Translate

domingo, 20 de julho de 2014

Sendo um bom amigo.

Amigo, amizade, são palavras tão usuais que em muitos momentos classificamos pessoas que simplesmente conhecemos como amigos. Mas, quando perguntamos a alguém quem ela realmente considera amigo, talvez ela pense com mais cuidado e liste um determinado número de pessoas. Se pedirmos então para que esta pessoa diga quem são os seus amigos que ela pode contar para todas as horas, essa lista talvez sofra mais algumas baixas, restando alguns nomes, na sua maioria de pessoas ligadas a sua família e algumas outras que ela tem algum vínculo já há algum tempo.
Amigos no dicionário ganha vários significados, depende se for substantivo, adjetivo ou os dois juntos, mas, a melhor definição de amigo feita pelo dicionário é: que inspira simpatia, amizade ou confiança. Acho que esta última palavra define um dos sentidos da amizade, confiança.
Amigo você pode compartilhar seus segredos e saber que mesmo quando vocês não estiverem bem ele não usará suas palavras contra você. Amigo é você poder contar mesmo que os outros não possam ou queiram te ajudar e mesmo que ele sofra algum dano ele sofrerá para poder ajudar você.
Há poemas, histórias, contos maravilhosos sobre a amizade e mesmo assim não diria tudo sobre amizade. São tantos casos de amizade verdadeiras, falsas amizades, pessoas que você achava que em determinada época era sua amiga e que hoje quando passa por você disfarça e finge que não te vê. Mas independente das suas experiências com a amizade, procure sempre ser um bom amigo. Um amigo que não fala do outro pelas costas, um amigo que diga um oi, só por dizer um oi, só pra saber como o outro está mesmo quando não tem nada para se falar. Procure ser um amigo que defenda o seu amigo mesmo quando ele não está por perto, que você seja um amigo verdadeiramente amigo. Que você valorize quem te valoriza como amigo, que te procura quando todos te esquecem, que tem você em suas orações, que você possa ser um amigo de Deus, pois Ele é o maior e melhor de todos os amigos e, para ser amigo de Deus basta apenas uma coisa: "Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando" João 15:14

O que eu faço, não sabes tu agora.

As vezes nós não conseguimos entender o porque as coisas nem sempre saem da forma que nós planejamos. Há também oração que fazemos com tanto fervor, que buscamos com tanto afinco e nem por isso recebemos uma resposta positiva. Ficamos sem entender porque Deus não nos deu aquilo que tanto pedimos, porque aquela pessoa que pensamos que seria para sempre foi embora. As vezes ficamos frustrados por pedir e não receber, por passar por situações dolorosas quando poderíamos passar por uma situação sem sofrer tanta dor. A nossa incompreensão de certas coisas nos fazem questionar a Deus, querendo entendo o porquê de passarmos por aquilo, a causa de tanto sofrimento e o sentido de viver uma experiência que queríamos evitar.
Todo mundo nessa vida viveu ou vive em uma situação análoga a esta, onde em um determinado momento da vida chegamos diante de Deus e perguntamos: porquê?
Certa vez Jesus estava reunido com os seus discípulos, estavam realizando a última ceia. Nesta última reunião com seus discípulos antes de sua morte, Jesus fez um ato com uma grande carga simbólica. Despiu-se de suas vestes, colocou as vestes de um servição, de um escravo e, munido de uma bacia de água e uma toalha, começou a lavar os pés dos discípulos (João 13:1-17). 
Esse serviço de lavar os pés das pessoas, era reservado ao mais baixo serviçal, o menor dentre todos os servos. Era visto como algo degradante e até humilhante, estar na condição de servo de lava-pés.
Os discípulos passaram os três anos e meio com Jesus lhe chamando de Rabi (Mestre) de Senhor, viram em diversos momentos a confirmação de que ele era o Cristo, o Messias, e talvez vendo Jesus naquela posição ficaram assustados, incompreensíveis diante do fato.
Pedro que talvez o mais ousado dentre os discípulos, fez objeção quanto a Jesus lhe lavar os pés, não aceitaria que o seu Mestre fizesse algo tão baixo. Foi aí que Jesus lhe deu a resposta: "Respondeu Jesus e disse-lhe: O que eu faço, não o sabes, agora, mas tu o saberás depois". (v.7)
A narrativa continua e depois o próprio Senhor Jesus lhes revela o por que daquele ato, qual a mensagem ele queria passar para os seus discípulos. A mensagem era de que, mesmo ele sendo senhor e mestre, ele se colocou como servo, para servir aos outros e assim como ele fez, deveríamos fazer também.
Mas o que mais me chamou a atenção nesta passagem, foi justamente a resposta de Jesus a Pedro, "O que eu faço, não o sabes, agora". 
Quantas situações na nossa vida enfrentamos sem entender o propósito divino? Quantas dores, lutas, sofrimentos acontecem sem que no momento a gente se dê conta do seu propósito? 
Quando olhamos retrospectivamente é que começamos a enxergar que as situações que enfrentamos nos fizeram pessoas melhores, nos ensinaram sobre as coisas e sobre as pessoas. Situações que no momento foram dolorosas, mas depois revelaram o seu verdadeiro sentido. Coisas que não deram certo e que você hoje enxerga se tivesse dado certo você estaria na verdade na pior!
A própria palavra de Deus nos declara em Isaías 55:8 "Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor". Por isso sentimos tanta dificuldade de entender o agir de Deus, pois, olhamos com os olhos carnais, buscando sempre a solução mais fácil, a saída mais perto para que obtenhamos logo o que desejamos. Enxergamos somente aquilo que se apresenta diante de nossos olhos quando Deus sonda e conhece o coração. (I Samuel 16:7)
Então diante dessa situação que você está enfrentando agora tenha certeza, que por mais que você não consiga compreender o porquê você estar enfrentando essa grande dificuldade, no futuro, depois que você alcançar a sua vitória, você vai compreender a necessidade de ter passado por isso.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Sou tudo isso mesmo?

Quem nunca viu ou conheceu alguém que corria atrás de outro alguém mesmo a pessoa estando nem aí para ela. Uma pessoa com tantas qualidades se rebaixando por outra que não merecia nem a metade da consideração que a pessoa da. Você talvez até aconselhou, tentou abrir os olhos da pessoa mas isso foi insuficiente para que ela se tocasse e largasse de vez algo que só lhe fazia mal.
O que será que faz a pessoa chegar a esse nível, a esse ponto? A maioria poderá dizer que isso é paixão, e a paixão ela é conhecida por ser irracional, por causar um certo tipo de cegueira a ponto de a pessoa não conseguir enxergar o óbvio.
Mas as vezes o que ocasiona isso é o fato de dar menos valor a si do que realmente tem. A pessoa se menospreza e acha que nunca terá algo melhor do que já possui ou que só mereça algo de qualidade inferior, isso porque ela não seria capaz de ser melhor do que é.
Mas independente de como você se sinta ou como você é uma coisa você pode ter certeza, você vale muito mais do que as pessoas acham de você. 
Primeiro porque somos filhos de Deus, chamados para sua obra, escolhidos como povo seu, só isso lhe da certeza de ser um privilegiado. Segundo que os que os outros dizem de você só pode ser dito com base naquilo que eles conhecem de você e nem sempre o que as pessoas conhecem sobre nós é a realidade. Pessoas olham o exterior, mas somente Deus sabe o que se passa no seu coração. Somente Deus sabe a força que você tem, e ninguém nesse mundo consegue entrar no fundo do seu coração e te conhecer por completo.
Outra coisa, geralmente, em algumas situações, nos damos o valor menor do que realmente temos. Nos menosprezamos, e nos desqualificamos achando que não merecemos certas coisas por sermos falhos, pecadores. Mas antes de reduzir-se, olhe para você mesmo e veja o que você já enfrentou, quantas lutas superou, e para você chegar onde você está teve que lutar muito.
E então antes de achar que você é menor que alguém ou que não merece algo melhor, pense em tudo que você conquistou com muita luta. Não é a sua beleza que te faz ser melhor ou pior que alguém. Não é a sua condição financeira que vai determinar se você vale mais ou menos. O mundo pode ver assim, mas não andamos pelo que nos vemos, andamos pelo que nos cremos, e sabemos que somos muitos mais do que realmente aparentamos ser, porque em Cristo Jesus somos mais que vencedores.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Sempre haverá pedras no caminho.

A caminhada da vida, a caminhada cristã é cheia de percalços. Há momentos de tranquilidade assim como também há momentos de dificuldade e tribulação, isso é natural da vida. Devemos entender que no nosso caminho sempre haverá pedra que dificultarão a caminhada. Algumas dessas pedras poderão ferir nossos pés, outras poderão bloquear nossa caminhada e diante de cada uma dela só uma coisa podemos fazer; seguir em frente.
Quero utilizar duas passagens bíblicas para evidenciar esse meu pensamento: A primeira se encontra no livro de I Samuel 14:4 onde podemos ler a seguinte passagem: "E entre os desfiladeiros pelos quais Jônatas procurava passar à guarnição dos filisteus, deste lado havia uma penha aguda, e do outro lado uma penha aguda; e era o nome de uma Bozez, e o nome da outra Sené".
Jõnatas queria passar a guarnição dos filisteus, pois ele sabia que com Deus ele poderia vencer a batalha contra o exército inimigo. Mas, diante dele estava o primeiro obstáculo, para se chegar ao acampamento dos filisteus era necessário subir por uma pedra aguda, de difícil escalada. Além de ter que enfrentar um exército inimigo, Jônatas ainda teria que escalar para chegar ao seu objetivo.Jônatas confiava que Deus poderia dar livramento contra os seus inimigos, mas Deus não o faria flutuar e subir a pedra sem dificuldade, Deus faria a parte Dele, mas Jônatas teria que fazer a sua!
Outro exemplo muito conhecido de pedras no nosso caminho é o caso da morte de Lázaro (João 11). Jesus chega a casa de Marta e Maria e já havia quatro dias que Lázaro havia morrido. Mesmo diante de tal circunstância Jesus pede para que a pedra seja removida da boca da cova. Contra todas as possibilidades Marta e Maria confiaram em Jesus, mas a ordem de se retirar a pedra só seria obedecida caso elas concordassem. Retirar a pedra era lembrar toda dor e sofrimento que foi a morte de Lázaro, a tristeza e decepção que foi ter chamado Jesus e ele ter chego "tarde" demais. Retirar a pedra seria desenterrar um passado que se queria esquecer, mas a libertação a vitória sobre a morte se seria alcançada depois desse momento de dor. Ninguém gosta de enfrentar momentos dolorosos, mas em muitas circunstâncias esses momentos são a ante-sala da vitória.
Então quando você se defrontar diante de alguma pedra no seu caminho lembre-se, que cabe a você supera-la, dar a volta, retirar do caminho, pois quando você fizer a sua parte, Deus estará pronto para fazer a Dele.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Desejo de vingança.

Acontece em alguns momentos da nossa vida sermos contrariados, feridos, seja com palavras ou com ações. Podemos passar por frustrações e decepções com as pessoas nessa vida e, geralmente quando passamos por uma situação dessa, logo nos vem a mente o desejo de vingança, pensamentos malignos que querem ver o outro pagar pelo sofrimento que nos causou.
A palavra de Deus nos diz que de tudo que se deve guardar, devemos guardar o nosso coração, porque é dele que procede as saídas da vida. Isso quer dizer que devemos procurar evitar que todo pensamento maligno entre em nossa mente, pois o pecado é como um pequeno vírus, que encontrando um lugar propício se instala, cresce e se multiplica e, quando nos damos conta, já é um grande tumor difícil de ser arrancado.
Por este motivo, quando um sentimento de vingança, de raiva, querer entrar em seu pensamento, repreenda em nome de Jesus, pois é de pequeno que o pecado devasta uma vida.

Arrependimentos eternos.

Geralmente cometemos muitos erros que nos causam arrependimentos. A maioria na verdade são erros que nos arrependemos mas não nos causam grandes danos, e assim em pouco tempo acabamos esquecendo-os e eles se tornam coisas do passado. Mas também há os arrependimentos eternos aqueles que mesmo quando nós nos arrependemos continuam nos causando dor e sofrimento, isso porque suas consequências continuam a nos perseguir. Um exemplo disso é a pessoa que comete um homicídio, as vezes a pessoa se arrepende do seu erro, mas terá que arcar com as consequências da sua ação. Poderá viver longos anos em prisão e mesmo depois de livre, poderá conviver com o sentimento de dor e sofrimento que causou.
Isso pode se tornar um fardo muito pesado de se levar, por isso o somos convidados a trocar o nosso fardo pelo fardo de Jesus, do qual ele diz que o seu jugo é suave e leve. 
Quando erramos devemos sim nos arrepender, e fazer de tudo para que isso não ocorra novamente, mas não devemos que o arrependimento gere um dor e uma culpa sem fim, se erramos um dia, nos resta aprender com os nossos erros e fazer de tudo para não mais comete-los, para que assim não fiquemos presos em jugos de arrependimentos mais pesados do que podemos suportar. 

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Um brinde a vida

É estranho viver em um mundo onde você tem o seu amigo na ponta do mouse mas se sinta tão só na frente do seu computador dentro de casa. Você conversa, sorrir, ver seus filmes, ouve suas músicas e isso tudo sentado em uma cadeira, ou deitado em uma cama na frente de uma tela. Vivemos sozinhos, distantes da realidade do mundo exterior, querendo na verdade sair e viver. Viver novas experiências, novos lugares, viver a vida diferente do que temos vivido.
São poucos aqueles que podem dizer que vivem exatamente o que desejam, que suas vidas são maravilhosas em todos os sentidos. Não digo aqui uma vida perfeita no sentido de se ter tudo que se deseja, pois a alma humana nunca se farta, sempre o que tiver, alguma coisa ainda faltará para ter.
Mas quero dizer viver uma vida plena naquilo que considero ser primordial para uma boa vida. Família, vida sentimental, amigos e emprego. Não precisa necessariamente todas essas áreas serem perfeitas, mas, se pelo menos elas não forem motivos de dor de cabeça, já serão motivo de alegria.
Mas a vida é assim, é impossível ser feliz em todos os momentos, a tristeza faz parte, ela nos ensina, nos amadurecem, formam a nossa personalidade.
Uma vida plena não é viver sempre em festas, rodeado de pessoas, vivendo uma aventura amorosa atrás da outra, não, uma vida plena é viver sorrindo, chorar, ter amigos, estar só, uma vida plena não deixa de fora nenhuma das sensações inerentes a própria vida, viver é sofrer, sorrir, chorar, viver e estar vivo é experimentar um pouco de tudo, sempre tendo acima de tudo esperança de viver mais dias felizes que dias tristes, isso que desejamos na vida, já que não da pra extinguir a dor, que ela seja a menor possível, que vivamos plenos de felicidade e amor.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Esboço de estudo bíblico Sete passos de vitória. 2º passo: Clamor.

Há uma pequena diferença entre clamor e oração, embora ambas sejam muito semelhantes. Contudo, o clamor se caracteriza pela urgência da causa, onde se torna eminente a sua resolução. Por isso após orar e quando se chega no limite da situação é necessário levantar um clamor em busca de uma solução urgente e pronta.

a)A oração é o primeiro passo, mas sem perseverança la é inútil. Lc 18:1-7
E chega momentos de nossa vida que precisamos de uma resposta urgente, pois a luta e a prova são tão grandes que estamos quase a sucumbir. Então clamamos a Deus e Ele intervêm a nosso favor.

b)Quando devemos clamar a Deus?
>Na angústia (Sl 50:15; 102:2; 4:1; 106:44; 107:13,28
>Quando em uma batalha espiritual Sl 56:9; ISm 7:8
>Quando se está só Sl 72:12
>Precisando de um milagre Mc10:47
>Quando diante da morte. Lc 8:41

c)O clamor regado pelas lágrimas movem a mão de Deus.
Lm 3:56; Sl 5:2, 126:5, 56:9-8, Is 38:1,5, Jr31:16

Quando mais desesperado se está, mais devemos clamar a Deus, o clamor vindo do fundo da alma pode mudar situações extremamente difíceis. Somente um clamo de um coração sincero consegue reverter uma situação impossível. Então, quando estiver diante do fim, clame a Deus, ele pode te livrar do mal.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Esboço de estudo bíblico Sete passos de vitória. 1º passo: Oração.

a) Oração a comunicação do crente com Deus. A oração na bíblia é vista como:
>Invocar a Deus Sl 17:6
>Invocar o nome do Senhor Gn 4:26
>Clamar ao Senhor Sl 3:4
>Buscar ao Senhor Is 55:6
>Chegar perto de Deus Hb 10:22

b) A oração é o primeiro passo para alcançar algo de Deus.
>Gn 25:21
>I Sm 1:,10 e 12
>II Rs 20: 1 - 5

c) A oração eficaz é aquela que é feita com um coração puro e quebrantado diante de Deus.
>Sl 51:17
>Mc 1: 25 e 26
>Lc 18: 9 a 17
->Por isso ao orarmos à Deus, a primeira coisa a se fazer é lhe suplicar o seu perdão = Sl 51:1 - 10; 19:12
*Muitas orações não são respondidas devido haver mágoas, ressentimentos, dureza no coração Mt 5:23 e 24.

d) Depois de termos lavado o nosso coração, devemos ter fé em nossas oração!
Mc 11:24; Mc 9:23
>Não podemos chegar diante de Deus sem fé. Hb10:22; Tg1:6; 5:15

e) Mas nem sempre o que pedimos com fé vai se realizar, pois devemos nos preocupar em pedir aquilo que for segundo a vontade de Deus.
>I Jo 5:14; Mt 6:10
->Até Jesus orou para que fosse feita a vontade de Deus. Mt 26:42

f)Por fim, para que a oração seja plenamente eficaz, devemos estar dentro da vontade de Deus.
>Para isso devemos buscar a Deus e a sua justiça. Mt 6:33
>Guardar os seus mandamentos I Jo 3:22
>Pois aquele que atende ao pecado, não alcançará a graça de Deus. Sl 66:18.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Capítulo 02. Não chores: O recomeço da história da viúva de Naim.

Lucas 7:11-17

Uma mulher, casada mãe de um filho, segue feliz com sua família, com seu marido que trabalha e ensina seu filho um ofício. Tem casa, comida, e apesar das dificuldades ela não tem do que reclamar, vive com dureza, dificuldade, mas tem ao seu lado seu esposo e seu filho, seu único filho, sendo esse a alegria do lar.

A vida segue difícil em Naim, o jugo da servidão pesa sobre os ombros, os romanos agem de forma arbitrária, cobram impostos pesados, mas, ela segue sua vida, seu marido trabalhador se esforça para dar uma vida melhor não só a ela, como ao pequeno filho.
O menino vai crescendo e junto com o pai vai aprendendo a sua profissão. Ele é pequeno é verdade, mas ajuda muito o seu pai nos afazeres. E como a vida é dura, toda ajuda é bem vinda, por isso, mesmo ainda novo, seu filho já está com o pai trabalhando, ajudando no sustento do lar.
E os anos vão se passando, o menino vai crescendo, o pai envelhecendo e ele, aquele que antes era o menino, se torna agora o grande responsável pelo sustento do lar. Sua força, seu vigor que já falta em seu pai, é o sustentáculo da sobrevivência de todos. Ele que outrora era um menino que ela carregava em seus braços, hoje é carregada por ele, pois dele vêm a força que tem garantido nesses tempos difíceis o alimento dentro do lar.
Passa-se mais alguns anos, a saúde do marido já não é mais a mesma, vai se deteriorando a cada dia. O esforço do trabalho pesado vai consumindo sua força, já não é mais o homem forte de antes, agora trabalha devagar, lento, a passos vagarosos em um serviço que exigia força. A força de seu marido se esvai e o filho é o que provê todo o sustento da casa. Seu marido acaba ficando doente, sua saúde cada vez mais debilitada e frágil. Tenta-se de tudo, mas a dificuldade financeira impede de poder buscar uma ajuda melhor. São oferecidos sacrifícios a Deus, busca-se uma cura desesperadamente. O marido melhora durante algum tempo, pensa-se que o pior já passou, mas um dia a doença volta de forma violenta e em pouco tempo ceifa a vida de seu marido, seu companheiro fiel de longa data. Contudo não está só, ela tem seu filho, e ele agora é tudo o que ela possui, seu filho é sua companhia, seu sustento sua única alegria.
A vida continua difícil, agora sem seu marido, seu filho tem que trabalhar ainda mais, se esforçar ainda mais para buscar a provisão para o lar. Ela, viúva, faz o que pode, ajuda como pode, mas sabe que depende totalmente de seu filho, ainda bem que o tem, pois sem ele não saberia como sobreviver.

Mas os dias se passam, e o resultado do esforço do filho começa a aparecer. Seu corpo apresenta alguns sinais de fraqueza. Ele acha que é só cansaço, mas ela vê algo a mais. Atenta começa a perceber que o filho já não tem a mesma força, a mesma disposição. Pede para que ele diminua o ritmo de trabalho, ele diz que não pode, tem que trabalhar para conseguir o sustento, são dias difíceis e se ele não for, colocarão outro no seu lugar, por isso ele precisa continuar. Até que um dia ele tenta, contudo não consegue se erguer. Suas pernas não o obedecem, seus olhos estão turvos, não consegue se levantar, pois lhe falta força. Sua respiração se torna pesada, difícil, comer se torna um sacrifício. Ela ali, na beira da cama tenta ajudar seu filho. Seus parentes tentam ajudar, mas todos muitos pobres como ela pouco podem fazer. Alguns ajudam com o alimento, um pouco daqui, um pouco dali, mas mesmo assim é insuficiente para suprir as necessidades. O filho piora e ela teme pelo pior, teme por ficar só, sem auxílio, sem sustento, sem ajuda, sem companhia e sem alegria.
Ela sente a vida do filho esvair-se, fica a maior parte do tempo ao seu lado. Dá-lhe o auxílio que ele tanto deu trabalhando para o seu sustento. Um jovem ainda, nem pode realizar o sonho de casar-se. Ela nunca verá seus netos, uma família numerosa e abençoada. Agora ali a beira da cama vê o seu único bem perecer, jazendo numa cama esperando ser recolhido pelo criador. E este ela interpela. “Ó Senhor de Israel, nosso Juiz (Salmos 68:5) socorro nosso em tempo de angústia (Sal 46:1) tu és o meu auxílio, o meu ajudador (Sal 54:4; 146:9) tem misericórdia de tua serva, e livra o meu filho da morte”.

Ali, diante do filho moribundo, ela ouve os últimos batimentos de seu coração. A família sabe que a derradeira hora está chegando e não há nada que se possa fazer. O filho ainda jovem, que era o sustento e alegria daquela mulher agora estava caminhando para a eternidade. Aquela viúva, pobre mulher perderia seu sustento, sua alegria, sua descendência, perderia seu último bem. O nome de seu marido sumiria da terra, pois já não havia remidor para ela, e mesmo que houvesse, ela já é de idade avançada não poderia gerar outro filho. Estava entregue agora a benevolência de seus parentes, teria que até mendigar para conseguir o pão. Sozinha, esquecida, desamparada, atormentada ela se sentia. Agora está ali, com o filho agora morto em seus braços, chorava, não havia mais o que fazer, morreu-se a esperança, acabou a história de sua família. Então restava preparar o féretro, embalsamá-lo, chorar a dor de sua perda, uma perda que não teria como ser suprida. Juntamente com outras mulheres da aldeia ela pranteava, era o fim da alegria e o começo do seu sofrimento. 
Corpo preparado, cortejo fúnebre que se segue para fora da cidade onde enterraria seu filho. Uma grande multidão segue o cortejo muitos que ali caminham a conhecem, conheciam seu marido e o seu filho, sabem que sua sorte agora não será a das melhores, pois estava agora sozinha, quem a ajudaria? Uma pobre mulher, que agora na sua velhice teria que enfrentar a dura realidade de viver só.
Na porta da cidade o caixão é levado e a multidão seguindo atrás, até que levantando os olhos se vê outra multidão que vem adentrando na cidade. A frente um homem caminha ladeado por outros doze. Seus passos são suaves e tranquilos, ela o vê ao longe, sua vista embaçada pela velhice e pelo choro não permite que ela enxergue bem. Duas multidões, uma trazendo a tristeza, a dor, o sofrimento e a outra trazendo a paz, a alegria e a esperança. Duas multidões frente a frente. Uma vinha à frente com a morte a outra vinha à frente com a vida, uma a dor e a outra a alegria, o fim e na outra o novo começo. Ali, uma multidão defronte da outra um homem manda que se pare o cortejo. Mas quem é ele? Porque deu ordem para que parassem a minha dor que caminha para o túmulo. Quem é este homem que vem a frente desta multidão e olha agora para o meu filho morto, deixe-me ir em frente e morrer junto com meu filho, deixe que eu enterre a minha esperança o meu sustento a minha alegria, deixe-me morrer!

Mas aquele homem olha para aquele jovem desconhecido com olhar de ternura, pode-se ver seus olhos embaçados pelas lágrimas, elas não descem, ele observa. Então ele me olha. Quanta compaixão, quando ternura, sem dizer nenhuma palavra eu sinto que ele sente a minha dor, que ele sabe e entende o meu sofrimento. Ele me olha e eu sinto em um pequeno momento uma paz, uma tranquilidade. Quem é este homem que está ali, diante de uma multidão olhando para mim com olhar de amor?
Meus olhos embaçados pelas lágrimas que correm pelo meu rosto podem o ver, amparada estou, seguro em braços que me sustentam e ele me olha, nenhuma palavra sai de sua boca. Ele me olha e sinto paz, e ele me diz – Não chores. (Lucas 7:13) Pode parecer loucura dizer para uma mãe que acabou de perder seu filho, seu sustento, sua alegria, seu bem maior que não chore. Pode parecer estranho alguém olhar para você e dizer não chore pela morte de seu filho, mas, eu paro de chorar, porque ele disse para mim não chores. Não com uma palavra vazia sem sentido, eu sinto algo que vem dele que não posso explicar. Não choro, limpo meus olhos, posso então ver melhor. Um homem simples, que não tem pompa, nem apresenta grande glória, nem riqueza, nem status ou poder desta terra, mais ele tem paz, ele tem o olhar que entra no meu ser e muda meu espírito.

Ali parado duas multidões, uma defronte a outra, a dor e a alegria, o choro e o cântico. Diante uma da outra estão, cada um trazendo a sua frente um personagem, que ali lado a lado (ele toca o caixão) ele diz. – “Jovem, a ti te digo: Levanta-te”. (Lucas 7:14)
Minha alegria estava morta, meu sustento havia se ido, esperaria com dor os meus últimos dias, viveria na amargura de espírito o resto da minha vida, lutaria pelo sustento, choraria pela ausência e solidão, mas, ele parou diante de mim e disse, não chores. O que aconteceu? Pode perguntar a você. Eu não sei, nunca entendi como ele pôde isso fazer, mas o que sei é que hoje tenho alegria, tenho sustento, tenho família, meu filho está ao redor de minha mesa, e com ele seus filhos e com sua esposa me assento também. Comemos, damos graças, nos alimentamos e sorrimos meus últimos dias não são de tristeza, sorrio novamente, vivo novamente, isso porque ele um dia parou diante de mim e disse, não chores. O nome dele, Jesus, meu salvador, graças a ele hoje sou feliz, graças a Ele hoje eu não choro mais.

Total de visualizações de página