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terça-feira, 23 de setembro de 2014

Conselhos de Sabedoria.


Na continuação ao estudo do livro de Provérbios, chegamos ao 4º capítulo, que tem por epígrafe: Exortação a adquirir a sabedoria e a apartar-se do caminho dos ímpios. Destacamos neste capítulo os versículos 20 a 27 deste capítulo.

20 Filho meu, atenta para as minhas palavras; às minhas razões inclina o teu ouvido.
21 Não as deixes apartar-se dos teus olhos; guarda-as no íntimo do teu coração.
22 Porque são vida para os que as acham, e saúde para todo o seu corpo.
23 Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.
24 Desvia de ti a falsidade da boca, e afasta de ti a perversidade dos lábios.
25 Os teus olhos olhem para a frente, e as tuas pálpebras olhem direto diante de ti.
26 Pondera a vereda de teus pés, e todos os teus caminhos sejam bem ordenados!

27 Não declines nem para a direita nem para a esquerda; retira o teu pé do mal.

O chamado do Pai ao filho para ouvi-lo inclui não somente o seu intelecto, mas também todo o seu corpo, pois por mais que o espírito deseje fazer as coisas de Deus, nossa carne militará para satisfazer a sua vontade. Gálatas 5:17
Ele convida primeiramente a inclinarmos os nossos ouvidos para ouvirmos atentamente as suas palavras. Ora, o ouvido é umas das partes fundamentais do corpo humano, a audição pode ser uma fonte poderosa de aprendizado. Contudo, assim como podemos aprender o certo ao ouvir as palavras corretas, podemos aprender o errado ao dar ouvidos a ensinamentos contrários. É muito difícil para alguém conseguir manter-se durante o dia com o pensamento longe das coisas impuras, quando o seu ouvido está sendo constantemente bombardeado por palavras, músicas ou conversas iníquas. Uma pessoa que abre os seus ouvidos para ouvir aquilo que não deve, depois terá grande dificuldade para tirar aquilo de seu coração. É tal como ouvir uma mentira diversas vezes, quando se enfim se ouve a verdade, será até difícil de acreditar de tanto ter ouvido a mentira ser dita. Não se dá para conseguir manter comunhão com Deus por exemplo quando se está ouvindo uma música mundana, que proveito se poderá tirar disso? Até mesmo músicas estrangeiras que podem para alguns soarem incompreensíveis, podem ser prejudiciais, isso porque por esse mesmo motivo, não saber a tradução, poderá estar deixando entrar na sua mente uma mensagem errada, que você depois poderá reproduzir com a sua boca sem ao menos saber do que se trata. Os nossos ouvidos devem estar atentos as palavras de Deus e de sabedoria, devem ser estar atentos para ouvir palavras de conselhos dos mais velhos, de nossos pais e atentos a ouvir a voz de Deus, para que ouvindo-a possamos entende-las. 

Uma última coisa importante a ser observada, é que em muitos casos deixamos que os nossos ouvidos sejam a porta de entrada para o pecado quando nos colocamos a ter conversas de teor impróprio, que pode ir desde um conteúdo sexual a comentários sobre a vida alheia, pois não somente aqueles que falam pecam, mas aqueles que lhe dão ouvidos também são participantes de seus pecados. 

O segundo convite do mestre/pai, é que não deixemos que se aparte de nossos olhos aquilo que ele tem nos aconselhado, mas antes que devemos manter sempre a vista os seus ensinamentos. Nessa parte destaca-se a importância da constante leitura da palavra de Deus, pois ela é fonte de sabedoria e conhecimento. Os olhos, talvez mais que a audição, desempenha um papel fundamental na vida do ser humano, aquele que não enxerga deverá ser guiado, pois se não houver quem o guie poderá vir a tropeçar e a cair. Aqui os olhos têm um duplo sentido onde destacamos o primeiro que é o sentido natural. Muitos homens e mulheres tem vivido uma vida de erro porque tem olhado para aquilo que não lhe traz benefício nenhum. A televisão, por exemplo, tem sido usada como instrumento poderoso de propagação do evangelho, encontramos diversos programas que divulgam a palavra de Deus. Também é na televisão que encontramos muitas informações úteis, desde de dicas de saúde, empregos, informativos sobre as últimas notícias e até curiosidades. Ela também pode ser fonte de entretenimento, com seus filmes e programas. Mas da mesma forma que sendo bem usada a televisão não provoca mal aos que a vê ela pode trazer prejuízos quando transmite valores e programas contrários a palavra de Deus. Um exemplo simples, são programas de conteúdo sexual elevado que podem ser desde filmes, programas, seriados e novelas. Ou também, podem ser fonte de mentiras que podem nos fazer ter questionamentos acerca da nossa fé, da nossa igreja e de muitos líderes eclesiásticos. Assim como podemos ser instruídos ao ver um bom programa de televisão, podemos ser contaminados ao observar programas que não trazem nenhum benefício para a nossa vida, mas antes provocam desejos, sentimentos ou outras coisas parecidas, que somente prejudicam nossa relação com Deus. De igual modo, o computador através da internet, pode nos levar a pecar com os nossos olhos, quando passamos a olhar aquilo que somente satisfaz a nossa carne. É numeroso a quantidade de homens e mulheres de Deus que estão presos na pornografia, ou que mantém conversas pela rede de conteúdo imoral. E também tem sites que aparentemente não oferecem risco nenhum, principalmente os sites de entretenimento, mas que roubam um tempo precioso da sua vida. A primeira coisa a se observar a respeitos da visão é essa, a visão natural, para onde estamos olhando, o que temos visto com os nossos olhos e preenchido o nosso coração.

A segunda questão acerca da visão é a questão figurativa, não inclui olhar com os olhos naturais, mas de observar de forma figurativa. Um exemplo bem simples disso, é aquela pessoa que presta mais atenção nas atitudes e vida de uma pessoa do que a sua própria, vive mais preocupada com o que a outra pessoa faz que se esquece que em muitos momentos está agindo pior que a outra pessoa em si. Jesus Cristo deu um exemplo bem claro para essas pessoas, considerando-as hipócritas, isso porque elas enxergavam a trave no olho das outras, mas não conseguiam ver o travessão em seus próprios olhos. Há quem tome tanto conta da vida dos outros, que se esquecer de tomar cuidado com seus próprios atos e atitudes. Nossos olhos devem ser mantidos em Deus, pois n'Ele não encontraremos erros e defeitos, mas se formos olhar para vida do próximo, esqueceremos que tais como eles, somos homens e mulheres sujeitos a falhas.

A terceira coisa que devemos empregar para ouvir os conselhos do Pai, é o nosso coração. Embora o coração aqui não seja o órgão responsável pelo bombeamento e circulação do sangue, ele é metaforizado como o nosso intelecto a nossa alma, fonte de desejos e sentimentos. O coração é tão importante que ele destacará que é de lá que "procedem as saídas da vida" v.23. É no coração que se inicia as atitudes, dificilmente você fará alguma coisa sem antes pensar nela, primeiro você pensa, imagina, maquina como fazer e enfim quando se tem a oportunidade, consuma o fato. Tiago 1:15
O coração é a fonte de onde procede as boas ou más coisas. O Senhor Jesus em Mateus 15 versos 18 e 19 nos declara que aquilo que contamina ao homem não é o que entra em seu organismo, mas sim daquilo que saí de seu coração. Segundo o próprio Senhor Jesus, pelas nossas palavras seremos condenados ou por ela seremos absolvidos Mateus 12:37. As nossas atitudes e palavras podem até ser mentirosas, mas não permanecerá por muito tempo (Salmos 101:7 e Lucas 12:3, em algum momento aquilo que está em nosso coração virá à tona e revelará a verdadeira natureza do nosso ser. É no coração que se maquina o mal ou o bem, é nele que se planeja fazer tanto o bem como o mal. Não nos enganemos ao dizer que ao fazer algo errado fizemos por impulso, com certeza em algum momento você deixou que aquele ato fosse plantado como uma pequena semente no seu coração, pois ao fazer alguma coisa o que se revela é que tal coisa já havia sido pensada e planejado dentro de si. A adoração sincera, de coração, ela é apreciada por Deus porque quando o adoramos em espírito e em verdade está adoração vem do profundo do nosso ser João 4:24, não é algo aparente ou superficial, porque pode se ter a aparência de adorador, pode se ter jeito de adorador, mas isso não quer dizer que o coração seja um coração adorador.

A importância de se guardar o coração está intimamente ligada a outra parte de nosso ser que devemos devotar a Deus, a nossa boca. Ora, já vimos que para se falar coisas boas, devemos ter um coração bom Mateus 12:35, pois é impossível ter uma boca que louva ao Senhor e ter atitudes contrárias a sua palavra. Lucas 16:13. A nossa boca deve ser instrumento de benção, usada para abençoar as vidas das pessoas que nos cercam. É uma pena que muitos de nós abrimos nossa boca sem uma reflexão, falamos sem pensar nas consequências de nossas palavras, o que acaba gerando muita dor, tristeza e confusão. O homem sábio ele é prudente ao falar, e o profeta Isaías declara que o Senhor lhe deu uma língua erudita para que ele pudesse falar boas palavras no tempo certo Isaías 50:4. Não podemos nos enganar e pensar que com a mesma boca que louvamos ao Senhor na igreja, seja a mesma boca que maldiz o outro em oculto, quando nos sujeitamos a isso, Deus não recebe nossa adoração, isso porque como já vimos, ela não procede de um espírito reto, mas antes é de um espírito dobre Tiago 3:6-12, que ora está buscando louvar a Deus mas em outro momento está servindo de instrumento do inimigo. Por isso o sábio mestre declara que o seu filho, ou o aprendiz retire de sai a tortuosidade da boca, que ela não seja em um momento instrumento de benção e outro momento de maldição, Deus rejeitará a adoração daquele que assim procede.

Por fim o convite do sábio é que ele somente ande nos caminhos retos, ou nos caminhos do Senhor, não afastando seus pés nem para a direita nem para a esquerda. Os pés são os instrumentos que nos levam para onde queremos ir, andar no caminho reto, equivale dizer não andar nos caminhos dos ímpios. De forma mais clara, o que o sábio instrutor diz é que não devemos seguir os passos dos ímpios, fazer as mesmas coisas, ir nos mesmos lugares que eles frequentam. Quando se colocar isso não quer dizer que devemos somente ir para a igreja, para o trabalho e para a casa. Podemos ir em lugares de diversão, tal como shoppings, cinemas, praia e tantos outros mais onde o ímpio também vai. Mas a diferença entre nós e eles está nas atitudes que tomamos nesses lugares. Se o ímpio vai ao algum lugar e lá consome bebida alcoólica, fuma ou pratica coisas ilícitas, nós não devemos é seguir o seu comportamento, não devemos deixar de ir na praia porque os ímpios vão, mas devemos ter o cuidado de estarmos trajados de forma diferente da deles, para que assim se note a diferença entre a luz e as trevas. Não exigimos que se faça nada que seja absurdo, mas que o servo de Deus aproveite aquilo que Deus lhe oferece de forma que não escandalize, nem os de dentro nem os de fora. Mas há alguns lugares em que nem ao menos nossos pés devemos por, pois são lugares declarados como terrenos do inimigo. Não se pode ir ao show de um grupo secular e achar que você estará bem ali, quem tem o Espírito Santo será durante todo o evento incomodado, porque sabe que ali não tem nada de Deus. Não se pode frequentar bares onde o principal é o consumo de bebidas alcoólicas, mesmo que você esteja somente tomando um suco ou refrigerante, há outros lugares mais propícios para isso, o que devemos ter é bom senso e acima de tudo vigilância.

Muito se poderia continuar a dizer sobre isso, mas creio que o temos visto tem sido o suficiente para poder declarar que servir a Deus não é servi-lo somente em parte, mas com todo o nosso ser. Deus exige tudo de nós, ele não aceita partes ou um pedaço, devemos nos esforçar para que sirvamos a Ele com todo o nosso ser, com toda nossa força e com toda a nossa alma Lucas 10:27. A vigilância com as nossas atitudes demonstra o quanto desejamos sermos fieis a Deus, mesmo com toda a nossa imperfeição, mesmo sendo nossa carne voltada para o pecado, devemos e podemos usar os nossos membros e sentidos para glorificar a Deus e assim termos uma vida melhor. Aquele que se esforça em usar sua vida, seu corpo de forma sábia, se preservando do mal, achará benção, riqueza e honra e será um servo exemplar de Deus. Embora seja muito difícil vivermos uma vida inteiramente dedicada a Deus, isso não é impossível e, por este motivo devemos dia após dia nos esforçar para alcançarmos isso.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Conselhos de sabedoria.

"Filho meu, não rejeites a correção do Senhor, nem te enojes da sua repreensão.
Porque o Senhor repreende aquele a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem".

Provérbios 3:11-12

Como entender o sofrimento na vida daqueles que servem a Deus com sinceridade de coração? Essa é umas das perguntas centrais no livro de Jó, porque sofre o justo?
Então podemos ver aqui nesse texto o sofrimento como fruto da correção do Senhor, correção essa que pode ser vista de duas formas distintas, uma forma que visa a sua correção devido a um erro, um pecado e a outro correção que visa o seu aprimoramento, não sendo necessariamente resultado de um pecado.
Nem todo sofrimento é retributivo, mas ele pode também ser restaurador. Há sofrimentos causados pelos nossos próprios erros e a outros que são ocasionados pelo Senhor para nos aperfeiçoar.
Ora, tudo aquilo que semeamos é aquilo que no futuro colheremos Gl 6:7Os 8:7, então em determinadas situações o nosso sofrimento é resultado de nossas ações. Mas há em determinados momentos em que nossos sofrimentos estão nos preparando, nos moldando para algo maior.2 Co 4:17Rm 5:3. As vezes Deus pode estar moldando nosso caráter, ou nos purificando, nos preparando para uma obra ou uma missão. Is 48:10 (ver a história de José) ou para nos fazer sairmos de nosso comodismo espiritual para buscarmos a Deus Is 26:16
Entendido que há sofrimentos retributivos e há sofrimentos regenerativos, devemos entender que nos dois casos Deus somente repreende aquele a quem ama. Com isso podemos ter certeza que nenhuma correção será para nos machucar, mas antes para nos fazer melhorar Hb 12:9-11, embora no momento da correção não consigamos ver os benefícios que ela está nos proporcionando.
A correção, segundo o comentário de R.N.Champlin, indicam a preocupação contínua de um Pai que ama e quer o bem-estar do seu filho. Na adversidade ou na prosperidade, os filhos de Deus nunca estão separados do seu amor (Rm 8:35-39). Entendamos ou não completamente nossa disciplina ou repreensão, podemos saber que Deus nos ama e que nossa vida está nas suas mãos.
Por isso, quando estiver passando um momento de aflição, saiba que pode ser o Senhor lhe corrigindo para que você não caia no laço do inimigo, ou quem sabe, o Senhor está lhe preparando para uma grande obra e você precisa ser moldado, assim como um vaso é na mão do oleiro.Jr 18:2-5.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Sabedoria para a vida.

Versículo Chave.
"Se clamares por conhecimento, e por inteligência alçares a tua voz,
Se como a prata a buscares e como a tesouros escondidos a procurares,
Então entenderás o temor do Senhor, e acharás o conhecimento de Deus.
"

Provérbios 2:3-5

Neste capítulo vemos um mestre falando ao seu discípulo, tal como um pai que ensina seu filho. É apresentado para o aprendiz, os benefícios de se buscar o conhecimento, da busca por aprender.
Veja que nos três versos a um reforço nessa busca, a uma ênfase nessa buscas "se clamares (“se implorares”, Berkeley) [...] alçares a tua voz estão no versículo; se como a prata a buscares e como a tesouros escondidos a procurares (cavares por ela). 
A busca do conhecimento não é feita de maneira superficial ou descompromissada, ele é uma busca constante, árdua que exige daquele que busca diligente procura.
O sábio compara o conhecimento, a sabedoria como algo precioso, a prata e tesouro, e que deve ser buscado (procurado, cavado) para se alcançar. É interessante o comentário de R.N.Champlin sobre essa busca:
"O tesouro são os mandamentos, o corpo de ensinos que deve ser posto em prática, porquanto, de outra maneira, esse tesouro fica sem valor e deixa de ser um tesouro. Naqueles dias, quando não havia bancos, era costume enterrar coisas de valor, para ficarem em segurança. Ver Jer. 41.8 e Mat. 13.44. Os tesouros eram acumulados em meio a grande esforço, e os tesouros escondidos ou perdidos eram recuperados com grande e diligente busca e labor. Ademais, a prata tinha de ser extraída em minas, e isso requeria intensa escavação. E a prata precisava ser refinada, sendo este outro labor cansativo. Por isso, o mestre exortou seus alunos a labutar. As verdades de Deus estão abertas à busca, mas não são obtidas facilmente, de maneira significativa. Existem muitos mineiros que esburacam a terra superficialmente, e há vários caçadores teóricos de tesouros que não fazem muito para cumprir as suas aspirações. Este versículo fala do minério de prata, e não das moedas de prata."
Conhecer a Deus e aprender mais sobre sua vontade e sua palavra, é uma busca constante, árdua, mas que nos revelará grandes tesouros. Aquele que conhece a Deus e a sua palavra, tem um tesouro consigo, tesouro esse que deve ser escondido dentro do coração.  Sl 119:11. Cristo é o nosso maior tesouro e devemos conhece-lo e prosseguir em conhecer cada dia mais ao Senhor. Os 6:3
Então a cada dia busque mais e mais conhecer ao Senhor.

sábado, 23 de agosto de 2014

Sabedoria para a vida.

Começarei hoje uma série de postagens sobre o livro de Provérbios e convido a você leitor a juntamente comigo, ler o livro de Provérbios durante um mês. Lembrando que o livro possui 31 capítulos o que daria então 1 capítulo por dia.
Recomendo que você separe uns 15 a 30 minutos para isso. Primeiro leia o capítulo do dia, escolha um versículo que mais lhe chamou a atenção dentro desse capítulo e memorize. Depois ore ao Senhor lhe pedindo sabedoria e, que ele possa lhe ajudar a por em prática os conselhos contidos na sua santa palavra.
Bem, lançado o desafio vamos a ele, começando pelo capítulo 1° que tem por título (isso pode variar segundo a versão da sua bíblia) A sabedoria para os jovens (Utilizo as versões da Bíblia de estudo pentecostal e de aplicação pessoal)

Versículo Chave.
"O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução".
Provérbios 1.7
Esse é o versículo chave para se entender não só este capítulo, mas todo o livro de Provérbios. O temor do Senhor é o princípio da sabedoria. Todo cristão conhece essa máxima, mas o que seria o temor do Senhor? Seria ter medo d'Ele? Ou pavor do seu castigo se errarmos? (cf.3.11-12)Segundo o comentário Beacon: 

"esse temor não é o medo subserviente do castigo, mas o temor que se expressa em reverência e admiração. É “um temor reverente e adorador”.  “Temer a Deus não é ter medo dele, mas colocar-se diante dele em admiração, visto que o significado de tudo e o destino de todas as pessoas são determinados por aquilo que Deus é e faz”
(Comentário Beacon. Provérbios. pg.360)

O temor a Deus é uma vida de santidade, ou da busca de santidade, de conhece-lo cada dia mais profundamente. Pois, ao saber mais de Deus, conheceremos mais a sua vontade para nós, com isso poderemos fazer as escolhas baseada na vontade divina, o que nos levará a um aperfeiçoamento do nosso viver diário.
Aquele que despreza uma vida de contínua busca de conhecimento de Deus, é considerado louco. O louco despreza a sabedoria, mas a sabedoria aqui não deve ser entendida como conhecimento e inteligência, há muitos homens inteligentes, que tem grande conhecimento sobre vastas coisas e mesmo assim são loucos (I Co 1.25; 3.19) Os loucos são aqueles que rejeitam as orientações e conselhos divinos para a vida, escolhendo trilhar um caminho de impiedade. O louco, no sentido usado em Provérbios, não é meramente um sujeito simplório. “Os loucos zombam do pecado” (Pv 14.9). O louco é espiritualmente rebelde, indiferente aos conselhos divinos e que rejeita o temor do Senhor. Jesus retratou esse tipo de pessoa quando chamou de louco o homem que não observava os seus ensinos (Mt 7.26-27).
Buscar conhecer a Deus é buscar a sabedoria, pois aquele que conhece a Deus e a sua palavra, possui as ferramentas necessárias para uma vida santa. E para viver uma vida santa é preciso: 

  1. O relacionamento correto com Deus — o temor do Senhor; 
  2. O discipulado contínuo — o princípio da ciência (sabedoria); e 
  3. O respeito pelas orientações divinas — somente loucos desprezam a sabedoria e a instrução. Precisa haver a iniciação da nossa caminhada com Deus, a continuação da comunhão redentora e a aplicação dos nossos corações à disciplina da instrução divina.
Que possamos buscar então conhecer a Deus e a sua palavra para que vivamos uma vida santa e, possamos ser cheios do conhecimento de Deus. (Pv 2.5)

quarta-feira, 30 de julho de 2014

A síndrome do Jovem Rico.

"E, pondo-se a caminho, correu para ele um homem, o qual se ajoelhou diante dele, e lhe perguntou: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?
E Jesus lhe disse: Por que me chamas bom? Ninguém há bom senão um, que é Deus.
Tu sabes os mandamentos: Não adulterarás; não matarás; não furtarás; não dirás falso testemunho; não defraudarás alguém; honra a teu pai e a tua mãe.
Ele, porém, respondendo, lhe disse: Mestre, tudo isso guardei desde a minha mocidade.
E Jesus, olhando para ele, o amou e lhe disse: Falta-te uma coisa: vai, vende tudo quanto tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, toma a cruz, e segue-me.
Mas ele, pesaroso desta palavra, retirou-se triste; porque possuía muitas propriedades
."
Marcos 10:17-22

Uma oportunidade única, perdida por causa do amor a uma coisa que ele julgava ser mais importante que seguir a Cristo.
As vezes fico pensando se o Senhor Jesus fizesse algo semelhante conosco hoje, qual seria a nossa resposta? Fico tentando imaginar o que podemos ter de tão importante a ponto de negligenciarmos o chamado do mestre. Fico vendo como as vezes muitos de nós temos idolatrado coisas que nem imaginamos, mas que a colocamos a frente até das coisas do Reino de Deus.
Se Jesus lhe pedisse que você deixasse seu conforto, sua vida tranquila para ir anunciar o seu nome em um país com problemas? Se Jesus lhe pedisse que você fizesse um trabalho voluntário com dependentes químicos ou pessoas no mundo do crime?
Tudo bem que essas podem ser coisas extremas, algumas pessoas podem receber de Deus um chamado desse, embora somos todos convidados a anunciar o evangelho seja onde for, mas nem sempre Deus exige sacrifícios grandes demais que não possamos cumprir.
Mas, o que fico a ver é que não precisa de um pedido extremo como esse, nem sempre é necessário largar tudo, família, emprego, relacionamentos, as vezes Deus quer que reneguemos pequenas coisas que as vezes sem perceber idolatramos.
Fico pensando se Deus pedisse a uma jovem largar o seu namorado porque não é agrado do Senhor, ou que um jovem evite ficar tanto tempo jogando para ficar mais tempo orando. Poderia ainda citar diversas coisas que em muitos casos nós idolatramos sem nos dar conta de estarmos fazendo isso. Podemos idolatrar nossos dons, adorando os elogios que recebemos por cantarmos bem ou sermos bons pregadores. Há ainda quem idolatre sua beleza, pois a cada vez que posta uma foto fica ansioso pelos comentários e curtidas que irá receber, coisas que só servirão para alimentar o seu ego.
Há ainda quem idolatre sua posição social, que idolatra quem muito tem enquanto e menospreza quem nada possui. Pessoas que idolatram até o cabelo que tem, não podendo nem tocar, passando horas e horas cuidando dele, outros o seu corpo, sempre malhando, comendo regradamente, se tivessem o mesmo cuidado em seguir a Deus seriam muito melhores.
Nessa passagem do jovem rico, a palavra de Deus nos diz que Jesus amou aquele jovem, porque realmente ele seguia os mandamentos como ele havia dito, mas, em Mateus 19:21, que retrata da mesma passagem, Jesus diz aquele jovem: "Se queres ser perfeito, vai, vende tudo que tens e dá-o aos pobres". Aquele jovem tinha a possibilidade de alcança a perfeição se cumprisse o que Jesus havia lhe recomendado.
O que nos falta as vezes para alcançarmos aquilo que tanto desejamos poder ser apenas uma coisa só, mas uma coisa que enquanto não for tirada irá nos bloquear de alcançarmos aquilo de melhor que Deus tem para nos da. Devemos orar a Deus e pedir que ele nos mostre o que temos idolatrado, o que tem impedido de sermos servos melhores e fiéis. Talvez isso nem seja necessário porque você já sabe dentro do seu coração o que precisa ser mudado, o que tem que ser deixado, para enfim, viver uma vida completa com Cristo.
Agora a grande questão é, você está disposto a deixar o que te prende, larga o que te aprisiona, mesmo que seja algo que você goste ou ame tanto para estar mais perto de Cristo? Sei que se eu perguntasse isso para você com certeza você diria sim, mas, muito mais importante que dizer é fazer, se você quer mostrar para Deus que deseja mais dele e menos do seu eu, demonstre isso fazendo, porque ao fazer, você irá ver o Deus fará por você. Aquele jovem rico perdeu uma grande oportunidade, não perca você a sua também.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Frases.

O arrependimento verdadeiro não é aquele que nos causa constrangimento, mas aquele que provoca mudança.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Conselhos diários de Deus.

Tudo o que o Senhor quis, fez, nos céus e na terra, nos mares e em todos os abismos. Salmos 135:6

Se Deus, faz tudo que lhe apraz e nada pode resistir a sua ordem e a sua vontade, será que Ele não poderia fazer aquilo que você julga impossível? O impossível é uma questão de perspectiva. Se olharmos com os nossos olhos só veremos o impossível, mas se olharmos sob a ótica divina, saberemos que é apenas questão de tempo, do tempo de Deus.

Bom dia.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Esboço de estudo bíblico Sete passos de vitória. 2º passo: Clamor.

Há uma pequena diferença entre clamor e oração, embora ambas sejam muito semelhantes. Contudo, o clamor se caracteriza pela urgência da causa, onde se torna eminente a sua resolução. Por isso após orar e quando se chega no limite da situação é necessário levantar um clamor em busca de uma solução urgente e pronta.

a)A oração é o primeiro passo, mas sem perseverança la é inútil. Lc 18:1-7
E chega momentos de nossa vida que precisamos de uma resposta urgente, pois a luta e a prova são tão grandes que estamos quase a sucumbir. Então clamamos a Deus e Ele intervêm a nosso favor.

b)Quando devemos clamar a Deus?
>Na angústia (Sl 50:15; 102:2; 4:1; 106:44; 107:13,28
>Quando em uma batalha espiritual Sl 56:9; ISm 7:8
>Quando se está só Sl 72:12
>Precisando de um milagre Mc10:47
>Quando diante da morte. Lc 8:41

c)O clamor regado pelas lágrimas movem a mão de Deus.
Lm 3:56; Sl 5:2, 126:5, 56:9-8, Is 38:1,5, Jr31:16

Quando mais desesperado se está, mais devemos clamar a Deus, o clamor vindo do fundo da alma pode mudar situações extremamente difíceis. Somente um clamo de um coração sincero consegue reverter uma situação impossível. Então, quando estiver diante do fim, clame a Deus, ele pode te livrar do mal.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Esboço de estudo bíblico Sete passos de vitória. 1º passo: Oração.

a) Oração a comunicação do crente com Deus. A oração na bíblia é vista como:
>Invocar a Deus Sl 17:6
>Invocar o nome do Senhor Gn 4:26
>Clamar ao Senhor Sl 3:4
>Buscar ao Senhor Is 55:6
>Chegar perto de Deus Hb 10:22

b) A oração é o primeiro passo para alcançar algo de Deus.
>Gn 25:21
>I Sm 1:,10 e 12
>II Rs 20: 1 - 5

c) A oração eficaz é aquela que é feita com um coração puro e quebrantado diante de Deus.
>Sl 51:17
>Mc 1: 25 e 26
>Lc 18: 9 a 17
->Por isso ao orarmos à Deus, a primeira coisa a se fazer é lhe suplicar o seu perdão = Sl 51:1 - 10; 19:12
*Muitas orações não são respondidas devido haver mágoas, ressentimentos, dureza no coração Mt 5:23 e 24.

d) Depois de termos lavado o nosso coração, devemos ter fé em nossas oração!
Mc 11:24; Mc 9:23
>Não podemos chegar diante de Deus sem fé. Hb10:22; Tg1:6; 5:15

e) Mas nem sempre o que pedimos com fé vai se realizar, pois devemos nos preocupar em pedir aquilo que for segundo a vontade de Deus.
>I Jo 5:14; Mt 6:10
->Até Jesus orou para que fosse feita a vontade de Deus. Mt 26:42

f)Por fim, para que a oração seja plenamente eficaz, devemos estar dentro da vontade de Deus.
>Para isso devemos buscar a Deus e a sua justiça. Mt 6:33
>Guardar os seus mandamentos I Jo 3:22
>Pois aquele que atende ao pecado, não alcançará a graça de Deus. Sl 66:18.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Capítulo 02. Não chores: O recomeço da história da viúva de Naim.

Lucas 7:11-17

Uma mulher, casada mãe de um filho, segue feliz com sua família, com seu marido que trabalha e ensina seu filho um ofício. Tem casa, comida, e apesar das dificuldades ela não tem do que reclamar, vive com dureza, dificuldade, mas tem ao seu lado seu esposo e seu filho, seu único filho, sendo esse a alegria do lar.

A vida segue difícil em Naim, o jugo da servidão pesa sobre os ombros, os romanos agem de forma arbitrária, cobram impostos pesados, mas, ela segue sua vida, seu marido trabalhador se esforça para dar uma vida melhor não só a ela, como ao pequeno filho.
O menino vai crescendo e junto com o pai vai aprendendo a sua profissão. Ele é pequeno é verdade, mas ajuda muito o seu pai nos afazeres. E como a vida é dura, toda ajuda é bem vinda, por isso, mesmo ainda novo, seu filho já está com o pai trabalhando, ajudando no sustento do lar.
E os anos vão se passando, o menino vai crescendo, o pai envelhecendo e ele, aquele que antes era o menino, se torna agora o grande responsável pelo sustento do lar. Sua força, seu vigor que já falta em seu pai, é o sustentáculo da sobrevivência de todos. Ele que outrora era um menino que ela carregava em seus braços, hoje é carregada por ele, pois dele vêm a força que tem garantido nesses tempos difíceis o alimento dentro do lar.
Passa-se mais alguns anos, a saúde do marido já não é mais a mesma, vai se deteriorando a cada dia. O esforço do trabalho pesado vai consumindo sua força, já não é mais o homem forte de antes, agora trabalha devagar, lento, a passos vagarosos em um serviço que exigia força. A força de seu marido se esvai e o filho é o que provê todo o sustento da casa. Seu marido acaba ficando doente, sua saúde cada vez mais debilitada e frágil. Tenta-se de tudo, mas a dificuldade financeira impede de poder buscar uma ajuda melhor. São oferecidos sacrifícios a Deus, busca-se uma cura desesperadamente. O marido melhora durante algum tempo, pensa-se que o pior já passou, mas um dia a doença volta de forma violenta e em pouco tempo ceifa a vida de seu marido, seu companheiro fiel de longa data. Contudo não está só, ela tem seu filho, e ele agora é tudo o que ela possui, seu filho é sua companhia, seu sustento sua única alegria.
A vida continua difícil, agora sem seu marido, seu filho tem que trabalhar ainda mais, se esforçar ainda mais para buscar a provisão para o lar. Ela, viúva, faz o que pode, ajuda como pode, mas sabe que depende totalmente de seu filho, ainda bem que o tem, pois sem ele não saberia como sobreviver.

Mas os dias se passam, e o resultado do esforço do filho começa a aparecer. Seu corpo apresenta alguns sinais de fraqueza. Ele acha que é só cansaço, mas ela vê algo a mais. Atenta começa a perceber que o filho já não tem a mesma força, a mesma disposição. Pede para que ele diminua o ritmo de trabalho, ele diz que não pode, tem que trabalhar para conseguir o sustento, são dias difíceis e se ele não for, colocarão outro no seu lugar, por isso ele precisa continuar. Até que um dia ele tenta, contudo não consegue se erguer. Suas pernas não o obedecem, seus olhos estão turvos, não consegue se levantar, pois lhe falta força. Sua respiração se torna pesada, difícil, comer se torna um sacrifício. Ela ali, na beira da cama tenta ajudar seu filho. Seus parentes tentam ajudar, mas todos muitos pobres como ela pouco podem fazer. Alguns ajudam com o alimento, um pouco daqui, um pouco dali, mas mesmo assim é insuficiente para suprir as necessidades. O filho piora e ela teme pelo pior, teme por ficar só, sem auxílio, sem sustento, sem ajuda, sem companhia e sem alegria.
Ela sente a vida do filho esvair-se, fica a maior parte do tempo ao seu lado. Dá-lhe o auxílio que ele tanto deu trabalhando para o seu sustento. Um jovem ainda, nem pode realizar o sonho de casar-se. Ela nunca verá seus netos, uma família numerosa e abençoada. Agora ali a beira da cama vê o seu único bem perecer, jazendo numa cama esperando ser recolhido pelo criador. E este ela interpela. “Ó Senhor de Israel, nosso Juiz (Salmos 68:5) socorro nosso em tempo de angústia (Sal 46:1) tu és o meu auxílio, o meu ajudador (Sal 54:4; 146:9) tem misericórdia de tua serva, e livra o meu filho da morte”.

Ali, diante do filho moribundo, ela ouve os últimos batimentos de seu coração. A família sabe que a derradeira hora está chegando e não há nada que se possa fazer. O filho ainda jovem, que era o sustento e alegria daquela mulher agora estava caminhando para a eternidade. Aquela viúva, pobre mulher perderia seu sustento, sua alegria, sua descendência, perderia seu último bem. O nome de seu marido sumiria da terra, pois já não havia remidor para ela, e mesmo que houvesse, ela já é de idade avançada não poderia gerar outro filho. Estava entregue agora a benevolência de seus parentes, teria que até mendigar para conseguir o pão. Sozinha, esquecida, desamparada, atormentada ela se sentia. Agora está ali, com o filho agora morto em seus braços, chorava, não havia mais o que fazer, morreu-se a esperança, acabou a história de sua família. Então restava preparar o féretro, embalsamá-lo, chorar a dor de sua perda, uma perda que não teria como ser suprida. Juntamente com outras mulheres da aldeia ela pranteava, era o fim da alegria e o começo do seu sofrimento. 
Corpo preparado, cortejo fúnebre que se segue para fora da cidade onde enterraria seu filho. Uma grande multidão segue o cortejo muitos que ali caminham a conhecem, conheciam seu marido e o seu filho, sabem que sua sorte agora não será a das melhores, pois estava agora sozinha, quem a ajudaria? Uma pobre mulher, que agora na sua velhice teria que enfrentar a dura realidade de viver só.
Na porta da cidade o caixão é levado e a multidão seguindo atrás, até que levantando os olhos se vê outra multidão que vem adentrando na cidade. A frente um homem caminha ladeado por outros doze. Seus passos são suaves e tranquilos, ela o vê ao longe, sua vista embaçada pela velhice e pelo choro não permite que ela enxergue bem. Duas multidões, uma trazendo a tristeza, a dor, o sofrimento e a outra trazendo a paz, a alegria e a esperança. Duas multidões frente a frente. Uma vinha à frente com a morte a outra vinha à frente com a vida, uma a dor e a outra a alegria, o fim e na outra o novo começo. Ali, uma multidão defronte da outra um homem manda que se pare o cortejo. Mas quem é ele? Porque deu ordem para que parassem a minha dor que caminha para o túmulo. Quem é este homem que vem a frente desta multidão e olha agora para o meu filho morto, deixe-me ir em frente e morrer junto com meu filho, deixe que eu enterre a minha esperança o meu sustento a minha alegria, deixe-me morrer!

Mas aquele homem olha para aquele jovem desconhecido com olhar de ternura, pode-se ver seus olhos embaçados pelas lágrimas, elas não descem, ele observa. Então ele me olha. Quanta compaixão, quando ternura, sem dizer nenhuma palavra eu sinto que ele sente a minha dor, que ele sabe e entende o meu sofrimento. Ele me olha e eu sinto em um pequeno momento uma paz, uma tranquilidade. Quem é este homem que está ali, diante de uma multidão olhando para mim com olhar de amor?
Meus olhos embaçados pelas lágrimas que correm pelo meu rosto podem o ver, amparada estou, seguro em braços que me sustentam e ele me olha, nenhuma palavra sai de sua boca. Ele me olha e sinto paz, e ele me diz – Não chores. (Lucas 7:13) Pode parecer loucura dizer para uma mãe que acabou de perder seu filho, seu sustento, sua alegria, seu bem maior que não chore. Pode parecer estranho alguém olhar para você e dizer não chore pela morte de seu filho, mas, eu paro de chorar, porque ele disse para mim não chores. Não com uma palavra vazia sem sentido, eu sinto algo que vem dele que não posso explicar. Não choro, limpo meus olhos, posso então ver melhor. Um homem simples, que não tem pompa, nem apresenta grande glória, nem riqueza, nem status ou poder desta terra, mais ele tem paz, ele tem o olhar que entra no meu ser e muda meu espírito.

Ali parado duas multidões, uma defronte a outra, a dor e a alegria, o choro e o cântico. Diante uma da outra estão, cada um trazendo a sua frente um personagem, que ali lado a lado (ele toca o caixão) ele diz. – “Jovem, a ti te digo: Levanta-te”. (Lucas 7:14)
Minha alegria estava morta, meu sustento havia se ido, esperaria com dor os meus últimos dias, viveria na amargura de espírito o resto da minha vida, lutaria pelo sustento, choraria pela ausência e solidão, mas, ele parou diante de mim e disse, não chores. O que aconteceu? Pode perguntar a você. Eu não sei, nunca entendi como ele pôde isso fazer, mas o que sei é que hoje tenho alegria, tenho sustento, tenho família, meu filho está ao redor de minha mesa, e com ele seus filhos e com sua esposa me assento também. Comemos, damos graças, nos alimentamos e sorrimos meus últimos dias não são de tristeza, sorrio novamente, vivo novamente, isso porque ele um dia parou diante de mim e disse, não chores. O nome dele, Jesus, meu salvador, graças a ele hoje sou feliz, graças a Ele hoje eu não choro mais.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Capítulo 01. A experiência da dor: A mulher Sunamita.

Texto: II Rs 4-8 a 37

Muito já se foi falado e pregado sobre a mulher sunamita. Há canções, ilustrações e tantas outras formas de contar essa história fascinante. Uma mulher, de coração nobre, que se move dentro de si em ajudar o homem de Deus. Constrói um quartinho para que ele pudesse repousar em sua passagem pela cidade, mobília o quarto para ele e oferece sem custo algum. 

Contudo, não quero tratar aqui sobre esse sentimento em querer ajudar ou tampouco sobre seu casamento com um homem de idade avançada, da falta de um herdeiro e da promessa de Eliseu do nascimento de um filho, não quero falar sobre isso. Como eu já destaquei acima, muito já se foi falado, pregado, cantado sobre isso e creio ser do conhecimento de muitos a história. O que eu quero tratar nessas linhas é sobre a sua experiência da perda, da morte de seu filho.
Uma mulher que obtêm algo que talvez nem mais achasse ser possível acontecer que era o nascimento de um filho. Isto porque o que entendemos na bíblia, é que seu marido já era de idade avançada e pressupomos que ela fosse ainda uma jovem mulher. Seu marido era rico,  evidenciado pela posse de terras e servos, e talvez isso explique o porque do casamento de um homem de idade avançada, mas rico, com uma jovem. Não que ela tivesse interesse nisso, mas possivelmente foi um casamento arranjado pelos seus pais, como era o costume antigo.

Mas, embora fosse casada com um homem de idade já avançada, provavelmente dentro si havia um desejo de gerar um filho, de poder ter em seus braços um fruto seu, o que seria considerado uma benção, pois os filhos eram vistos como sinal de benção de Deus. Havia nela um desejo grandioso, assim como todas as mulheres da época de ter seu filho, contudo, esse desejo se desvanecia devido a condição de seu marido, a idade avançada. 

Mas tudo que fizermos para o Senhor ou para um dos seus, sempre terá uma recompensa. A palavra de Deus nos declara em Mateus 10:42 "E aquele que der até mesmo um copo de água fresca a um destes pequeninos, na qualidade de discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá a sua recompensa"
Com isso, aquela mulher ao ajudar o homem de Deus, estava garantindo ali a sua vitória tão almejada, mesmo que ela o tenha ajudado sem esse objetivo. Mas quando fazemos algo para Deus de coração, o próprio Senhor se sente na obrigação de recompensar, isso porque ele é galardoador dos que o buscam, Hebreus 11:06.

Nos conta a palavra de Deus, que depois da criança ter nascido e já ter uma certa idade, ela, a criança, um dia estava no campo com o seu pai, quando lhe ocorreram fortes dores de cabeça. Imediatamente ela foi enviada à sua mãe que cuidou dela, mas seus esforços foram insuficientes e a criança veio a falecer.
É aqui que reside o ponto central da nossa história, pois uma mulher, que já não tinha mais esperança de ter um filho, recebe a promessa que iria gerar um, nasce a criança, cresce, e um dia fatídico essa criança veio a falecer. Duas coisas importantes nesse fato: A primeira era a morte prematura do seu filho, que ainda criança veio a falecer. Uma mãe que agora enfrentaria a dor de ter que enterrar seu filho, seu único filho, e só quem teve a experiência de perder um filho, ou ter um parente próximo que perdeu um filho é que sabe a dor angustiante que é uma mãe ter que enterrar seu próprio filho. Segunda coisa importante, era que com a morte do filho, morreu também a esperança de ter um herdeiro, pois o seu filho que agora estava morto já havia sido gerado na velhice de seu marido, obra de um milagre de Deus, e o seu milagre agora jazia morte na cama. 
Mas o mais surpreendente ainda está por vir. Diante da morte do menino a mãe ocultou isso de seu marido, de seus empregados, colocou o menino no quarto do homem de Deus e se aprontou para ir de encontro ao profeta.
Repare que mesmo com o coração dilacerado pela morte do filho, mesmo sabendo que talvez nunca mais ela teria outro filho, ela simplesmente não fica em casa prostrada, e ela teria todo direito a isso, visto que tinha acabado de perder o seu filho. Ela poderia ter se lamentado, chorado, ir falar com o marido para preparar o enterro, mas ela simplesmente se apronta, pede ao marido uma montaria e vai de encontro ao homem de Deus.

É natural que nós ao enfrentarmos uma situação difícil a primeira coisa que nos ocorre é nos prostrar, parar diante da situação difícil. É normal do ser humano ao se deparar com uma situação dolorosa parar, desistir, e em alguns casos até mesmo voltar atrás. Pois a dor é tão grande o sofrimento tão angustiante, que nos falta forças para nos levantarmos e seguirmos em frente.
Quando se perder alguém importante, um familiar ou uma pessoa próxima, é natural ter o período de luto, onde a pessoa se fecha, sente e sofre a dor. Mas aquela mulher não poderia ficar prostrada, seu filho estava morto e era necessário fazer alguma coisa. E se tinha uma coisa a ser feita, era falar com o homem de Deus, pois se ele havia prometido a criança, e a criança nascera, ele poderia também quem sabe fazer a criança tornar a vida.

O homem de Deus aqui simboliza o próprio Deus, ele é a representação de Deus na terra. Quando estamos diante da dor, do sofrimento o que devemos fazer é ir à Deus. Antes de irmos à alguém, devemos buscar a Deus, Ele e somente Ele poderá entender a nossa dor, somente Ele pode dar o refrigério para o sofrimento da alma. E foi isso que a mulher sunamita foi fazer. Ela foi até o homem de Deus lançar sua mágoa, seu sofrimento, foi até diante do profeta chorar aos seus pés, e não há uma lágrima vertida diante dos pés de Deus que não seja colhida por ele!

Ali diante do homem de Deus ela lançou seu sofrimento, sua dor, sua angústia, ela foi até o homem de Deus desabafar, ela conteve o seu choro quando viu o filho nos próprios braços morrer, ela havia ocultado a sua dor diante de seu marido e diante de todos, ela estava guardando dentro de si uma dor tão grande que ao chegar diante do profeta ela se lança aos pés e chora. Uma mulher que já havia aceitado viver sem um filho, já estava resignada a aceitar uma vida sem uma criança dentro do lar, recebe uma promessa do homem de Deus, que havia lhe dito ela teria uma criança, o que de fato aconteceu, mas ele não havia mencionado que a criança morreria. Qual a dor maior, não ter tido um filho, ou ter tido um filho e vê-lo morrer?

Então ali ela foi lançar sua mágoa, sua angústia, de que como seria melhor não ter tido filho, pois assim ela nunca conheceria a dor de tê-lo e depois perde-lo. "Chegando ela ao monte, à presença do homem de Deus, apegou-se-lhe aos pés. Chegou-se Geazi para a retirar, porém, o homem de Deus lhe disse: Deixa-a, porque a sua alma está em amargura, e o Senhor mo encobriu, e não mo manifestou.
Então disse ela: Pedi eu a meu senhor algum filho? Não disse eu: Não me enganes?" 2 Reis 4:27-28

Uma mulher em amargura, uma alma machucada e um coração ferido, ali agarrada aos pés do homem de Deus ela chora, e lançou sobre ele a culpa da perda do filho. Mas nenhuma promessa de Deus, mesmo que tenha morrido, permanece sem se cumprir. "Porque há esperança para a árvore, que, se for cortada, ainda torne a brotar, e que não cessem os seus renovos. Ainda que envelheça a sua raiz na terra, e morra o seu tronco no pó, contudo ao cheiro das águas brotará, e lançará ramos como uma planta nova". Jó 14:7-9
Ela não havia pedido um filho, estava feliz em poder ajudar o homem de Deus, e essa ajuda fora oferecida sem querer nada em troca. Mas Deus nunca despede de mãos vazias aquele que de coração o serve. A promessa tinha sido feita, tinha sido cumprida, e Ele não a deixaria morrer. Duas coisas a mulher fez corretamente, a primeira foi ajudar o homem de Deus, e a segunda, foi busca-lo quando o problema apareceu. Nada e ninguém poderia ajuda-la naquele momento a não ser aquele quem tinha feito a promessa, nada e ninguém poderia entender a dor da sua alma pela morte de seu filho.
Ela estava machucada, ela sofria por dentro, mas mesmo assim ela se levantou e foi ao homem de Deus. A sua dor, o seu sofrimento não pode te incapacitar de buscar a Deus, pois somente Ele pode solucionar o seu problema, somente Ele pode dar cabo ao seu sofrimento. A mulher sunamita agiu dessa forma, que possa agir em parte como ela também, que nos levantemos, que nos ergamos da nossa dor e sofrimento e sigamos em busca de Deus. E quando durante o caminho alguém perguntar que possamos dizer: vai tudo bem! Isso porque fiel é aquele que fez a promessa.Hebreus 10:23

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Quando morre a esperança.

Introdução:

A história do mundo e de nossas vidas, são marcadas por cenas de dor e sofrimento, é impossível passar uma vida inteira sem por algum momento enfrentar um momento de angústia, de dor e de lágrimas. Por mais que o homem ou a mulher possam ter dinheiro, saúde perfeita, uma família unida e feliz, em algum aspecto da sua vida ele irá enfrentar o sofrimento. A adversidade faz parte da vida. 
Mas o que nos faz continuar é a certeza de que o amanhã é um novo dia e com a esperança renovada seguimos em frente, transpomos mais um obstáculo e assim continuamos a viver. Talvez nunca iremos esquecer as marcas que alguns sofrimentos imprimiram em nossas vidas, mas essas marcas, essas dores passadas não conseguirão nos impedir de viver.
O problema é quando essa dor continua presente, fazendo que a cada dia seja um dia de dor e sofrimento. Com isso nos deparamos com uma situação difícil, que é a continuidade da dor, a continuidade do sofrer, que parece renascer com o novo dia que surge.
O que fazer então diante dessa situação? Como encontrar forças pra continuar? Como encontrar motivos para seguir em frente e viver uma vida nova depois de tanta dor e sofrimento?

Milhares de pessoas tem enfrentado isso dia após dia, dor seguida de dor, lamento seguido de lamento. Uma mãe que perdeu seu filho, e a cada dia da sua vida rememora essa dor angustiante. Um canceroso que vive a base de remédios, lutando contra a morte para obter mais alguns dias de vida. Uma pessoa pobre, que acorda pela manhã e sabe que terá um longo dia em busca de comida e de seu sustento.
Pessoas que perderam a esperança de uma vida melhor, onde o futuro é dor e sofrimento, angústia e solidão. Como mudar esse quadro que parece imutável? Como continuar a crer na felicidade quando se está em meio ao mar na noite escura sendo açoitado pelas ondas do mar vendo angustiosamente a morte se aproximar.

Não quero tratar nestes textos que se seguirão, acerca do sofrimento, da dor, mas quero falar sobre algo que nos faz suplantar a dor e o sofrimento presente e nos ajuda a caminhar. Quero falar sobre esperança!
Pois como diz o ditado: "A esperança é a última que morre". Mas então eu pergunto: E quando morre a esperança, o que fazer?
A vida de muitos servos sinceros de Deus estão assim, um funeral onde jaz no túmulo a esperança, ficam ali diante do féretro lamentando e chorando, pois no túmulo está a única coisa que o fazia seguir em frente, a esperança de mudança, de dias melhores.
Há esperança para quem perde a esperança? É como se perguntasse, há vida para quem acabou de morrer? 
Sim! Ainda há esperança quando a esperança se vai! 
E é sobre isso que estes textos irá se propor a mostrar, que mesmo com a esperança morta, há uma chance da vida mudar.
Se você quer ter a sua vida mudada, transformada e enfim pode seguir em frente, continue comigo. Iremos aprender através da palavra de Deus, que mesmo quando a situação está tão ruim, ainda há uma chance das coisas mudarem, das coisas boas acontecerem. 

Esses textos é justamente para quem perdeu a esperança, e se você perdeu custa nada você ler, e se você ainda possui um pouco de esperança, leia também, pois terá sua esperança renovada.
Embora o ditado diga que a esperança é a última que morre, ou seja, que a esperança também morre, essa, a esperança, de fato só morre quando nós morremos, pois como diz outro ditado: "Enquanto a vida, há esperança". Você ainda está vivo, então ainda há esperança.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Caverna: De refúgio a solidão. Parte 01

Gostaria de compartilhar com vocês uma mensagem ministrada no dia 27 de Outubro na A.D.Araticum em um culto de juventude. A mensagem tinha por título A caverna, e tem como referência o texto de I SM 22:1-3.

"Então Davi se retirou dali, e escapou para a caverna de Adulão; e ouviram-no seus irmãos e toda a casa de seu pai, e desceram ali para ter com ele.
E ajuntou-se a ele todo o homem que se achava em aperto, e todo o homem endividado, e todo o homem de espírito desgostoso, e ele se fez capitão deles; e eram com ele uns quatrocentos homens.
E foi Davi dali a Mizpá dos moabitas, e disse ao rei dos moabitas: Deixa estar meu pai e minha mãe convosco, até que saiba o que Deus há de fazer de mim". 1 Samuel 22:1-3
Depois de uma perseguição ferrenha de Saul, que procurava tirar a sua vida por inveja e ciúmes Davi se esconde na caverna de Adulão, fugindo da fúria destruidora do Rei. Sabendo alguns homens que Davi estava escondido ali fora até lá afim de se reunirem a Davi e forma seu pequeno exército. Dentre os homens estavam seus familiares, que já não tinham segurança, pois Saul os poderia matar ou aprisioná-los, e alguns homens que a bíblia classifica como, homens que se achavam em aperto, endividado e todo homem de espírito desgostoso.
Ora vejamos, que exército era esse. Com certeza nenhum general ficaria muito feliz em ter sob seu comando homens que estava ali simplesmente porque já não tinha perspectiva de vida. Homens que estavam fugindo das dívidas, de serem levados como serviçais, isto porque em Levítico 25:39-43 aquele que empobrecesse e não tivesse como pagar a sua dívida com alguém, deveria servi-lo até o ano da remissão, ou seja, durante seis anos deveria servi-lo. Além disso havia também homens que se encontravam com o espírito desgostoso. 

Podemos supor entre esses homens várias situações. Homens que talvez haviam perdido a família, a morte de uma esposa, dos filhos, ou até mesmo um abandono. Homens que já não tinha mais o porque viver, e entre morrer com Davi em uma luta que poderia levar ao trono ou viver na forma que estavam vivendo, escolheram se juntar a Davi, isto porque se fossem vitoriosos, fariam parte do exército do Rei.
Homens desprezados pela sociedade, homens que a única esperança era a vida de guerra, de se juntar a um fugitivo do Rei e ajuda-lo, quem sabe, a torná-lo Rei.
Todos esses homens que estavam nessa situação foram até a caverna e ali encontraram um propósito para suas vidas. Vidas essas que já não tinham mais o porque viver, mas encontraram ali naquela caverna uma chance de mudar a sua história.
A caverna é muitas vezes associada a lugar de solidão, de angústia, de fim da linha, mas para esses homens desprezados, homens abandonados pela sorte, enfrentando todo tipo de problema, foi na caverna que eles encontraram uma chance de mudar.
Nem sempre quando estamos na caverna quer dizer o fim da linha, nem sempre a caverna é sinal de derrota, as vezes quando já não temos para onde ir, Deus nos levar à caverna, e é lá na caverna que nossa história muda, a caverna é o lugar para os desesperados, a caverna é o lugar para os angustiados, mas é na caverna que Deus começa a mudar a nossa história. Só desce a caverna quem vê que não é nada, só desce a caverna quem reconhece que chegou o fim da linha, e agora só Deus pode dar continuidade a sua história. Enquanto o homem se acha alguma coisa ele foge da caverna, mas quando ele reconhece que não é nada e desce a caverna em procura de algo que possa mudar a sua vida, é aí que Deus começa a escrever uma nova história. E o ponto de partida dessa nova história começa onde o homem pôs um ponto final, o início de uma nova história começa as vezes dentro de uma caverna.
Por isso a segunda coisa é que a caverna pode ser um lugar de refúgio. Isto encontramos em I RS 19:9 onde lemos.

Ele, porém, foi ao deserto, caminho de um dia, e foi sentar-se debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte, e disse: Já basta, ó SENHOR; toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais.
1 Reis 19:4
Depois de ter operado um milagre tão grandioso, Elias foi ao deserto afim de encontrar na morte a solução dos seus tormentos. Ficamos a imaginar, como um homem que orou e fez fogo do céu cair, e depois do povo ter matado os profetas de Baal e saírem glorificando dizendo que "Só o Senhor é Deus", como pode um homem depois de tal experiência desejar a morte devido a promessa de morte por parte de uma mulher?
Não posso afirma que Deus tenha permitido tal coisa para quebrantar o espírito de Elias, isto porque é fácil sermos tomados de um sentimento de grandeza depois de realizar um grande feito, é fácil nos sentirmos poderosos quando Deus através de nós realiza um grande milagre, contudo foi justamente depois de um grande milagre que Elias se sentiu o mais fraco dos homens.
Foi ali debaixo daquele pé de zimbro que Elias orou pedindo a sua morte. Sim um grande profeta também teve seus momentos de desespero, um grande profeta que realizou um milagre tão grandioso também teve seus momentos de depressão, de angústia chegando achar que a única solução para o seu problema era a morte!
Interessante é observar que Elias naquele momento de angústia extrema se recolhe a uma caverna no monte 
Horebe, é pra lá que depois de ser fortalecido pela comida divina que Elias caminha.
Elias não foi ao templo, Elias não foi a sua casa, mas Elias foi para a caverna.
Podemos destacar que a caverna também pode ser um lugar de refúgio, um lugar onde nos encontramos quando estamos com problema, é lá na caverna que ficamos prostrados, esperando vir do Senhor algo que possa nos tirar de lá.
Enquanto muitos quando estão e situação difícil tenta de todas as formas resolver o seus problemas, as vezes tudo que temos que fazer é correr para a caverna e esperar Deus falar conosco o que devemos fazer.
E foi justamente isso que aconteceu, foi quando estava na caverna que Elias foi chamado por Deus.
E ali entrou numa caverna e passou ali a noite; e eis que a palavra do SENHOR veio a ele, e lhe disse: Que fazes aqui Elias
1 Reis 19:9
Foi na caverna que Deus falou com Elias, foi na caverna que Elias encontrou o descanso da sua tribulação, a caverna pode ser sim um lugar de refúgio, um lugar onde você não foge dos seus problemas, mas é lá que Deus o ajuda a resolve-los. A caverna pode ser um lugar onde você vai enquanto está triste, cabisbaixo, arrasado, angustiado, e tantas outras coisas mais, mas também é na caverna onde você na reconhece sua condição de homem, pequeno e falho e aí sim encontra com Deus.
Somente quando reconhecemos que não somos nada, que de nós mesmos não podemos resolver os problemas é que Deus entra em ação e resolve a nossa questão. Caverna, lugar de reconhecimento da condição humana, de falhos, de pecadores, mas acima de tudo, caverna lugar onde Deus se manisfesta e fala conosco.

continua...

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