprender o certo ao ouvir as palavras corretas, podemos aprender o errado ao dar ouvidos a ensinamentos contrários. É muito difícil para alguém conseguir manter-se durante o dia com o pensamento longe das coisas impuras, quando o seu ouvido está sendo constantemente bombardeado por palavras, músicas ou conversas iníquas. Uma pessoa que abre os seus ouvidos para ouvir aquilo que não deve, depois terá grande dificuldade para tirar aquilo de seu coração. É tal como ouvir uma mentira diversas vezes, quando se enfim se ouve a verdade, será até difícil de acreditar de tanto ter ouvido a mentira ser dita. Não se dá para conseguir manter comunhão com Deus por exemplo quando se está ouvindo uma música mundana, que proveito se poderá tirar disso? Até mesmo músicas estrangeiras que podem para alguns soarem incompreensíveis, podem ser prejudiciais, isso porque por esse mesmo motivo, não saber a tradução, poderá estar deixando entrar na sua mente uma mensagem errada, que você depois poderá reproduzir com a sua boca sem ao menos saber do que se trata. Os nossos ouvidos devem estar atentos as palavras de Deus e de sabedoria, devem ser estar atentos para ouvir palavras de conselhos dos mais velhos, de nossos pais e atentos a ouvir a voz de Deus, para que ouvindo-a possamos entende-las. 

Uma última coisa importante a ser observada, é que em muitos casos deixamos que os nossos ouvidos sejam a porta de entrada para o pecado quando nos colocamos a ter conversas de teor impróprio, que pode ir desde um conteúdo sexual a comentários sobre a vida alheia, pois não somente aqueles que falam pecam, mas aqueles que lhe dão ouvidos também são participantes de seus pecados. 

O segundo convite do mestre/pai, é que não deixemos que se aparte de nossos olhos aquilo que ele tem nos aconselhado, mas antes que devemos manter sempre a vista os seus ensinamentos. Nessa parte destaca-se a importância da constante leitura da palavra de Deus, pois ela é fonte de sabedoria e conhecimento. Os olhos, talvez mais que a audição, desempenha um papel fundamental na vida do ser humano, aquele que não enxerga deverá ser guiado, pois se não houver quem o guie poderá vir a tropeçar e a cair. Aqui os olhos têm um duplo sentido onde destacamos o primeiro que é o sentido natural. Muitos homens e mulheres tem vivido uma vida de erro porque tem olhado para aquilo que não lhe traz benefício nenhum. A televisão, por exemplo, tem sido usada como instrumento poderoso de propagação do evangelho, encontramos diversos programas que divulgam a palavra de Deus. Também é na televisão que encontramos muitas informações úteis, desde de dicas de saúde, empregos, informativos sobre as últimas notícias e até curiosidades. Ela também pode ser fonte de entretenimento, com seus filmes e programas. Mas da mesma forma que sendo bem usada a televisão não provoca mal aos que a vê ela pode trazer prejuízos quando transmite valores e programas contrários a palavra de Deus. Um exemplo simples, são programas de conteúdo sexual elevado que podem ser desde filmes, programas, seriados e novelas. Ou também, podem ser fonte de mentiras que podem nos fazer ter questionamentos acerca da nossa fé, da nossa igreja e de muitos líderes eclesiásticos. Assim como podemos ser instruídos ao ver um bom programa de televisão, podemos ser contaminados ao observar programas que não trazem nenhum benefício para a nossa vida, mas antes provocam desejos, sentimentos ou outras coisas parecidas, que somente prejudicam nossa relação com Deus. De igual modo, o computador através da internet, pode nos levar a pecar com os nossos olhos, quando passamos a olhar aquilo que somente satisfaz a nossa carne. É numeroso a quantidade de homens e mulheres de Deus que estão presos na pornografia, ou que mantém conversas pela rede de conteúdo imoral. E também tem sites que aparentemente não oferecem risco nenhum, principalmente os sites de entretenimento, mas que roubam um tempo precioso da sua vida. A primeira coisa a se observar a respeitos da visão é essa, a visão natural, para onde estamos olhando, o que temos visto com os nossos olhos e preenchido o nosso coração.

A segunda questão acerca da visão é a questão figurativa, não inclui olhar com os olhos naturais, mas de observar de forma figurativa. Um exemplo bem simples disso, é aquela pessoa que presta mais atenção nas atitudes e vida de uma pessoa do que a sua própria, vive mais preocupada com o que a outra pessoa faz que se esquece que em muitos momentos está agindo pior que a outra pessoa em si. Jesus Cristo deu um exemplo bem claro para essas pessoas, considerando-as hipócritas, isso porque elas enxergavam a trave no olho das outras, mas não conseguiam ver o travessão em seus próprios olhos. Há quem tome tanto conta da vida dos outros, que se esquecer de tomar cuidado com seus próprios atos e atitudes. Nossos olhos devem ser mantidos em Deus, pois n'Ele não encontraremos erros e defeitos, mas se formos olhar para vida do próximo, esqueceremos que tais como eles, somos homens e mulheres sujeitos a falhas.

A terceira coisa que devemos empregar para ouvir os conselhos do Pai, é o nosso coração. Embora o coração aqui não seja o órgão responsável pelo bombeamento e circulação do sangue, ele é metaforizado como o nosso intelecto a nossa alma, fonte de desejos e sentimentos. O coração é tão importante que ele destacará que é de lá que "procedem as saídas da vida" v.23. É no coração que se inicia as atitudes, dificilmente você fará alguma coisa sem antes pensar nela, primeiro você pensa, imagina, maquina como fazer e enfim quando se tem a oportunidade, consuma o fato. Tiago 1:15
O coração é a fonte de onde procede as boas ou más coisas. O Senhor Jesus em Mateus 15 versos 18 e 19 nos declara que aquilo que contamina ao homem não é o que entra em seu organismo, mas sim daquilo que saí de seu coração. Segundo o próprio Senhor Jesus, pelas nossas palavras seremos condenados ou por ela seremos absolvidos Mateus 12:37. As nossas atitudes e palavras podem até ser mentirosas, mas não permanecerá por muito tempo (Salmos 101:7 e Lucas 12:3, em algum momento aquilo que está em nosso coração virá à tona e revelará a verdadeira natureza do nosso ser. É no coração que se maquina o mal ou o bem, é nele que se planeja fazer tanto o bem como o mal. Não nos enganemos ao dizer que ao fazer algo errado fizemos por impulso, com certeza em algum momento você deixou que aquele ato fosse plantado como uma pequena semente no seu coração, pois ao fazer alguma coisa o que se revela é que tal coisa já havia sido pensada e planejado dentro de si. A adoração sincera, de coração, ela é apreciada por Deus porque quando o adoramos em espírito e em verdade está adoração vem do profundo do nosso ser João 4:24, não é algo aparente ou superficial, porque pode se ter a aparência de adorador, pode se ter jeito de adorador, mas isso não quer dizer que o coração seja um coração adorador.

A importância de se guardar o coração está intimamente ligada a outra parte de nosso ser que devemos devotar a Deus, a nossa boca. Ora, já vimos que para se falar coisas boas, devemos ter um coração bom Mateus 12:35, pois é impossível ter uma boca que louva ao Senhor e ter atitudes contrárias a sua palavra. Lucas 16:13. A nossa boca deve ser instrumento de benção, usada para abençoar as vidas das pessoas que nos cercam. É uma pena que muitos de nós abrimos nossa boca sem uma reflexão, falamos sem pensar nas consequências de nossas palavras, o que acaba gerando muita dor, tristeza e confusão. O homem sábio ele é prudente ao falar, e o profeta Isaías declara que o Senhor lhe deu uma língua erudita para que ele pudesse falar boas palavras no tempo certo Isaías 50:4. Não podemos nos enganar e pensar que com a mesma boca que louvamos ao Senhor na igreja, seja a mesma boca que maldiz o outro em oculto, quando nos sujeitamos a isso, Deus não recebe nossa adoração, isso porque como já vimos, ela não procede de um espírito reto, mas antes é de um espírito dobre Tiago 3:6-12, que ora está buscando louvar a Deus mas em outro momento está servindo de instrumento do inimigo. Por isso o sábio mestre declara que o seu filho, ou o aprendiz retire de sai a tortuosidade da boca, que ela não seja em um momento instrumento de benção e outro momento de maldição, Deus rejeitará a adoração daquele que assim procede.

Por fim o convite do sábio é que ele somente ande nos caminhos retos, ou nos caminhos do Senhor, não afastando seus pés nem para a direita nem para a esquerda. Os pés são os instrumentos que nos levam para onde queremos ir, andar no caminho reto, equivale dizer não andar nos caminhos dos ímpios. De forma mais clara, o que o sábio instrutor diz é que não devemos seguir os passos dos ímpios, fazer as mesmas coisas, ir nos mesmos lugares que eles frequentam. Quando se colocar isso não quer dizer que devemos somente ir para a igreja, para o trabalho e para a casa. Podemos ir em lugares de diversão, tal como shoppings, cinemas, praia e tantos outros mais onde o ímpio também vai. Mas a diferença entre nós e eles está nas atitudes que tomamos nesses lugares. Se o ímpio vai ao algum lugar e lá consome bebida alcoólica, fuma ou pratica coisas ilícitas, nós não devemos é seguir o seu comportamento, não devemos deixar de ir na praia porque os ímpios vão, mas devemos ter o cuidado de estarmos trajados de forma diferente da deles, para que assim se note a diferença entre a luz e as trevas. Não exigimos que se faça nada que seja absurdo, mas que o servo de Deus aproveite aquilo que Deus lhe oferece de forma que não escandalize, nem os de dentro nem os de fora. Mas há alguns lugares em que nem ao menos nossos pés devemos por, pois são lugares declarados como terrenos do inimigo. Não se pode ir ao show de um grupo secular e achar que você estará bem ali, quem tem o Espírito Santo será durante todo o evento incomodado, porque sabe que ali não tem nada de Deus. Não se pode frequentar bares onde o principal é o consumo de bebidas alcoólicas, mesmo que você esteja somente tomando um suco ou refrigerante, há outros lugares mais propícios para isso, o que devemos ter é bom senso e acima de tudo vigilância.

Muito se poderia continuar a dizer sobre isso, mas creio que o temos visto tem sido o suficiente para poder declarar que servir a Deus não é servi-lo somente em parte, mas com todo o nosso ser. Deus exige tudo de nós, ele não aceita partes ou um pedaço, devemos nos esforçar para que sirvamos a Ele com todo o nosso ser, com toda nossa força e com toda a nossa alma Lucas 10:27. A vigilância com as nossas atitudes demonstra o quanto desejamos sermos fieis a Deus, mesmo com toda a nossa imperfeição, mesmo sendo nossa carne voltada para o pecado, devemos e podemos usar os nossos membros e sentidos para glorificar a Deus e assim termos uma vida melhor. Aquele que se esforça em usar sua vida, seu corpo de forma sábia, se preservando do mal, achará benção, riqueza e honra e será um servo exemplar de Deus. Embora seja muito difícil vivermos uma vida inteiramente dedicada a Deus, isso não é impossível e, por este motivo devemos dia após dia nos esforçar para alcançarmos isso.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Capítulo 02. Não chores: O recomeço da história da viúva de Naim.

Lucas 7:11-17

Uma mulher, casada mãe de um filho, segue feliz com sua família, com seu marido que trabalha e ensina seu filho um ofício. Tem casa, comida, e apesar das dificuldades ela não tem do que reclamar, vive com dureza, dificuldade, mas tem ao seu lado seu esposo e seu filho, seu único filho, sendo esse a alegria do lar.

A vida segue difícil em Naim, o jugo da servidão pesa sobre os ombros, os romanos agem de forma arbitrária, cobram impostos pesados, mas, ela segue sua vida, seu marido trabalhador se esforça para dar uma vida melhor não só a ela, como ao pequeno filho.
O menino vai crescendo e junto com o pai vai aprendendo a sua profissão. Ele é pequeno é verdade, mas ajuda muito o seu pai nos afazeres. E como a vida é dura, toda ajuda é bem vinda, por isso, mesmo ainda novo, seu filho já está com o pai trabalhando, ajudando no sustento do lar.
E os anos vão se passando, o menino vai crescendo, o pai envelhecendo e ele, aquele que antes era o menino, se torna agora o grande responsável pelo sustento do lar. Sua força, seu vigor que já falta em seu pai, é o sustentáculo da sobrevivência de todos. Ele que outrora era um menino que ela carregava em seus braços, hoje é carregada por ele, pois dele vêm a força que tem garantido nesses tempos difíceis o alimento dentro do lar.
Passa-se mais alguns anos, a saúde do marido já não é mais a mesma, vai se deteriorando a cada dia. O esforço do trabalho pesado vai consumindo sua força, já não é mais o homem forte de antes, agora trabalha devagar, lento, a passos vagarosos em um serviço que exigia força. A força de seu marido se esvai e o filho é o que provê todo o sustento da casa. Seu marido acaba ficando doente, sua saúde cada vez mais debilitada e frágil. Tenta-se de tudo, mas a dificuldade financeira impede de poder buscar uma ajuda melhor. São oferecidos sacrifícios a Deus, busca-se uma cura desesperadamente. O marido melhora durante algum tempo, pensa-se que o pior já passou, mas um dia a doença volta de forma violenta e em pouco tempo ceifa a vida de seu marido, seu companheiro fiel de longa data. Contudo não está só, ela tem seu filho, e ele agora é tudo o que ela possui, seu filho é sua companhia, seu sustento sua única alegria.
A vida continua difícil, agora sem seu marido, seu filho tem que trabalhar ainda mais, se esforçar ainda mais para buscar a provisão para o lar. Ela, viúva, faz o que pode, ajuda como pode, mas sabe que depende totalmente de seu filho, ainda bem que o tem, pois sem ele não saberia como sobreviver.

Mas os dias se passam, e o resultado do esforço do filho começa a aparecer. Seu corpo apresenta alguns sinais de fraqueza. Ele acha que é só cansaço, mas ela vê algo a mais. Atenta começa a perceber que o filho já não tem a mesma força, a mesma disposição. Pede para que ele diminua o ritmo de trabalho, ele diz que não pode, tem que trabalhar para conseguir o sustento, são dias difíceis e se ele não for, colocarão outro no seu lugar, por isso ele precisa continuar. Até que um dia ele tenta, contudo não consegue se erguer. Suas pernas não o obedecem, seus olhos estão turvos, não consegue se levantar, pois lhe falta força. Sua respiração se torna pesada, difícil, comer se torna um sacrifício. Ela ali, na beira da cama tenta ajudar seu filho. Seus parentes tentam ajudar, mas todos muitos pobres como ela pouco podem fazer. Alguns ajudam com o alimento, um pouco daqui, um pouco dali, mas mesmo assim é insuficiente para suprir as necessidades. O filho piora e ela teme pelo pior, teme por ficar só, sem auxílio, sem sustento, sem ajuda, sem companhia e sem alegria.
Ela sente a vida do filho esvair-se, fica a maior parte do tempo ao seu lado. Dá-lhe o auxílio que ele tanto deu trabalhando para o seu sustento. Um jovem ainda, nem pode realizar o sonho de casar-se. Ela nunca verá seus netos, uma família numerosa e abençoada. Agora ali a beira da cama vê o seu único bem perecer, jazendo numa cama esperando ser recolhido pelo criador. E este ela interpela. “Ó Senhor de Israel, nosso Juiz (Salmos 68:5) socorro nosso em tempo de angústia (Sal 46:1) tu és o meu auxílio, o meu ajudador (Sal 54:4; 146:9) tem misericórdia de tua serva, e livra o meu filho da morte”.

Ali, diante do filho moribundo, ela ouve os últimos batimentos de seu coração. A família sabe que a derradeira hora está chegando e não há nada que se possa fazer. O filho ainda jovem, que era o sustento e alegria daquela mulher agora estava caminhando para a eternidade. Aquela viúva, pobre mulher perderia seu sustento, sua alegria, sua descendência, perderia seu último bem. O nome de seu marido sumiria da terra, pois já não havia remidor para ela, e mesmo que houvesse, ela já é de idade avançada não poderia gerar outro filho. Estava entregue agora a benevolência de seus parentes, teria que até mendigar para conseguir o pão. Sozinha, esquecida, desamparada, atormentada ela se sentia. Agora está ali, com o filho agora morto em seus braços, chorava, não havia mais o que fazer, morreu-se a esperança, acabou a história de sua família. Então restava preparar o féretro, embalsamá-lo, chorar a dor de sua perda, uma perda que não teria como ser suprida. Juntamente com outras mulheres da aldeia ela pranteava, era o fim da alegria e o começo do seu sofrimento. 
Corpo preparado, cortejo fúnebre que se segue para fora da cidade onde enterraria seu filho. Uma grande multidão segue o cortejo muitos que ali caminham a conhecem, conheciam seu marido e o seu filho, sabem que sua sorte agora não será a das melhores, pois estava agora sozinha, quem a ajudaria? Uma pobre mulher, que agora na sua velhice teria que enfrentar a dura realidade de viver só.
Na porta da cidade o caixão é levado e a multidão seguindo atrás, até que levantando os olhos se vê outra multidão que vem adentrando na cidade. A frente um homem caminha ladeado por outros doze. Seus passos são suaves e tranquilos, ela o vê ao longe, sua vista embaçada pela velhice e pelo choro não permite que ela enxergue bem. Duas multidões, uma trazendo a tristeza, a dor, o sofrimento e a outra trazendo a paz, a alegria e a esperança. Duas multidões frente a frente. Uma vinha à frente com a morte a outra vinha à frente com a vida, uma a dor e a outra a alegria, o fim e na outra o novo começo. Ali, uma multidão defronte da outra um homem manda que se pare o cortejo. Mas quem é ele? Porque deu ordem para que parassem a minha dor que caminha para o túmulo. Quem é este homem que vem a frente desta multidão e olha agora para o meu filho morto, deixe-me ir em frente e morrer junto com meu filho, deixe que eu enterre a minha esperança o meu sustento a minha alegria, deixe-me morrer!

Mas aquele homem olha para aquele jovem desconhecido com olhar de ternura, pode-se ver seus olhos embaçados pelas lágrimas, elas não descem, ele observa. Então ele me olha. Quanta compaixão, quando ternura, sem dizer nenhuma palavra eu sinto que ele sente a minha dor, que ele sabe e entende o meu sofrimento. Ele me olha e eu sinto em um pequeno momento uma paz, uma tranquilidade. Quem é este homem que está ali, diante de uma multidão olhando para mim com olhar de amor?
Meus olhos embaçados pelas lágrimas que correm pelo meu rosto podem o ver, amparada estou, seguro em braços que me sustentam e ele me olha, nenhuma palavra sai de sua boca. Ele me olha e sinto paz, e ele me diz – Não chores. (Lucas 7:13) Pode parecer loucura dizer para uma mãe que acabou de perder seu filho, seu sustento, sua alegria, seu bem maior que não chore. Pode parecer estranho alguém olhar para você e dizer não chore pela morte de seu filho, mas, eu paro de chorar, porque ele disse para mim não chores. Não com uma palavra vazia sem sentido, eu sinto algo que vem dele que não posso explicar. Não choro, limpo meus olhos, posso então ver melhor. Um homem simples, que não tem pompa, nem apresenta grande glória, nem riqueza, nem status ou poder desta terra, mais ele tem paz, ele tem o olhar que entra no meu ser e muda meu espírito.

Ali parado duas multidões, uma defronte a outra, a dor e a alegria, o choro e o cântico. Diante uma da outra estão, cada um trazendo a sua frente um personagem, que ali lado a lado (ele toca o caixão) ele diz. – “Jovem, a ti te digo: Levanta-te”. (Lucas 7:14)
Minha alegria estava morta, meu sustento havia se ido, esperaria com dor os meus últimos dias, viveria na amargura de espírito o resto da minha vida, lutaria pelo sustento, choraria pela ausência e solidão, mas, ele parou diante de mim e disse, não chores. O que aconteceu? Pode perguntar a você. Eu não sei, nunca entendi como ele pôde isso fazer, mas o que sei é que hoje tenho alegria, tenho sustento, tenho família, meu filho está ao redor de minha mesa, e com ele seus filhos e com sua esposa me assento também. Comemos, damos graças, nos alimentamos e sorrimos meus últimos dias não são de tristeza, sorrio novamente, vivo novamente, isso porque ele um dia parou diante de mim e disse, não chores. O nome dele, Jesus, meu salvador, graças a ele hoje sou feliz, graças a Ele hoje eu não choro mais.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Quando morre a esperança.

Introdução:

A história do mundo e de nossas vidas, são marcadas por cenas de dor e sofrimento, é impossível passar uma vida inteira sem por algum momento enfrentar um momento de angústia, de dor e de lágrimas. Por mais que o homem ou a mulher possam ter dinheiro, saúde perfeita, uma família unida e feliz, em algum aspecto da sua vida ele irá enfrentar o sofrimento. A adversidade faz parte da vida. 
Mas o que nos faz continuar é a certeza de que o amanhã é um novo dia e com a esperança renovada seguimos em frente, transpomos mais um obstáculo e assim continuamos a viver. Talvez nunca iremos esquecer as marcas que alguns sofrimentos imprimiram em nossas vidas, mas essas marcas, essas dores passadas não conseguirão nos impedir de viver.
O problema é quando essa dor continua presente, fazendo que a cada dia seja um dia de dor e sofrimento. Com isso nos deparamos com uma situação difícil, que é a continuidade da dor, a continuidade do sofrer, que parece renascer com o novo dia que surge.
O que fazer então diante dessa situação? Como encontrar forças pra continuar? Como encontrar motivos para seguir em frente e viver uma vida nova depois de tanta dor e sofrimento?

Milhares de pessoas tem enfrentado isso dia após dia, dor seguida de dor, lamento seguido de lamento. Uma mãe que perdeu seu filho, e a cada dia da sua vida rememora essa dor angustiante. Um canceroso que vive a base de remédios, lutando contra a morte para obter mais alguns dias de vida. Uma pessoa pobre, que acorda pela manhã e sabe que terá um longo dia em busca de comida e de seu sustento.
Pessoas que perderam a esperança de uma vida melhor, onde o futuro é dor e sofrimento, angústia e solidão. Como mudar esse quadro que parece imutável? Como continuar a crer na felicidade quando se está em meio ao mar na noite escura sendo açoitado pelas ondas do mar vendo angustiosamente a morte se aproximar.

Não quero tratar nestes textos que se seguirão, acerca do sofrimento, da dor, mas quero falar sobre algo que nos faz suplantar a dor e o sofrimento presente e nos ajuda a caminhar. Quero falar sobre esperança!
Pois como diz o ditado: "A esperança é a última que morre". Mas então eu pergunto: E quando morre a esperança, o que fazer?
A vida de muitos servos sinceros de Deus estão assim, um funeral onde jaz no túmulo a esperança, ficam ali diante do féretro lamentando e chorando, pois no túmulo está a única coisa que o fazia seguir em frente, a esperança de mudança, de dias melhores.
Há esperança para quem perde a esperança? É como se perguntasse, há vida para quem acabou de morrer? 
Sim! Ainda há esperança quando a esperança se vai! 
E é sobre isso que estes textos irá se propor a mostrar, que mesmo com a esperança morta, há uma chance da vida mudar.
Se você quer ter a sua vida mudada, transformada e enfim pode seguir em frente, continue comigo. Iremos aprender através da palavra de Deus, que mesmo quando a situação está tão ruim, ainda há uma chance das coisas mudarem, das coisas boas acontecerem. 

Esses textos é justamente para quem perdeu a esperança, e se você perdeu custa nada você ler, e se você ainda possui um pouco de esperança, leia também, pois terá sua esperança renovada.
Embora o ditado diga que a esperança é a última que morre, ou seja, que a esperança também morre, essa, a esperança, de fato só morre quando nós morremos, pois como diz outro ditado: "Enquanto a vida, há esperança". Você ainda está vivo, então ainda há esperança.

Total de visualizações de página